testeEntre sucessos e polêmicas: livro sobre a Uber chega às livrarias em janeiro

Quando falamos sobre serviços de transporte por aplicativo é quase impossível não pensar na Uber. A empresa, fundada em 2009 no Vale do Silício, foi uma pioneira na área e revolucionou a maneira como pessoas e mercadorias se deslocam.

Mas assim como seus sucessos, as polêmicas envolvendo a empresa também já acabaram nas manchetes de vários jornais. Em junho de 2017, por exemplo, Travis Kalanick, o agressivo CEO e cofundador da Uber, foi deposto em uma reunião do seu próprio conselho diretor, em um golpe que levou a um ano brutal para a gigante do transporte.

O que se seguiu se tornaria quase uma lição de moral sobre os perigos da cultura das start-ups e um exemplo vívido de como a adoração cega aos seus fundadores pode ser um grande equívoco.

Essa história de ambição, mentiras, riqueza obscena e mau comportamento chamou a atenção do premiado jornalista do The New York Times Mike Isaac. Sua investigação, baseada em centenas de entrevistas com funcionários atuais e antigos da companhia, além de documentos inéditos, está no livro A guerra pela Uber, que chega às livrarias em 21 de janeiro.

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testeLeia um trecho de “Não se humilha, não”, novo livro de Isabela Freitas

Preparados para o novo livro da Isabela Freitas? Não se humilha, não chega às livrarias em fevereiro, e a gente não está se aguentando de ansiedade por aqui!

Antes de aprender a desapegar, Isabela precisou aprender a parar de se humilhar. Ao contar a história da personagem antes dos acontecimentos de Não se apega, não, o quarto livro aborda o relacionamento de Isabela com Gustavo, o garoto novo e misterioso da faculdade que vira a vida da protagonista de cabeça para baixo. Com o tempo, o príncipe encantado começa a se mostrar uma pessoa bem diferente do que ela imaginava, fazendo Isabela se questionar: será que vale arriscar tudo por um relacionamento? 

Não se humilha, não é uma história incrível sobre autoconhecimento e amor-próprio. O livro já está disponível na pré-venda da Amazon, com direito a autógrafo e pingente exclusivo. Mas corre! A promoção só é válida até o dia 7 de janeiro.

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Leia um trecho do livro:

Me levantei sem entender muito bem onde eu estava e observei a cena ao meu redor. Ok. Definitivamente estava na casa do Gustavo. Eu seria capaz de reconhecer essa casa impecável em qualquer estado. Os móveis que antes estavam milimetricamente posicionados, talvez por obra de um designer de interiores, sem nem uma pecinha sequer fora do lugar, agora se encontravam revirados no chão. Mas, afinal, o que aconteceu aqui?! O nosso jantar da véspera estava todo espalhado pelo carpete caríssimo da Dona Carmem, em meio a um monte de cacos do que antes eram as louças chiques da família Ferreira. Eu não sabia quem tinha feito aquela bagunça, mas olha, de uma coisa eu sei: Dona Carmem não deixaria tudo isso barato.

Ah, mas não deixaria mesmo.

Tentei me levantar do sofá e senti uma dor no braço direito sem igual. Poxa vida. Eu nem estava malhando o suficiente para sentir dores musculares.

Percorri a sala como um detetive numa cena de crime.

Estava um caos.

Sem tirar nem pôr.

De repente, senti um calafrio percorrer meu corpo. Tentei me lembrar da noite anterior, mas não conseguia me lembrar de praticamente nada. Meu Deus, será que aquele caos era culpa

minha? Eu tinha feito aquilo? Não, né? Pensamento positivo, Isabela, pensamento positivo. Veja bem, você não reviraria a mesa de jantar e deixaria tudo daquele jeito. Olhei novamente para a mesa, que estava mesmo de pernas para o ar. É. Com certeza eu não teria conseguido virar a mesa daquele jeito, porque, como já disse, não estava pegando nem um pesinho de dois quilos na academia, que dirá uma mesa de madeira maciça de não-sei-quantos-mil-quilos! Bem… Não eram mil quilos, mas vocês entenderam. Eu sou sagitariana, exageros são comuns por aqui.

Como é que as pessoas fazem mesmo nos filmes? Elas tentam reconstituir todos os seus passos. Vamos lá. Eu consigo. O Gustavo tinha me chamado para jantar na casa dele. Isso. Isso! Gustavo era meu namorado. E era lindo. Nossa, sim, muito lindo. Mas também era ciumento. Nossa, ele era muito ciumento. Inclusive, eu estava de saco cheio de ter que podar minhas atitudes para evitar cenas de ciúme, mas isso é papo para outra hora. Naquele momento, eu estava no meio do apocalipse e precisava me lembrar de quem eu era para conseguir me salvar. Rá-rá. Achar graça de tudo e fazer piada quando o mundo está desmoronando é comigo mesma. Prazer, Isabela. Vinte anos. Moro em Juiz de Fora e estudo na federal de Direito do meu estado, Minas Gerais. Eu amo gatos, o número 7 e batom vermelho. É. Acho que isso era o máximo que eu conseguia lembrar sobre mim mesma naquela situação.

De novo a dor no braço.

Pensei que talvez fosse melhor conferir como eu estava.

Olhei para baixo.

Minha saia vermelha estava rasgada. Rasgada. Era só o que me faltava. Não bastava ser universitária com medo de um futuro falido, eu ainda tinha rasgado minha saia favorita! Ah, não. Mexeram com a minha saia, mexeram comigo. Tá doido, tive que juntar dois meses da bolsa do estágio para conseguir pagar as parcelas. Isso não ia ficar barato mesmo. Dona Carmem, tô contigo! Esses assaltantes iam se ver com a gente. Ah, se iam. Porque só podiam ser assaltantes, certo? Quem mais reviraria a casa inteira e deixaria as coisas nesse estado? E ainda rasgaria uma pobre saia que não fez mal a ninguém? Assaltantes, é claro!

Comecei a revirar as almofadas do sofá à procura do meu celular, que ainda não tinha dado as caras. Não estava lá. Droga. Os assaltantes provavelmente tinham levado meu celular, era óbvio. Tentei calcular em quantos meses de estágio eu conseguiria pagar um celular novo. Pensamento positivo, Isabela, não pensa nisso agora. Andei até a cozinha quase me arrastando e encontrei outra cena caótica. Pelo visto, uma garrafa de vinho havia caído no chão, e aquele líquido avermelhado se espalhara pelo mármore, deixando a cozinha com um ar bem… macabro.

Era essa a palavra. Macabro.

De repente, escutei um celular tocar… Meu Deus, meu Deus do céu, era o meu celular! De onde estava vindo aquele som? Olhei para a lixeira no cantinho da cozinha. Ali! Ali! Peraí. Meu celular estava na lixeira? Que tipo de assaltante jogaria um celular na lixeira? Achei ofensivo, poxa, tudo bem que meu celular não era de última geração, nenhum daqueles modelos que estavam na moda, mas dava para o gasto, viu? Abri a tampa da lixeira e ali estava ele.

TODO QUEBRADO.

Ah, não.

Isso só podia ser um pesadelo, não podia ser real…

Tentei atender a ligação da minha mãe (sim, minha mãe era a única pessoa que tentava me ligar além do meu namorado) e não consegui. Com a tela quebrada, não dava para mexer em nada. Desculpa mamãe, fica para a próxima. Tenho uma invasão de domicílio para solucionar no momento. Será que ainda dá para ter pensamento positivo?

Comecei a me questionar. Onde estava o meu namorado depois daquela confusão toda? A família dele tinha viajado para Búzios e nós íamos passar o Dia de Finados na casa do Gustavo. Até aí tudo bem. Mas depois de tudo isso? Por que ele não ficou aqui para me proteger? Será que ele foi sequestrado pelos assaltantes? MEU DEUS! MEU DEUS! E se os assaltantes, na verdade, fossem sequestradores?

Então, tudo fez sentido.

Por isso eles quebraram meu celular e jogaram no lixo, é claro. Para que eu não tivesse uma comunicação rápida com a polícia. Rá! Mas eles não contavam com o fato de eu não ser apenas uma donzela em perigo, ah, não, e eu iria pessoalmente à polícia. Sou uma donzela que corre atrás dos seus direitos.

Fui até o banheiro pentear os cabelos, trocar de roupa e dar uma melhorada no visual. Afinal, eu não ia chegar de saia rasgada na delegacia, né?

Mas aí eu me olhei no espelho.

E a verdade me atingiu como um soco.

Que irônico.

Meu rosto estava desfigurado. Os dois olhos roxos. Havia sangue seco no meu nariz e na minha boca.

Não.

Não.

O que tinha acontecido?

Não.

Eu não queria me lembrar.

Não.

Eu não podia me lembrar.

Não.

Para, Isabela, esquece.

Esquece.

E aí eu me lembrei.

E entendi por que esqueci.

Não existia assaltante algum.

Tampouco sequestrador.

Gustavo não corria perigo.

Minha dor no braço não era por causa da academia. Eu nem estava indo malhar.

Meu celular quebrado não era para me impedir de ligar para a polícia.

A verdade era uma só: EU corria perigo.

Gustavo tinha me espancado na noite passada após uma crise de ciúme por eu ter colocado aquela saia vermelha. Era isso.

Olhei para a minha sainha vermelha rasgada e desatei a chorar. As lágrimas tomaram conta de mim, e fui deslizando devagarinho pela parede até ficar toda encolhida no chão gelado do banheiro. Eu estava envergonhada, com medo, sem saber o que fazer. Senti o gosto do sangue seco misturado com lágrimas na minha boca.

Por que isso estava acontecendo comigo? O que eu tinha feito de errado? Era minha culpa o descontrole do Gustavo? Afinal, eu sabia que isso poderia acontecer em algum momento. Sabia. E por que não terminei com ele antes? Por que não dei ouvidos a minha melhor amiga, a Amanda? Por que afastei todo mundo que gostava de mim? Por que não ouvi os conselhos da minha mãe que sempre me dizia para nunca aceitar uma atitude agressiva de um homem que viesse para cima de mim? Por quê? POR QUÊ?

Essas eram as perguntas que ressoavam na minha mente.

E então, como se não pudesse ficar pior, eu escutei uma voz gritando meu nome do lado de fora do banheiro.

— ISABELA, ABRE A PORTA AGORA. NÃO ADIANTA SE TRANCAR AÍ!

Era o Gustavo.

Comecei a tremer, o maxilar batendo de tanto nervoso. O que eu poderia fazer? Será que se tornar adulto era isso? Não saber o que fazer, mas mesmo assim ter que tomar uma decisão? Ninguém apareceria ali para me salvar. Ninguém. Meus pais achavam que eu estava passando o feriado em uma verdadeira lua de mel com o meu namorado. Minha melhor amiga, pff, estávamos brigadas exatamente porque ela tentou me alertar sobre o Gustavo. Os vizinhos pelo visto não se importaram com o barulho, e os empregados da família Ferreira estavam de folga. Eu precisava fazer alguma coisa. E rápido.

— ISABELA! — O som era acompanhado por socos na porta. — SE VOCÊ SABE O QUE É BOM PRA VOCÊ, ABRE ESSA PORTA AGORA! — Mais socos, agora mais fortes.

É isso. Eu precisava enfrentar a consequência das minhas más decisões. Me levanto para abrir a porta, como um guerreiro que desiste de lutar e se entrega ao seu adversário. Quando abro,

encontro Gustavo todo ensanguentado. E quando eu digo todo, é literalmente TODO MESMO. Não tinha um pedaço de pele que não estivesse vermelho.

Olho assustada.

— OLHA O QUE VOCÊ FEZ COM A GENTE! OLHA SÓ! — grita ele, enquanto me mostra o sangue escorrendo pelos braços.

Gente! O que está rolando aqui?

— Gustavo, eu…

Tento falar alguma coisa, mas a voz simplesmente não sai.

Fecho os olhos com força.

Isso não era para estar acontecendo.

Era inacreditável.

Ele me tocou com o braço ensanguentado e começou a passar o sangue em mim enquanto esbravejava com raiva que eu tinha feito aquilo com nós dois… Como assim?

O que eu fiz?

O que eu poderia ter feito?

Eu acordo.

Abro meus olhos e vejo Gustavo deitado ao meu lado, roncando com uma expressão feliz, abraçado a uma almofada e enrolado no cobertor.

Ah.

Não acredito.

Nós apagamos no sofá enquanto assistíamos a um filme.

As louças do jantar estavam intactas.

A mesa, no lugar de sempre.

A sala voltou a ser como sempre foi, impecável, sem nada fora do lugar.

Pego meu celular para ver as horas, 2h10 da manhã.

— Amor… Volta a dormir, estava tão bom aqui…

Gustavo me puxa para baixo das cobertas novamente.

Então me enrolo com ele nas cobertas, mas não consigo pegar no sono. Meus pensamentos estavam a mil. Ufa. Tudo isso só podia ser um pesadelo mesmo. Claro. O Gustavo nunca faria isso comigo. Olho para minha saia vermelha. Não. Ele nunca faria isso. Ele só disse que essa saia estava curta demais. É só uma opinião, certo?

Certo.

É.

Ele nunca faria isso comigo.

Nunca.

Nunca mesmo…

Faria?

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testeO movimento que impulsionou uma nova onda de mulheres destemidas

*por Marina Vargas

Vocês podem ter voz, mas não serão ouvidas. Podem trabalhar, mas não serão levadas a sério. Podem ter a aparência que quiserem, mas não serão respeitadas. Podem denunciar, mas não vamos acreditar no que dizem. Sujeitos delimitados pelo patriarcado, cidadãs de segunda classe, as mulheres conquistaram direitos, mas o movimento para exercê-los plenamente em um mundo forjado por e para homens precisa ser obstinado e incessante. Especialmente no ambiente de trabalho. Homens podem não se comprometer, mulheres não podem hesitar.

É nesse ambiente pontuado de opressões, e muitas vezes ameaças, que transitam as quatro personagens centrais de Rede de sussurros: as advogadas Sloane, Ardie e Grace e a faxineira Rosalita. Na empresa de artigos esportivos Truviv Inc., elas, e todas as outras mulheres, não são apenas colegas de trabalho, são companheiras de guerra. E o maior inimigo delas está perfeitamente representado na figura do executivo Ames Garret: ele chantageia, manipula, intimida e tem um histórico de assédio e comportamento impróprio com funcionárias da empresa. Conduta amplamente conhecida, mas acobertada. No entanto, quando Ames está prestes a ser promovido a presidente da Truviv e começa a assediar uma advogada recém-contratada, as mulheres decidem tomar uma atitude. E a decisão de Sloane de incluir o nome dele na planilha anônima sobre homens canalhas acaba fazendo com que a situação saia do controle, em uma trama que vai envolver uma morte suspeita, acusações, demissões e segredos revelados.

Ao acompanhar esses desdobramentos, descobrimos como os caminhos de todas as quatro mulheres já cruzaram com o de Ames. Na forma de um caso extraconjugal, de episódios de constrangimento ou violência sexual, ou de uma promessa de ajuda na carreira em troca de favores, todas foram exploradas em momentos de vulnerabilidade vivenciados com frequência por mulheres no ambiente de trabalho, onde os obstáculos, a bem da verdade, vão muito além do assédio. De acordo com estudo da consultoria Robert Half publicado em 2018, no Brasil, 27% das mulheres têm dificuldade de reassumir as antigas atividades quando voltam da licença-maternidade. É ainda mais alarmante o resultado de pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), feita com 247 mil mulheres de 25 a 35 anos, que mostrou que metade das que se tornaram mães perdeu o emprego até dois anos depois da licença-maternidade. No livro, um caso emblemático é o de Grace, que luta contra a depressão pós-parto e enfrenta dificuldades ao retomar o trabalho depois do nascimento da filha.

O livro de Chandler Baker foi escrito na esteira da explosão do movimento #MeToo, quando o assédio sexual emergiu como uma das principais pautas de uma geração de mulheres que inaugurou o ativismo digital, lançando mão das redes sociais para disseminar a luta feminista e se rebelar contra violências diárias por meio de hashtags. A expressão “Me too”, no entanto, antecede esse movimento: começou a ser usada em 2006, pela ativista Tarana Burke, na rede social MySpace. Mas foi apenas em 2017, depois da publicação, no New York Times, de uma reportagem das jornalistas Jodi Kantor e Megan Twohey sobre as alegações contra o produtor de cinema Harvey Weinstein, que ela explodiu nas redes. Em seguida à reportagem, a atriz americana Alyssa Milano sugeriu, no Twitter, que as pessoas que já tinham sofrido assédio ou abuso sexual compartilhassem a hashtag #MeToo.

A hashtag foi criada por Milano por volta do meio-dia de 15 de outubro de 2017 e, no fim do dia, já tinha sido usada mais de 200 mil vezes, número que mais do que dobrou no dia seguinte. No Facebook, a hashtag foi usada por mais de 4,7 milhões de pessoas naquelas primeiras 24 horas, e entrou na lista de trending topics em mais de 85 países, dando início a uma grande discussão sobre o assédio e o abuso sexual no ambiente de trabalho, do qual 34% das mulheres brasileiras já foram vítimas. Apesar disso, apenas 16% das que afirmaram terem sido pressionadas a realizar atos sexuais denunciaram o caso. A maioria se cala por medo de retaliações e de perder o emprego: essas são as razões apresentadas por 71% das vítimas que deixam de se manifestar formalmente. O que é compreensível quando se leva em conta que os chefes diretos representam 51,3% dos agressores.

Depois do #MeToo, diversas listas de redes de sussurros foram vazadas para o público, e a ampla cobertura da mídia levou a uma onda de acusações contra figuras do alto escalão das indústrias do cinema, do entretenimento, da música e do esporte, se desdobrando também para os setores da política, da tecnologia e da ciência. Desde 2017, 263 empresários, políticos e celebridades foram acusados de algum tipo de conduta sexual inadequada, de acordo com o site Vox, entre eles os atores Kevin Spacey, Bill Cosby, Morgan Freeman, James Franco, Dustin Hoffman, o comediante Louis C.K., o jogador de futebol Cristiano Ronaldo, o tenor Placido Domingo, o juiz da Suprema Corte americana Brett Kavanaugh e até o presidente americano Donald Trump.

Harvey Weinstein se declarou inocente e aguarda julgamento, mas no caso da maioria acusados houve poucos desdobramentos além da exposição pública. Os casos contra Kevin Spacey foram arquivados, a carreira de Cristiano Ronaldo segue a pleno vapor, Louis C.K. está de volta ao circuito de comédia, Kavanaugh está presidindo a Suprema Corte americana e Donald Trump continua governando os Estados Unidos. Só Bill Cosby está cumprindo sentença em uma prisão de segurança máxima.

Dois anos depois do tuíte de Alyssa Milano, os resultados duradouros do #MeToo permanecem incertos. Embora em alguns ambientes de trabalho tenha havido movimentos para coibir e punir o assédio moral e sexual, ainda não está claro quando serão implementadas mudanças mais concretas, tanto no âmbito comportamental quanto no âmbito legal. Enquanto isso, a exposição de quem denuncia os abusos permanece, assim como os efeitos devastadores para as vítimas, que incluem estresse pós-traumático, perda de autoestima, ansiedade, depressão e até mesmo suicídio. De acordo com dados compilados pelo Equal Rights Advocates, nos Estados Unidos, de 90% a 95% das mulheres vítimas de assédio sexual no ambiente de trabalho sofrem alguma consequência debilitante. As mulheres enfrentam ainda o medo de ser desacreditadas e, no processo, sofrer constrangimentos e humilhações, além de se expor a retaliações. Tudo isso apesar de as falsas acusações de assédio sexual serem raras: representam entre 2% e 10% do número total de acusações formais.

O cenário pode não parecer muito promissor, e provavelmente estamos apenas no início de uma longa luta para promover mudanças culturais profundas, mas um diálogo importante foi aberto. E a união das mulheres, assim como a das personagens Ardie, Grace, Sloane e Rosalita, mostra que mesmo que talvez seja tarde para reparar os danos a muitas das vítimas, nunca é tarde para expor a verdade. Sentindo que não estão mais sozinhas, elas rompem o silêncio e começam a compartilhar casos de abuso; a sociedade, pelo menos na esfera pública, começa a atribuir a responsabilidade ao assediador, não mais às vítimas. E quem sabe o capítulo final dessa história, de todas essas histórias, nos mostre que as mulheres se cansaram de sussurrar e descobriram que não apenas têm voz, mas que, unidas, podem falar alto. E se fazer ouvir.

 

*Marina Vargas é formada em Produção Editorial pela UFRJ. Trabalhou em editora durante muitos anos, a maioria deles no selo Civilização Brasileira, do Grupo Editorial Record, mas nos últimos tempos descobriu que o que gosta mesmo de fazer é traduzir.

 

Conheça o livro

testeConfira a capa do novo livro de Stranger Things, Cidade nas trevas

Os fãs de Stranger Things devem estar com muitas saudades dessa série incrível, né? Depois de uma terceira temporada memorável e cheia de aventuras no reluzente shopping Starcourt, nossos personagens favoritos estão se preparando para a próxima aventura, que já foi confirmada pela Netflix, mas ainda não tem previsão de estreia.

Triste ficar sem essa galera…

Por isso, a gente decidiu que é hora de revelar uma história inédita do nosso detetive rabugento favorito! Conheçam Cidade nas trevas, o segundo livro do universo expandido da série:

O livro se passa entre a primeira e a segunda temporadas, lá em 1984, quando Eleven está comemorando seu primeiro Natal ao lado de Hopper. Infelizmente, Mike, Dustin e Lucas estão passando as festas de fim de ano longe o suficiente para que seus rádios não funcionem, e isso significa que a menina está mais do que entediada.

Ao fuçar as coisas de Hopper, ela acaba encontrando uma caixa misteriosa etiquetada como “Nova York”. Estranho… Curiosa como sempre, El pergunta ao pai adotivo sobre o conteúdo da caixa. Jim tenta desconversar, mas, depois da insistência de El, decide enfim revelar o que aconteceu em 1977, quando trabalhava como detetive na divisão de homicídios da Polícia de Nova York. Foi nessa época que ele se deparou com um de seus casos mais perturbadores: um serial killer que aterrorizou a cidade e que deixava pentagramas e cartas misteriosas nas cenas do crime. 

Se você quiser mergulhar no passado sombrio de Jim Hopper, não pode perder Cidade nas trevas! O livro chega às livrarias no dia 14 de fevereiro.

testeConfira a nova sobrecapa de P.S.: Ainda amo você, continuação de Para todos os garotos que já amei

Quem é fã da Laranjinha vai SURTAR com essa novidade! O segundo livro da trilogia Para todos os garotos que já amei, P.S.: Ainda amo você, vai ganhar uma sobrecapa com a arte do filme. Confira como ficou essa lindeza:

A trilogia Para todos os garotos que já amei acompanha a história de Lara Jean, uma menina que vê sua vida virar de cabeça para baixo quando as cartas secretas de amor que escreveu para seus cinco crushes são enviadas misteriosamente.

Em 2018, o primeiro livro ganhou uma adaptação cinematográfica pela Netflix e logo se tornou um dos maiores sucessos do serviço de streaming.

P.S.: Ainda amo você estreia no dia 12 de fevereiro de 2020, e a nova edição com sobrecapa chega às livrarias na segunda quinzena de janeiro.

testeTop 10 da Intrínseca em 2019

Nos últimos doze meses, leitores de diferentes idades, gêneros e gostos nos ajudaram a formar mais uma listinha de top 10 da Intrínseca. Nos favoritos de 2019 tivemos mistérios assustadores, histórias emocionantes, aventuras românticas e uma palavra muito querida aqui na editora: f*da-se. 

Confira os 10 livros mais vendidos da Intrínseca em 2019:

1. A sutil arte de ligar o f*da-se, de Mark Manson

Pelo segundo ano consecutivo, A sutil arte de ligar o f*da-se é o livro mais vendido do Brasil! Desde o seu lançamento, em 2017, essa antiautoajuda inspirou mais de um milhão e meio de leitores a focar nos problemas importantes da vida e ligar o f*da-se para o resto. Mark Manson não tem medo de falar que, sim, você vai fracassar, mas isso é parte da jornada, e o melhor a fazer é erguer a cabeça e seguir em frente.

Uma de nossas visitas ilustres de 2019, o autor esteve no Brasil para a Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro em setembro, conversou pessoalmente com os fãs e autografou vários livros. Teve até um encontro exclusivo com os assinantes do clube do livro da Intrínseca, o intrínsecos, durante a feira.

 

2. F*deu geral

O caçula da família chegou fazendo barulho! Do mesmo autor de A sutil arte de ligar o f*da-se, F*deu geral apresenta uma nova e desconfortável ideia: o mundo está um caos completo, e precisamos encontrar uma maneira de lidar com isso.

Sobreviver com a saúde mental intacta aos dias atuais parece difícil, já que somos bombardeados com péssimas notícias toda vez que abrimos o jornal, desbloqueamos o celular ou simplesmente andamos na rua. Mas é possível.

No novo livro, Mark Manson mostra que criar estratégias de esperança pode nos ajudar a sobreviver nesse mundo complexo.

 

3. O Homem de Giz, de C. J. Tudor

O terceiro lugar da lista prova que os leitores da Intrínseca são trevosos. Nesse thriller com referências a Stephen King, começam a acontecer mortes estranhas numa cidade antes pacata, e, ao lado de cada cadáver, surge um boneco de giz. Tudo piora quando os bonequinhos levam um grupo de crianças até o meio da floresta, onde os amigos encontram um corpo desmembrado.

A autora C. J. Tudor também esteve na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro e se encontrou com os intrínsecos, que haviam recebido seu novo livro, O que aconteceu com Annie, na caixa de março do clube. 

 

4. Trilogia Para todos os garotos que já amei, de Jenny Han

Lara Jean já é nossa queridinha desde 2015, mas foi em 2018 que essa história fofa ganhou uma adaptação pela Netflix e conquistou ainda mais leitores. Noah Centineo e Lana Condor deram vida aos nossos personagens favoritos e tornaram cada cena ainda mais espetacular.

No primeiro livro, Lara Jean é uma menina tímida que escreve cartas para seus amores não correspondidos, até que essas declarações são misteriosamente enviadas. A trilogia, formada pelos livros Para todos os garotos que já ameiP.S.: Ainda amo você Agora e para sempre, Lara Jean, mostra o amadurecimento da protagonista e os desafios que ela vai enfrentar para ter um relacionamento de verdade!

O filme de P.S.: Ainda amo você estreia na Netflix no dia 12 de fevereiro, mas os três livros da série de Jenny Han já estão disponíveis nas livrarias!

 

5. Extraordinário, de R. J. Palacio

Não dá para ler Extraordinário sem se emocionar pelo menos uma vez. Lançado em 2013, o livro traz uma história de superação, tolerância e amizade que aos poucos conquistou o coração dos leitores, até se tornar um clássico da Intrínseca.

Auggie é um menino de 10 anos com uma grave deformidade facial e vai frequentar a escola pela primeira vez na vida. Enquanto tenta vencer seus medos e se integrar em um mundo completamente novo, ele vai precisar enfrentar o estranhamento e o preconceito de crianças e adultos.

O livro ganhou uma adaptação que chegou aos cinemas em 2017, com Julia Roberts, Jacob Trembley e Owen Wilson no elenco, e em breve será adaptado para os palcos da Broadway!

 

6. Mitologia nórdica, de Neil Gaiman

Neil Gaiman é um dos autores de fantasia mais consagrados da atualidade. Em suas obras, explora diversas mitologias, costurando realidade e ficção com seu estilo inconfundível.

Lançado em 2017, Mitologia nórdica explora esse universo que marcou a vida do autor desde a infância. Gaiman reconta os clássicos contos nórdicos sobre Thor, Loki e Odin em um tom divertido, sarcástico e sombrio, atravessando as lendas desde a origem do mundo até o temido Ragnarök.

A edição original do livro já é lindíssima, mas a edição de luxo na Amazon é imbatível! <3

 

7. Breves respostas para grandes questões, de Stephen Hawking

Em março de 2018 perdemos um dos maiores gênios de nosso tempo. Preso em uma cadeira de rodas por conta da doença degenerativa ELA, Stephen Hawking foi extremamente perseverante e sobreviveu mais de 50 anos além das expectativas médicas.

Nesse tempo, fez descobertas cruciais para nosso entendimento sobre o universo, além de explicar de maneira clara e sucinta alguns dos mistérios em seus best-sellers Uma breve história do tempo, O universo numa casca de noz e Buracos negros.

Antes de falecer, estava trabalhando em seu novo projeto, o livro Breves respostas para grandes questões, no qual se dedica a elucidar os maiores mistérios da humanidade, dos primórdios da civilização até hoje. Perguntas como O que há dentro de um buraco negro?, A viagem no tempo é possível? e Existe vida inteligente fora da Terra? ganham novas nuances na última obra escrita pelo físico. Com seu conhecido humor ácido, Hawking oferece vislumbres de como será o futuro da humanidade e dos caminhos que devemos tomar se quisermos sobreviver para vê-lo.

 

8. Stranger Things: Raízes do mal, de Gwenda Bond

Uma das séries mais amadas dos últimos anos, Stranger Things ganhou o mundo dos livros com Raízes do mal, obra oficial que expande o universo da série e acompanha a mãe de Eleven anos antes dos acontecimentos da primeira temporada.

Em 1968, Terry Ives decide se voluntariar para participar de um projeto ultrassecreto do governo chamado MKULTRA, realizado no laboratório de Hawkins. Lá, ela encontra o misterioso dr. Martin Brenner, um homem cruel capaz das maiores atrocidades para alcançar seus objetivos. Com aquele toque de nostalgia e alguns personagens conhecidos, o livro mostra as origens da nossa menina com poderes telecinéticos favorita.

Mas as revelações não param por aí, Cidade das trevas, segundo livro de Stranger Things, chega às livrarias no primeiro semestre de 2020. Nele Eleven vai descobrir grandes segredos sobre o passado de Jim Hopper em Nova York. 

 

 

9. Ainda sou eu, de Jojo Moyes

A conclusão da trilogia Como eu era antes de você nos fez ainda mais fãs de Lou Clark. Depois dos acontecimentos de Depois de você, a excêntrica jovem embarca para Nova York em uma nova jornada de autodescoberta.

Sentimos saudades da Lou, mas Jojo Moyes é mestre em escrever livros emocionantes com personagens apaixonantes. Em 2019, ela lançou uma nova história, Um caminho para a liberdade, para acalentar nosso coração.

 

10. Caixa de pássaros, de Josh Malerman

Há um ano, a internet foi invadida por memes de Bird Box: era impossível entrar nas redes sociais sem se deparar com pelo menos uma piada relacionada a vendas nos olhos. A adaptação do livro Caixa de pássaros fez um estrondoso sucesso e foi assistida por mais de 45 milhões de usuários em apenas uma semana.

A história se passa em um cenário pós-apocalíptico, num mundo infestado por misteriosas criaturas. Todos que olham para elas se suicidam. Para sobreviver, Malorie e seus dois filhos pequenos vivem escondidos. Quando surge a notícia de um lugar seguro longe dali, a família precisa remar por dias em um rio perigoso e, o pior, de olhos vendados. 

O livro também ganhou uma edição de luxo exclusiva na Amazon, com capa dura brilhante, ilustrações e um conto extra!

 

Foi um ano incrível, e queremos muito agradecer aos nossos leitores maravilhosos por nos acompanharem nessa jornada. Agora, conte para a gente: qual desses livros você já leu e qual vai entrar para a listinha de 2020?

testeLivros imperdíveis do catálogo da Intrínseca

Que a Intrínseca é uma das minhas editoras favoritas não é novidade. Mesmo antes de ter sido contratada como autora, eu já tinha uma coleção gigantesca de livros publicados por eles. Inclusive, livros que figuram entre os meus livros favoritos da vida. O catálogo da Intrínseca é maravilhoso, com livros de ficção, não ficção e de todo tipo de gênero (ainda que eu puxe uma sardinha para os romances adolescentes, rs).

Nesse post, resolvi apresentar para vocês alguns dos meus livros favoritos da editora e os motivos pelos quais eles marcaram minha vida. Assim, quem sabe vocês podem se interessar em também conhecer essas narrativas incríveis!

 

1) Percy Jackson e os olimpianos

Todos os livros do Rick Riordan são fantásticos. Eu, particularmente, sou muito fã da série As crônicas dos Kane, porque adoro mitologia egípcia, mas tenho um carinho especial pela série Percy Jackson e os olimpianos, que foi a primeira do autor que eu li. Ela narra a saga de um menino comum que se descobre semideus, filho do deus Poseidon.

Entre amigos mitológicos, brigas homéricas e a apresentação mais didática e divertida dos mitos gregos que você vai ver na vida, essa série é perfeita para todas as idades. Se posso dar uma dica, ela é: não se contente com os filmes e dê uma chance aos livros da série, que são infinitamente mais divertidos e enriquecedores.

 

2) Um dia

A história de Alex e Emma foi imortalizada no cinema em um filme que faz jus à grandiosidade do livro. Se você gostou de Um dia em versão longa-metragem, vai amar o livro. E caso você não tenha gostado particularmente do filme, recomendo que também dê uma chance ao livro. Embora a adaptação tenha sido muito bem-feita, o livro tem detalhes dramáticos e de enredo que arrancam lágrimas até dos mais insensíveis. Eu li o livro há quase uma década, mas ainda hoje me pego pensando em cenas específicas e em falas inesquecíveis dos personagens.

Para vocês terem uma ideia, eu não tenho o costume de marcar meus livros com post-it. Porém, eu gostei tanto desse e me senti tocada por tantas partes que o livro inteiro é marcado, do início ao fim. Um dos meus livros de cabeceira para toda a eternidade. Tudo que eu queria ganhar de presente era uma vela perfumada (essa só quem leu o livro vai entender, rs).

 

3) O lado bom da vida

Eu li O lado bom da vida pela primeira vez em um momento muito delicado da minha vida, quando enfrentei minha primeira crise depressiva. A história de Pat, um personagem bipolar extremamente cativante e que gera muita identificação, nos faz questionar nossa própria existência, nossas prioridades e o que nos faz ser feliz. Com uma narrativa descontraída, mas extremamente profunda, Matthew Quick me fez ir das lágrimas às gargalhadas — e vice-versa — em poucas linhas.

Mais uma vez, aconselho vocês a esquecer o filme e a mergulhar de cabeça nas páginas. Como fã de carteirinha do livro, eu não gostei nem um pouco da adaptação e acredito que ela foi muito insuficiente, mudando partes importantes do enredo e tirando a profundidade que o livro dá aos personagens. Por isso, recomendo imensamente que vocês leiam essa história incrível.

 

4) Isla e o final feliz

Isla e o final feliz é meu livro juvenil favorito da Intrínseca. A história de Isla é tocante e apaixonante, com as medidas certas de humor e dramaticidade. Isla é uma jovem tímida e romântica, secretamente apaixonada por Josh, um garoto misterioso que estuda no mesmo colégio que ela. É apenas durante as férias que Josh e Isla acabam se aproximando, mas os dois estão prestes a se formar no ensino médio e precisarão superar muitas dificuldades para conseguirem ficar juntos.

O livro tem como pano de fundo um dos momentos mais marcantes de nossa existência — o ano do vestibular — e narra a história de dois jovens buscando entender seu lugar no mundo e também se existe espaço para o relacionamento em suas jornadas. Fiquei arrepiada só de escrever esse pequeno resumo do livro e já estou morta de vontade de relê-lo. Imperdível para os fãs de um bom romance juvenil.

 

5) Teto para dois

Teto para dois é um lançamento recente da editora, e só de ver a sinopse eu já sabia que tinha grandes chances de adorá-lo. Comecei a ler com expectativas altíssimas e fico muito feliz de informar que o livro as superou. Ele conta a história de dois jovens adultos falidos, que precisam dividir um apartamento (e uma cama). Mas tem um detalhe: eles não se conhecem. Tiffy utiliza o apartamento à noite e sai cedo para trabalhar. Leon, por outro lado, só chega em casa depois que Tiffy já saiu, e sai para trabalhar antes da roommate estar de volta.

Só que, com o tempo, os dois começam a dividir muito mais do que o apartamento e a cama, mas também a vida, através de bilhetinhos de post-it que deixam espalhados pela casa. É ou não é o enredo perfeito de uma comédia romântica? Netflix, corre aqui, amada! O livro, ainda por cima, trata de temas muito importantes, como os erros do sistema judiciário, as mazelas do sistema carcerário e relacionamentos abusivos. Se esse livro tem algum defeito, por favor não me conte, pois para mim ele é perfeito!

 

6) O Homem de Giz

Esse é para os fãs de uma história mais macabrinha. O Homem de Giz é um best-seller escrito pela talentosíssima C.J. Tudor, que esteve na última Bienal do Rio. Quem conta a história é Eddie, um narrador não muito confiável, que entrelaça passado e presente para explicar os acontecimentos recentes em sua pacata cidade. A morte surpreendente de um de seus melhores amigos da infância faz com que ele mergulhe em uma espiral de lembranças dos eventos macabros que aconteceram com ele e com os amigos.

C.J. Tudor me enganou direitinho nesse livro e, quando eu terminei o epílogo, tive que imediatamente começar a ler o livro de novo, de tão chocada que eu fiquei! Por favor, digam que eu não fui a única. Preciso que vocês leiam essa história para debatermos o final, pelo amor de Deus!

 

7) Nimona

Nimona é minha HQ favorita de toda a vida e tenho certeza de que ele jamais perderá esse posto. Nimona, que dá nome ao livro, é uma metamorfa que sonha em se tornar comparsa do maior vilão que já existiu, Lorde Ballister Coração-Negro. O que ela não imaginava é que seu herói maligno talvez não seja tão maligno assim… Lorde Ballister estava acostumado a fazer planos malignos que jamais davam certo e Nimona tem uma lista de sugestões para ajudá-lo, que normalmente envolvem tiro, porrada e bomba – ou, no mínimo, uma transformação em dragão.

Sendo assim, Lorde Ballister tem que aprender a controlar sua nova companheira, ao mesmo tempo que faz seus planos para enfrentar seu arqui-inimigo e ex-melhor amigo, Sir Ambrosius Ouropelvis. O quadrinho tem traços perfeitos e eu me tornei muito fã da Noelle Stevenson, que escreveu e desenhou a história. Inclusive, foi a Noelle também que criou o remake de  She-Ra e as Princesas do Poder, desenho exibido pela Netflix e que já está na quarta temporada. Ah, Nimona também vai virar filme! Os direitos de adaptação foram comprados pela FOX, e o filme tem previsão de lançamento para 2021. Estarei na primeira fila, com certeza.

 

8) Alucinadamente feliz

Da mesma forma que aconteceu com O lado bom da vida, eu li Alucinadamente feliz em um momento em que precisava muito ler um livro como esse – bem no auge da minha segunda crise depressiva. Na capa, a obra promete ser um “livro engraçado sobre coisas horríveis”. A autora, Jenny Lawson, é uma proeminente blogueira que coleciona transtornos mentais e que tomou a decisão de lutar diariamente para ser alucinadamente feliz. Longe de ser um livro de autoajuda no estilo “deixe de ficar triste e seja feliz”, o livro, na verdade, é uma narrativa engraçada e ao mesmo tempo dolorosa sobre conviver com transtornos mentais e tentar ser feliz em meio a tudo isso.

Me identifiquei totalmente com a escrita de Jenny Lawson e com o que ela compartilhou em sua narrativa. Precisamos falar sobre saúde mental, visto que as doenças psicológicas já são consideradas as doenças do século. É necessário abraçar esse lado da vida para que possamos ser capazes de viver em sociedade e compreender com empatia os nossos sentimentos e os das outras pessoas. Se você tem (ou conhece alguém) com transtornos mentais, precisa ler Alucinadamente feliz. E mesmo que não seja esse o seu caso, recomendo também a leitura, porque ela esclarece diversos pontos sobre esses transtornos e também faz com que compreendamos melhor como é viver com eles.

 

9) O desaparecimento de Stephanie Mailer

O desaparecimento de Stephanie Mailer foi o primeiro livro que recebi no clube de assinatura da Intrínseca, o intrínsecos. O livro é também um romance policial incrível e bastante macabrinho, com doses perfeitas de investigação criminal, suspense e suspense. Eu tive a sensação de que as quase seiscentas páginas do livro passaram em um piscar de olhos, e, verdade seja dita, eu seria capaz de continuar lendo muito mais.

A narrativa intercala eventos do presente e do passado para que o leitor se situe nos acontecimentos e tente, junto com o policial que está investigando o caso, entender o que se passa em Orphea, uma cidade pacata que não enfrenta crimes tão bárbaros há 20 anos. Para mim, o livro tem um dos melhores arcos de um casal de personagens que eu já li, com um desfecho extremamente assustador e surpreendente (e não posso falar mais do que isso, pois corro o risco de dar spoilers!).

 

10) Hell Paris – 75016

Hell provavelmente foi o primeiro livro que eu li da Intrínseca e também o primeiro livro publicado pela editora. A história de Lolita Pille é narrada por Hell, o apelido da protagonista, uma menina mimada que mora em um dos bairros mais chiques de Paris. Escrito no modelo de fluxo de pensamento, a narrativa pode causar estranhamento a princípio, mas uma vez que o leitor engata, não consegue mais parar. Hell aparentemente leva uma vida perfeita, cheia de privilégios, porém, quanto mais a conhecemos, mais percebemos que sua vida é uma mentira.

Peço que vocês deem um voto de confiança para essa sugestão, já que Hell é um livro que gera opiniões controversas. Lolita Pille não tem papas na língua e faz um relato duro, mas ao mesmo tempo cheio de camadas sensíveis, sobre as falsas vidas de privilégio, bolsas Gucci e negligência paterna.

 

Eu poderia passar o resto do dia dando sugestões de livros incríveis da editora para vocês. Todos os livros escritos pela Becky Abertali, as trilogias da Jenny Han, Amor & Gelato, Extraordinário… Opções não faltam! Mas quero saber sobre você, leitor do blog e da minha coluna: quais são os livros da Intrínseca que marcaram sua vida? Deixe aqui nos comentários sua resposta, assim a gente pode trocar dicas de leituras e conversar sobre os livros!