testeIntrínseca na Bienal Internacional do Livro de São Paulo

Está chegando o momento mais aguardado do ano: a Bienal. Preparem-se para 10 dias muito intensos para os apaixonados por livros! Para nós da Intrínseca, essa é a chance de encontrar com vocês, conversar sobre nossas histórias preferidas e reunir autores e leitores em um estande que — spoiler! — está ficando lindo.

A 25ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo acontece entre os dias 3 e 12 de agosto no Pavilhão do Anhembi. O nosso estande, que terá várias promoções e brindes exclusivos, vai ficar na rua G 58, em frente ao Salão de Ideias.

Confiram abaixo a agenda com debates e sessões de autógrafos com os nossos autores. Atenção: para participar dos eventos na Arena Cultural, você deve retirar suas senhas gratuitamente no site da Bienal. Já no Salão de Ideias, as senhas serão distribuídas 30 minutos antes de cada evento no próprio local.

Também teremos dois dias com programação especial: quinta-feira, 9, as ações serão voltadas para Mentes sombrias, distopia que inspirou o novo filme dos produtores da série Stranger Things. E sexta-feira, 10, reserva surpresas para os fãs de Para todos os garotos que já amei, romance de Jenny Han que virou filme da Netflix.

 

Venha encontrar nossos autores na Bienal

Míriam Leitão, uma das jornalistas mais importantes do país, lança na Bienal seu novo livro, Refúgio no sábado, uma coletânea de crônicas intimistas nas quais compartilha memórias de sua infância, suas leituras e experiências de viagens, entre muitas outras histórias pessoais. No primeiro sábado do evento, dia 4 de agosto, a autora participa da mesa “A crônica”, realizada no Salão de Ideias, ao lado de Antonio Prata. Em seguida, autografa o novo livro em nosso estande.

Também no sábado, a premiada jornalista Daniela Arbex fala sobre o processo de produção de seu último livro no encontro “Grandes reportagens sobre tragédias recentes”, no Salão de Ideias. Para escrever Todo dia a mesma noite, Daniela fez uma pesquisa minuciosa e reconstituiu os acontecimentos em torno do incêndio da boate Kiss — que em 2013 deixou 242 mortos na cidade de Santa Maria (RS).

Na manhã de domingo, dia 5, será a vez de Pedro Gabriel, autor de Eu me chamo AntônioSegundo e Ilustre poesia, movimentar a Bienal. Ele estará no Salão de Ideias no bate-papo com o tema “Poesia nas redes”.

“10 anos de blogosfera” é o nome da mesa da qual participa Camila Coutinho, a maior blogueira de moda do país, na terça-feira, 7 de agosto, na Arena Cultural. Criadora do blog “Garotas Estúpidas”, Camila acaba de publicar o livro Estúpida, eu?, em que conta sua trajetória como empreendedora.

Pac e Mike, criadores do canal do YouTube TazerCraft e autores de TazerCraft: Uma aventura Chume Labs, conversam com o público no dia 8, também na Arena Cultural.

No último domingo, dia 12, Felipe Castilho fala sobre o universo que criou para A ordem vermelha e debate a produção de fantasia no Brasil.  

 

04 de agosto, sábado

Míriam Leitão

15h Participa com Antonio Prata da mesa “A crônica” – Salão de Ideias
16h30 Sessão de autógrafos no estande da Intrínseca
As senhas para o bate-papo serão distribuídas 30 minutos antes do evento no Salão de Ideias.

Confirme sua presença no evento.

Daniela Arbex

17h Participa com Rafael Henzel e Rogério Pagnan da mesa “Grandes reportagens sobre tragédias recentes” – Salão de Ideias
18h Sessão de autógrafos no estande da Intrínseca
As senhas para o bate-papo serão distribuídas 30 minutos antes do evento no Salão de Ideias.

Confirme sua presença no evento.

05 de agosto, domingo

Pedro Gabriel

11h Participa com @akapoeta e Fabrício Carpinejar da mesa “Poesia nas redes” – Salão de Ideias
12h Sessão de autógrafos no estande da Intrínseca
As senhas para o bate-papo serão distribuídas 30 minutos antes do evento no Salão de Ideias.

Confirme sua presença no evento.

 

07 de agosto, terça-feira

Camila Coutinho

18h30 Participa com Lu Ferreira e Cris Guerra da mesa “10 anos de blogosfera” – Arena Cultural
19h30 Autógrafos na Arena Cultural

Para participar da sessão de autógrafos, retire sua senha no site da Bienal.

Confirme sua presença no evento.

 

08 de agosto, quarta-feira

Pac e Mike

11h Mesa “Bate-papo com Pac e Mike do TazerCraft”  – Arena Cultural
12h Autógrafos na Arena Cultural

Para participar da sessão de autógrafos, retire sua senha no site da Bienal.

Confirme sua presença no evento.

 

12 de agosto, domingo

Felipe Castilho

13h30 Participa com Leonel Caldela da mesa “Literatura Fantástica” – Arena Cultural
14h30 Autógrafos na Arena Cultural

Para participar da sessão de autógrafos, retire sua senha no site da Bienal.

Confirme sua presença no evento.

testeO nome dele era Dwight, por André Aciman

*Por André Aciman

Fonte: @gedogfx

 

A carta que recebi há dez anos não tinha assinatura nem remetente. Obviamente o autor não esperava, muito menos queria, uma resposta. Uma mensagem em uma garrafa, de ninguém para ninguém, a tal carta se mantém como uma forma de comunicação bastante excêntrica. Não pede por nada além de ser lida, não promete nada além de compartilhar alguns fatos e sentimentos e, como provavelmente foi escrita às pressas em uma folha amarela que parece ter sido arrancada de um bloco de anotações, o autor não ficaria surpreso se, depois de passar os olhos pela página, o destinatário decidisse amassá-la e jogá-la na lata de lixo mais próxima.

Em vez disso, guardei a carta. Está comigo há dez anos.  

O que me comoveu não foi apenas seu pragmatismo sóbrio ou o quê de mágoa subestimada, mas as associações que a leitura provocou em minha mente. O que está escrito nela me fez lembrar daquelas mensagens curtas deixadas para entes queridos, deixadas por pessoas prestes a serem enviadas a campos de extermínio e que sabiam que nunca mais se ouviria falar delas. Há um imediatismo inquietante nesses bilhetes rabiscados às pressas que dizem tudo que há para dizer com o menor número de palavras possível — não havia tempo para mais, sem palavras de devoção, sem demonstrações de angústia, sem abraços e beijos carinhosos antes do fim trágico. Também me fez pensar nas mensagens de voz emocionantes deixadas por aqueles que perceberam que não sairiam vivos das Torres Gêmeas, e que sua última ligação seria atendida pela secretária eletrônica da família.

 

Reencontre os personagens de Me chame pelo seu nome em Me encontre

 

A carta tem uma página. Uma página é suficiente. A caligrafia é irregular, talvez porque o autor tivesse perdido o hábito de escrever à mão e preferisse o teclado. Mas a gramática é perfeita. O homem sabia o que estava fazendo. Imagino que tenha escrito a carta à mão porque não queria vestígios dela em seu computador, ou porque sabia que jamais enviaria por e-mail para não correr o risco de ser respondido. Pensando bem, provavelmente não importava se a carta chegaria de fato à destinatária, uma jornalista da área da baía de São Francisco que havia mencionado meu romance sobre dois jovens que se apaixonam durante um verão na Itália em meados da década de 1980. A jornalista acabou remetendo a carta para mim, à exceção do envelope com o carimbo postal. Não demorei a perceber que tudo o que o autor da carta queria era uma chance de deixar escapar as palavras que não ousaria sussurrar em outro lugar.

Meu livro ecoou nele. A carta dele ecoou em mim.

Então, aqui está: datada de 26 de abril de 2008.

Esbarrei com o livro do Sr. Aciman durante uma viagem de negócios outra vez na Costa Leste. Não é o tipo de livro que posso ler normalmente, então comprei um exemplar para o voo de volta. Acho que estou feliz por ter feito isso.

Sabe, eu fui Elio. Eu tinha 18 e meu Oliver tinha 22. Embora a época e o local tenham sido outros, os sentimentos eram surpreendentemente os mesmos. Da crença de que você é a única pessoa que tem esses sentimentos, àquilo de “ele me ama — ele não me ama”, o Sr. Aciman acertou em cheio. Fiquei especialmente impressionado com a atenção que ele deu à manhã seguinte ao primeiro encontro entre Elio e Oliver. A culpa, a repulsa, o medo. Mexeu demais comigo. Precisei parar a leitura por um tempo.

Mas acabei conseguindo terminar o livro antes de pousar de volta em São Francisco. O que foi bom, porque eu não poderia levá-lo para casa. Ao contrário de Elio, eu é que era casado e tinha filhos. Meu Oliver morreu em decorrência da aids em 1995. Continuo vivendo uma vida paralela. Meu nome não é importante. O nome dele era Dwight.

 

 

“Meu nome não é importante”, escreve ele, quase como um pedido de desculpas por permanecer anônimo; mas o autor dá várias dicas sobre si mesmo — dicas que ele provavelmente sabe que vão atiçar a curiosidade de seu leitor. Para início de conversa, o que fez com que escrevesse a carta? O que ele esperava conseguir com isso? Escrever ajudou? A carta em si nos permite saber que ele viaja a negócios. Também percebemos que ele provavelmente vive na área da baía de São Francisco e que viaja com certa frequência para a Costa Leste, pois, segundo escreve, ele estava indo “outra vez” para a Costa Leste. E sabemos mais uma coisa: que ele simplesmente precisava contar a alguém que um homem chamado Dwight foi sua paixão quando os dois eram jovens.

O restante é uma nuvem. Nunca saberemos mais que isso. A escrita serviu seu propósito.

Escrevemos, pelo que parece, para nos conectarmos com os outros. Se conhecemos ou não esses outros, não importa. O ato de escrever serve para colocar no mundo real algo que nos é extremamente íntimo, para tornar realidade algo que com frequência nos parece irreal e indescritível a nosso respeito. Escrevemos para dar forma ao que do contrário permaneceria amorfo. Isso é tão verdadeiro para autores quanto para aqueles que querem se corresponder com eles.

Ao longo dos anos, muitos me escreveram depois de ter lido ou assistido a Me chame pelo seu nome. Alguns tentaram me conhecer; outros confidenciaram coisas que nunca tinham contado a ninguém; e alguns até deram um jeito de ligar para o meu escritório e, ao falar sobre o romance, acabavam se desculpando antes de cair no choro. Alguns eram presidiários; alguns mal tinham entrado na adolescência, outros tinham idade suficiente para olhar para trás, para amores de sete décadas antes; e alguns eram padres fechados em silêncio e segredo. Muitos ainda estavam no armário, outros totalmente assumidos; alguns eram viúvos que sentiam a esperança ressurgir ao ler sobre os amores de dois jovens chamados Elio e Oliver na Itália; algumas eram garotas muito jovens ansiosas por conhecer o tão esperado Oliver; e alguns rememoravam antigos amores gays com quem esbarraram depois de anos, mas que jamais reconheceriam o que um dia compartilharam quando eram colegas e nenhum dos dois era casado. Todos profundamente conscientes de que viviam uma vida paralela. Nessa vida paralela as coisas são como talvez devessem ser. Elio e Oliver ainda vivem juntos. E ninguém tem segredos.

 

Ao contrário do homem apaixonado por Dwight, todos aqueles que me escreveram não esconderam seus nomes, mas todos, em algum momento, esconderam algo essencial. Esconderam de si mesmos, de um parente, de um amigo, um colega de sala ou de trabalho, ou de um ser amado que jamais imaginaria os anseios turbulentos que fervilhavam por trás do olhar que se desviava sempre que seus caminhos se cruzavam.

Alguns leitores escreveram para me dizer que sentiam que meu romance tinha mudado algo neles e oferecido novas compreensões de si mesmos; alguns sentiram que o romance os impulsionou a finalmente virar a página em suas vidas. Mas alguns não conseguiram ir tão longe e, apesar de terem domínio perfeito da linguagem, confessaram que lhes faltavam palavras para explicar por que o livro mexeu tanto com eles ou por que sentiram uma ânsia não resolvida por coisas que nunca haviam considerado ou desejado antes. Estavam experimentando um fluxo de emoções e de possibilidades incompreensíveis que imploravam por reconhecimento. Possibilidades que pareciam mais reais que a própria vida, uma percepção até então desconhecida de si mesmos acenando da margem oposta e cuja possível perda era fonte de mágoa inconsolável. Por isso as lágrimas, arrependimentos e a sensação avassaladora de estarem perdidos na própria vida.

E, no entanto, diziam, suas lágrimas não eram de tristeza. Eram de reconhecimento, como se o romance fosse um espelho no qual o leitor pudesse observar as próprias emoções expostas diante de si. Essas respostas me fizeram perceber que Me chame pelo seu nome não ilumina aspectos que os leitores já não saibam, nem traz novas verdades ou revelações; tudo o que ele faz é lançar uma nova luz sobre coisas que eram familiares havia muito tempo, mas que eles nunca chegaram a considerar. Seria tentador dizer que com meu livro eles são lembrados de um primeiro amor esquecido; mas a verdade é que todos os amores, mesmo aqueles que acontecem mais tarde na vida, são primeiros amores. Sempre há medo, vergonha, relutância e certa dose de rancor. Desejo é agonia.

 

 

Todos aqueles que leram Me chame pelo seu nome entendem não apenas a luta para falar e esconder a verdade, mas também a vergonha que surge sempre que queremos algo de alguém. O desejo é sempre cauteloso, sempre reservado — contamos a todos que conhecemos sobre a pessoa que desejamos ter nua em nossos braços, mas a última a saber será o objeto do desejo. Para o homossexual, esse sentimento é ainda mais cauteloso e vigilante, principalmente quando a sexualidade ainda é uma descoberta. O constrangimento e o desejo são dois companheiros estranhos quando se é jovem, mas a vergonha e a inexperiência são tão paralisantes quanto o medo quando assistimos a sua luta contra o impulso da ousadia. A presença do mais bruto tesão divide a pessoa entre a vontade de esquecer determinadas cenas assim que acordar e rezar para sonhar com elas outra vez, e mais outra e mais outra  — se os sonhos são tudo o que você vai ter. O silêncio e a solidão cobram um preço que nos destrói emocionalmente. Em algum momento, precisamos falar.

 

 

Então “é melhor falar ou morrer?”, pergunta Elio, o narrador de Me chame pelo seu nome, citando palavras escritas no século XVI por Margarida de Navarra em sua coleção de contos conhecida como Heptamerão. Margarida era irmã do rei Francisco I e avó de Henrique IV; ele, avô de Luís XIV, tinha, portanto, muita familiaridade com as intrigas e fofocas da corte e com os riscos de se abrir para alguém que talvez não aceite o que está em nosso coração e pode muito bem nos fazer pagar por isso. Nem todos que me escreveram ousaram abrir o coração para aqueles que amavam. Alguns buscaram o silêncio — gotas lentas e persistentes de desespero tomadas todas as noites antes de dormir até que perceberam que estavam mortos e nem sabiam. Muitos me escreveram com a sensação de ter perdido a chance quando o objeto de desejo amarrou o barco a remo em seu cais e simplesmente pediu que pulassem. “Uma frase ou pensamento em quase todas as páginas”, escreveu um leitor, “provoca lágrimas e reforça o nó em minha garganta e em meu peito. Meus olhos se enchem de lágrimas no metrô, em frente ao computador no trabalho, andando pela rua. Talvez eu esteja chorando em parte porque sei que na minha idade é quase impossível viver algo que seja minimamente comparável com o que Elio tem com Oliver”. Outro escreve: “Ler Me chame pelo seu nome me fez sentir um amor que nunca tive.” Um colega muito bem casado há mais de cinquenta anos me chamou em um canto e disse: “Acho que nunca estive tão apaixonado em toda minha vida.” “Tenho 23 anos”, outra pessoa tuitou, “e nunca senti tanto amor até ler Me chame pelo seu nome. Sinto como seu eu tivesse vivido aquilo”. “Elio e eu temos praticamente a mesma idade”, escreveu uma adolescente. “Nunca vivi o ambiente do verão italiano… minhas experiências aconteceram apenas no meio do caminho entre a natureza e a poluição, no entanto, senti a mesma tensão, o mesmo medo, a mesma culpa e o mesmo amor avassalador que você expressa com perfeição por meio de Elio e Oliver… Me reconhecer em Elio foi algo que eu jamais imaginei e tenho certeza de que nunca vou viver algo assim de novo. A primeira garota que eu amei continua sendo… a única garota que eu amei e ainda assim tudo o que compartilhamos… vive agora como um segredo entre duas amigas.” “Terminei de ler Me chame pelo seu nome há uns dois dias”, escreve outra pessoa, “e queria que você soubesse o quanto me emocionou. Era como ler a narração de pensamentos que enterrei há muito tempo”. E, finalmente, de uma pessoa de 72 anos: “Fiquei fascinado com a ideia das vidas paralelas que eu poderia ter levado se tivesse ido com ele, onde eu estaria se tivesse viajado sozinho? Talvez a questão seja simplesmente o que eu faço com o presente que você me deu durante o resto da minha vida.”

 

Matthew Leifheit

 

Há pelo menos quinhentas outras cartas e e-mails como esses.

Alguns se pegam chorando no fim do filme ou do romance, não pelo que aconteceu há muito tempo ou pelo que não aconteceu e talvez nunca aconteça em suas vidas, mas pelo que ainda virá, pelo momento assustador no qual, em breve, eles também logo terão que decidir entre falar ou morrer. De uma garota de 18 anos: “[Seu romance] me dá esperanças de que um dia conhecerei alguém que eu deseje tanto que vou encontrar forças em mim mesma para agir. Como Oliver fez com Elio. Talvez meu Oliver também venha a ser alguém que eu vou perceber que amo tanto quanto desejo.” Ela chorou durante uma semana, como esse jovem de 15 anos: “Parei de ler… porque não queria que [o livro] acabasse, não queria que as feridas que você abriu em mim se fechassem, não queria superar, por algum motivo que ainda preciso descobrir. Eu queria continuar um caco, emocional e mentalmente frágil… Minha mãe me deu um lenço porque nunca me viu chorando assim. Eu tinha terminado de ler e ‘emocionado’ é uma palavra muito fraca para expressar o que seu livro fez comigo. Uma semana já se passou e eu literalmente só consigo pensar nele, não nas provas que estão chegando, mas… em Elio e Oliver e se é melhor falar ou morrer. Você respondeu perguntas que eu nem sabia que eu tinha.”

O romance realmente parece possibilitar a revelação de sentimentos de todo tipo, frutos da jornada implacável para dentro de si e da autoanálise obsessiva de Elio com a qual leitores são convidados a se identificar. Por meio da introspecção desenfreada desse personagem, também os leitores se sentem expostos e abertos como um crustáceo sem exoesqueleto, obrigados a se olhar no espelho. Não é de se admirar que fiquem comovidos. A máscara que lhes é arrancada não é apenas a fachada por trás da qual se escondem os desejos homossexuais deles mesmos e dos outros. É a percepção, por meio da voz de Elio, do que realmente sentem, de quem realmente são, do que temem, do que leva sua assinatura e do recato bobo que enfrentam para ler os outros e com sorte tocá-los. Alguns se identificaram tanto com algumas frases efusivas do romance que as tatuaram em seus corpos. Recebo fotos dessas tatuagens. Até mesmo os pêssegos, imaginem vocês!

 

 

Mas o que emociona a maioria das pessoas — e isso é tão verdadeiro agora quanto era quando o romance foi lançado — é o discurso do pai. Nesse momento ele não só diz ao filho para que cuide da chama e “não a apague” após seu amado ter ido embora da Itália, mas que ele também, o pai, inveja o relacionamento do filho com um amante do sexo masculino. Esse discurso rasga o ultimo vestígio do véu que separa o leitor e a verdade, um tributo comovente à sinceridade irredutível entre pai e filho.

A maioria dos leitores me escreveu falando sobre a cena porque tal discurso reacendeu a lembrança do difícil momento em que decidiram se abrir com seus pais, ou, como costuma ser com pessoas de 60, 70 anos ou mais velhas, porque as palavras as fizeram lembrar-se de uma conversa que gostariam de ter tido, mas nunca tiveram, com os pais. Essa é a perda que ninguém esquece e da qual ninguém se recupera depois de assistir a Me chame pelo seu nome. Ela carrega a essência daquele momento precioso e determinante que nunca aconteceu e que nunca acontecerá.

Eis o discurso:

Olha só. Vocês tinham uma bela amizade. Talvez mais do que amizade. E invejo vocês. No meu lugar, muitos pais esperariam que a coisa simplesmente sumisse, ou rezariam para que seus filhos se reerguessem logo. Mas eu não sou um desses pais. No seu lugar, se houver dor, cuide dela, e se houver uma chama, não a apague, não seja bruto com ela. Arrancamos tanto de nós mesmos para nos curarmos das coisas mais rápido do que deveríamos, que declaramos falência antes mesmo dos trinta e temos menos a oferecer a cada vez que iniciamos algo com alguém novo. A abstinência pode ser uma coisa terrível quando não nos deixa dormir à noite, e ver que as pessoas nos esqueceram antes do que gostaríamos de ser esquecidos não é uma sensação melhor. Mas não sentir nada para não sentir alguma coisa… que desperdício!

[…]

Então permita que eu diga mais uma coisa. Vai esclarecer tudo. Talvez tenha chegado perto, mas nunca tive o que vocês tiveram. Alguma coisa sempre me impediu ou ficou no caminho. Como você vive sua vida é problema seu. Mas lembre-se, nossos corações e nossos corpos nos são dados apenas uma vez. A maioria de nós teima em viver como se tivesse duas vidas, uma é a maquete, a outra a versão final, e todas as versões entre elas. Mas a vida é só uma, e antes que você se dê conta, seu coração se cansa e, quanto ao seu corpo, chega um momento em que ninguém mais olha para ele, muito menos quer chegar perto dele. Agora há tristeza. Não invejo sua dor. Mas invejo sua dor.

 

 

Recebi a carta anônima no início de maio de 2008. À época, eu estava na casa dos meus pais, porque meu pai estava com câncer de garganta e boca e já estava em tratamento paliativo. Recusara radio e quimioterapia, então eu sabia que seus dias estavam contados; embora a morfina o deixasse um pouco confuso, ele estava lúcido o suficiente para trocar gracejos sobre uma série de assuntos. Tinha parado de comer e beber água porque engolir era muito doloroso. Certa tarde, enquanto eu tirava um cochilo, o telefone tocou. Uma jornalista que eu tinha conhecido na Califórnia havia acabado de receber uma carta, que queria compartilhar comigo. Eu pedi a ela que lesse para mim ao telefone. Ao final, perguntei se ela se importava de me enviar a carta. Queria mostrá-la ao meu pai, eu disse, e expliquei que ele estava morrendo. Ela se comoveu. Conversamos sobre meu pai por um tempo. Eu disse a ela que estava tentando compensá-lo nos últimos tempos, e que ele também estava sendo uma companhia muito agradável. “Como foi crescer com ele?”, perguntou ela. “Tenso”, respondi. “Sempre é”, completou a jornalista. Então a conversa acabou, e ela prometeu enviar a carta em breve.

Depois de desligar, levantei da cama e fui vê-lo. Eu tinha criado o hábito, do qual fazia questão, de ler para ele, e isso o agradava muito, principalmente naquela fase em que ele estava com dificuldade para se concentrar. Mas em vez de ler as memórias de Chateaubriand, um de seus autores preferidos, animado com a carta que eu tinha ouvido ao telefone, perguntei se ele gostaria de ouvir a tradução francesa de Me chame pelo seu nome, cujas provas eu tinha recebido de Paris naquela manhã. “Por que não, já que foi você quem escreveu?”, disse ele. Meu pai estava orgulhoso de mim. Então comecei a ler do início, e logo percebi que estava abordando um assunto no qual nenhum de nós tinha tocado antes. Mas eu sabia que ele sabia o que eu estava lendo e por quê. Isso me deixou feliz. Talvez o tenha deixado feliz também. Nunca vou saber.

Naquela noite, depois do jantar, ele perguntou se eu poderia continuar lendo meu romance. Eu estava nervoso com o discurso do pai porque não sabia como ele reagiria, embora ele fosse o tipo de pai que teria feito o mesmo discurso. Mas o trecho estava a duzentas páginas, o que teria levado muitos dias. Talvez eu devesse pular algumas partes? Foi o que pensei. Mas não, eu queria ler o livro inteiro. Meu pai não viveu tempo suficiente para ouvir o discurso do pai. E quando a carta finalmente chegou da Califórnia ele já tinha partido. Seu nome era Henri, morreu aos 93 anos, e inspirou tudo o que já escrevi.

*Matéria originalmente publicada dia 28 de abril, no them.us

André Aciman nasceu em Alexandria, Egito. É ensaísta, romancista e pesquisador da literatura do século XVII. Saiba mais sobre Me chame pelo seu nome e seu novo livro, Me encontre

testeHistórias para curtir no Halloween

Existe uma data muito amada por todos os fãs de suspense e terror: o Halloween! Se você faz parte dessa turma, está acostumado com acontecimentos estranhos e demonstrações do sobrenatural. Na verdade você ADORA tudo isso, né? Então, não resista à escuridão e confira nossa seleção de histórias que prometem fazer o seu Dia das Bruxas especialmente sangrento.

Supersticiosos, estejam avisados: os títulos aqui listados podem te deixar com insônia e outras perturbações mentais.

 

Medicina dos horrores

Não existe nada mais assustador do que uma história real. Em Medicina dos horrores, somos apresentados aos corredores letais dos hospitais do século XIX, quando era muito mais fácil morrer em uma mesa cirúrgica do que na guerra. Ambientes abafados, instrumentos sujos e procedimentos sem anestesia eram comuns, mas um jovem médico percebeu que havia algo de errado: Joseph Lister.

Conheça a jornada de grandes descobertas e amputações em 30 segundos que Lister teve que percorrer para desvendar um dos maiores mistérios do seu século. [Leia um trecho]

 

O que aconteceu com Annie

A irmã de Joe Thorne desaparece misteriosamente quando ele é um adolescente. Vinte e cinco anos depois, um e-mail anônimo assustador o leva mais uma vez ao passado: “Eu sei o que aconteceu com a sua irmã. Está acontecendo de novo.”

Um suspense com ares sobrenaturais, O que aconteceu com Annie explora os lugares mais escuros de um passado que precisa ser esquecido. Você tem coragem de conhecer? [Leia um trecho]

 

O caso da Mansão Deboën

Quatro amigos e um cachorro eram mestres em desvendar mistérios e desmascarar bandidos durante suas férias em Blyton Hills ­– até que uma noite muda tudo. Depois do que aconteceu na estranha Mansão Deboën, Andy, Kerri, Nate e Peter nunca mais foram os mesmos. Agora se passaram mais de dez anos eles precisam finalmente enfrentar o passado e os monstros que moram nele para seguirem em frente.

Com muita nostalgia e terror, O caso da Mansão Deboën é a aventura perfeita para os fãs de Lovecraft e Scooby Doo. [Leia um trecho]

 

Inspeção

Escondida no meio de uma floresta existe uma torre que abriga uma escola só para meninos. Lá, os Meninos do Alfabeto vivem isolados do resto mundo e são treinados para se tornarem grandes gênios das artes e ciências. Além disso, todo dia eles passam pelas chamadas Inspeções, procedimentos misteriosos, desconfortáveis e obrigatórios. Ninguém questiona nada, até que um dos garotos, J, vê algo muito estranho pela janela. O que será que está realmente acontecendo ali? Quais segredos o diretor da escola esconde? E que coisa assustadora está trancada atrás da porta proibida no porão? [Leia um trecho]

 

Mindhunter

Os bastidores de alguns dos casos reais mais terríveis, fascinantes e desafiadores do FBI em detalhes assustadores.

Durante as mais de duas décadas em que atuou no FBI, o agente especial John Douglas tornou-se uma figura lendária. Em uma época em que a expressão serial killer, assassino em série, nem existia, ele foi um agente exemplar na aplicação da lei e na perseguição aos mais conhecidos e sádicos homicidas de nosso tempo. Ele confrontou, entrevistou e estudou dezenas de serial killers. Com a força de um thriller, ainda que terrivelmente verdadeiro, esse é o relato da vida e da mente dos mais perturbados assassinos em série que ele perseguiu. A obra serviu de inspiração para a série homônima da Netflix. [Leia um trecho]

 

Five Nights at Freddy: Olhos prateados

Baseado em um conhecido caso real de assassinato ocorrido em uma pizzaria em 1993, a história mexe com um grande medo infantil: bonecos de pelúcia gigantes e macabros.

O primeiro livro da trilogia baseada no famoso videogame criado por Scott Cathon explora o terror da Freddy Fazbear’s Pizza. Charlie é uma adolescente que volta para sua cidade natal quando é convidada a participar de uma homenagem a um amigo de infância, morto dez anos antes em circunstâncias misteriosas em uma pizzaria. Agora abandonado, o fast-food se torna o local de investigação de Charlie e seus amigos — e os bonecos animatrônicos responsáveis pela animação do local anos antes não ficam nada felizes com isso. [Leia um trecho]

 

Objetos cortantes

O livro que deu origem à série da HBO estrelada por Amy Adams.

A repórter Camille Preaker é mandada de volta a sua cidade natal para investigar o brutal assassinato de uma menina e o desaparecimento de outra. Mas retornar a Wind Gap também significa lidar novamente com a mãe neurótica, o padrasto e a meia-irmã que cresceu sem sua presença. À medida que as investigações avançam, Camille passa a desvendar segredos tão macabros quanto seus problemas pessoais. [Leia um trecho]

 

O Homem de Giz

Quem é o Homem de Giz?

Nos anos 1980, Eddie e seus amigos inventam um código secreto para se comunicarem: homenzinhos rabiscados com giz no asfalto. Certo dia, ao seguirem desenhos por uma trilha, se deparam com um corpo na floresta e tudo muda. Em 2016, todos tentam seguir com a vida e esquecer o passado, mas os desenhos voltam misteriosamente para a vida deles e todos passam a correr perigo. Alternando entre o passado e o presente, o livro nos presenteia com o melhor do suspense e do mistério. [Leia um trecho]

 

Caixa de pássaros

Há algo lá fora… Algo aterrorizante e que não deve ser visto. Basta uma olhadela e a pessoa é levada a cometer atos de violência mortal.

Quatro anos depois de as mortes terem começado, existem poucos sobreviventes em Michigan. Vivendo em uma casa abandonada, Malorie e seus dois filhos tentam resistir nesse mundo no qual abrir os olhos pode ser fatal. Quando uma neblina atinge a região, ela decide fugir de casa em um barco a remo na esperança de encontrar um lugar longe do surto que matou todos em sua cidade. De olhos vendados, os três encaram uma viagem assustadora rumo ao desconhecido. O romance de estreia de Josh Malerman, eleito um dos melhores livros de estreia e uma das melhores obras de 2014, virou filme pela Netflix estrelado por Sandra Bullock (Oito Mulheres e Um Segredo) e Sarah Paulson (American Horror Story). [Leia um trecho]

 

A essência do mal

Nas montanhas há uma força impossível de entender. Ele a chama de A Besta.

Jeremiah Salinger ganha a vida fazendo documentários, até que se muda com a família para uma região remota da Itália. Lá, ele ouve falar sobre um crime ocorrido em 1985, no qual três jovens foram mortos, e seus corpos, desmembrados por um assassino que nunca foi descoberto. Jeremiah então mergulha em um quebra-cabeça macabro e fascinante para tentar solucionar esse mistério. [Leia um trecho]

 

A verdade sobre o caso Harry Quebert

Nada é o que parece.

Marcus Goldman é um jovem escritor que sofre de bloqueio criativo. Certo dia ele é surpreendido pela descoberta do corpo de uma jovem de quinze anos ── desaparecida sem deixar rastros em 1975 ──, enterrado no jardim de Harry, seu ex-professor de faculdade e um dos mais renomados escritores americanos, com o original do romance que o consagrou.

Harry admite ter tido um caso com a garota e ter escrito o livro para ela, mas alega inocência quanto ao assassinato. Decidido a ajudar seu mentor, Marcus se lança em uma investigação, esbarrando em antigos segredos da pequena cidade de Aurora ao mesmo tempo que reconstrói os acontecimentos do verão de 1975, quando Harry e Nola viveram um amor proibido. [Leia um trecho]

 

Se todas essas histórias terríveis de infortúnios e angústia não te assustaram, caro leitor, talvez eu o tenha subestimado.

testeLivro da autora de Big Little Lies vira série na Netflix

 

A série inspirada no livro Three Wishes, de Liane Moriarty, está em desenvolvimento pela Netflix.

O livro acompanha as trigêmeas Lyn, Cat e Gemma Kettle, e se elas estão juntas, significa que há drama. Na obra, recheada de humor e reviravoltas, as três precisam encarar os pais divorciados, as traições nos casamentos e os segredos de família. O romance, ainda sem data ou título em português definidos, será lançado pela Intrínseca.

Essa não é a primeira adaptação dos livros da autora. A série Big Little Lies, inspirada no romance Pequenas grandes mentiras, conta com Reese Witherspoon, Nicole Kidman e Shailene Woodley no elenco, e recebeu o prêmio de Melhor Minissérie e Melhor Série Limitada no Globo de Ouro e no Emmy Awards, respectivamente. A segunda temporada está prevista para 2019 e já se sabe que Meryl Streep será a mãe de Perry, marido de Celeste. A atriz não aparece na TV desde 2003, quando interpretou um papel na minissérie Angels in America.

O segredo do meu marido é outra adaptação em fase de pré-produção, planejada para ser um longa-metragem. O filme terá Blake Lively no papel principal.

O que Alice esqueceu, que a Intrínseca lançou recentemente, também chegará às telonas, dessa vez com Jennifer Aniston como protagonista.  O livro narra a vida de uma mulher de 39 anos que acorda sem se lembrar dos últimos 10 anos e precisa recuperar sua antiga vida enquanto lida com as surpresas da maternidade e seu recente divórcio. 

testeDe Game of Thrones a Shrek: os sucessos que se inspiraram em “A princesa prometida”

Mesmo que já tenha passado despercebido, você com certeza já viu referências de A princesa prometida em algum lugar.  A obra de William Goldman é um marco dentro da cultura pop, inspirando produtores e roteiristas de todos os gêneros até hoje. O filme homônimo se tornou um grande clássico dos anos 80, com personagens marcantes e bordões inesquecíveis.

Pensando nisso, separamos uma lista de séries e filmes que possuem referências desta grande obra:

 

  1. How I Met Your Mother

O episódio Last Time In New York (9×03) é recheado de referências ao nosso queridinho. Marshall e Ted refazem o grande duelo de esgrima de Inigo Montoya, enquanto repetem a clássica frase: “Olá, meu nome é Inigo Montoya. Você matou o meu pai. Prepare-se para morrer.” Além dos dois, Robin e Lily também refazem a mesma cena juntas na sala de Ted.

 

  1. The Big Bang Theory

Outra série que usou a famosa frase de Inigo Montoya foi The Big Bang Theory. No episódio A Implementação Transpiração (9×05), durante o duelo de esgrima entre Howard e Raj, os dois também repetem o bordão de Inigo Montoya. Além disso, no 16º episódio da décima temporada, Raj diz que A Princesa Prometida é o seu filme favorito.

 

  1. Supernatural

Supernatural é outra série que aparentemente ama A princesa prometida. No episódio Reichenbach (10×02), adivinha o que o personagem Dean fala? Sim, o grito de guerra do nosso hispânico ressentido. Já no episódio Livro dos Condenados (10×18), o Infame Pirata Roberts é mencionado.

 

  1. Game Of Thrones


Em Game Of Thrones, o duelo entre Montanha e Víbora Vermelha é uma referência à fantástica luta final de Inigo Montoya. Víbora Vermelha também é motivado pela vingança e repete o tempo todo que Montanha matou sua irmã e seus filhos.

 

  1. Shrek 2

As similaridades entre as obras já começam em seus enredos: as duas são paródias aos contos de fadas tradicionais e fazem isso com muito bom humor, sendo Shrek o nosso garoto da fazenda e Fiona a belíssima Buttercup.

 No segundo filme da série Shrek, o Burro e o Gato de Botas vão ao castelo resgatar a princesa Fiona, assim como fizeram Westley, Fezzik e Inigo Montoya para salvar Buttercup. Com um sotaque espanhol carregado, o Gato de Botas diz: “É hora de pagar a minha dívida!”, se virando para os guardas do castelo. Essa cena é idêntica à de A Princesa Prometida, e quem disse essa frase primeiro foi Inigo Montoya.

 

 

  1. Gilmore Girls

No 19ª episódio da segunda temporada, Jess diz o famoso “Como quiser” para Rory, em referência à fala de Westley para Buttercup.

  1. Gossip Girl


Em sua quarta temporada, Cyrus se refere diversas vezes à Blair Waldorf como “a princesa prometida”, durante seu noivado e casamento com o príncipe.

 

  1. Parks and Recreation

E essa cena de Parks and Recreation? Os personagens Leslie e Ben se fantasiaram de Buttercup e Westley no Halloween no 7º episódio da sexta temporada.

 

  1. This is Us

Em seu aniversário, Kevin pediu que o tema de sua festa fosse “A princesa prometida”.

 

  1. Suits

No primeiro episódio da quarta temporada, Harvey diz para Mike outra famosa frase de Inigo Montoya: “Acho que não significa o que você pensa” e, como resposta, Mike fala o grande bordão de Vizzini: “Inconcebível!”

 

  1. The Vampire Diaries

No 12º episódio da quarta temporada de The Vampire Diaries, Stefan Salvatore diz para Rebekah: “Westley mata ratos gigantes por amor”, em referência à cena de Westley e os roedores de tamanho descomunal do pântano de fogo, que embora apareça no filme, é muito mais detalhada e emocionante no livro.

 

Vocês conhecem mais alguma referência? Contem pra gente!

testeBela Gil: Como encontrar o equilíbrio entre o prazer e o bem-estar

Por Bela Gil*

 

Comer é um ato de prazer para muitas pessoas, principalmente para aquelas com um acesso seguro à alimentação, que não precisam se preocupar em saber quando será sua próxima refeição. Mas será que esse prazer que a comida nos oferece vale a pena quando coloca em risco nossa saúde? Eu me arrisco a dizer que o ser humano tem uma natureza imediatista e por isso valoriza muito mais o ato de comer um doce que lhe oferece prazer instantâneo, mesmo sabendo que isso pode afetar sua saúde, do que o bem-estar que sentiria se deixasse de comê-lo. Essa definição ficou muito clara para mim quando ouvi do meu pai a seguinte frase: “Muitas vezes é necessário trocarmos uma porção de prazer por uma porção de bem-estar.” E o livro Comer para não morrer nos ensina perfeitamente como achar o equilíbrio entre a saúde do corpo e o prazer pela comida com informações científicas detalhadas de alimentos específicos e grupos alimentares, além de trazer dicas de receitas saborosíssimas. 

Descobrir a quantidade que precisamos ou devemos ingerir de cada alimento para prevenir doenças e fortalecer nosso organismo é libertador. Nos sentimos cada vez mais responsáveis por nossa saúde e consequentemente fazemos escolhas alimentares mais conscientes. Ficamos menos dependentes das indústrias farmacêutica e alimentícia porque conseguimos entender o motivo pelo qual escolhemos ingerir certo alimento, podendo ser exclusivamente por saúde ou por prazer. O mais importante é ter o conhecimento e a consciência do que ingerimos. 

 

 

Acredito que dentro de uma alimentação saudável podemos comer de tudo. Porém precisamos entender quanto, quando e por que estamos ingerindo certos alimentos. Se temos a consciência de que o açúcar é nocivo para a saúde, tomar refrigerante todos os dias pode ser uma má ideia. Mas ao mesmo tempo sabemos que açúcar é gostoso, nos dá prazer e precisa ser consumido com muita moderação, então não precisamos abrir mão da sobremesa do restaurante predileto, da caixa de chocolate do Dia dos Namorados ou do doce da casa da vovó. O importante, dentro de uma alimentação saudável, é equilibrar a quantidade e a qualidade de cada alimento, conhecer suas funções e observar o que nos faz bem e o que nos faz mal. O nome disso é autoconhecimento, e só conquistamos isso quando prestamos atenção no que comemos e por que comemos. 

Hoje temos mais pessoas morrendo de doenças relacionadas ao consumo excessivo de comida do que pessoas morrendo de fome. Estamos num momento da história da humanidade em que a comida pode ser uma grande aliada para uma vida saudável e para a prevenção de doenças. Porém a comida também está causando muitas doenças crônicas que testemunhamos na sociedade atual. Ou seja, comida é uma ferramenta poderosa que pode nos trazer a cura ou provocar doenças. 

 

Não existe um alimento vilão e um superalimento para todo mundo. Tudo depende da quantidade, da qualidade e de quem está consumindo. Por exemplo, um suco verde com couve pode fazer muito bem a quem está com anemia, mas pode prejudicar o quadro da pessoa que tem hipotireoidismo ou trombose.  E, nesse livro, o dr. Michael Greger nos mune com poderosas ferramentas de conhecimento para nos libertarmos do medo e da adoração excessiva por alimentos específicos. Ele nos fornece o caminho para a busca da saúde e do equilíbrio.

Por enquanto a forma mais eficaz que temos para prevenir problemas no nosso corpo é uma boa alimentação baseada em vegetais. Alimentos ricos em fibras, vitaminas, minerais, antioxidantes e muitos fitoquímicos podem prevenir e curar uma quantidade infinita de doenças, desde proteger contra doenças do coração, do sistema nervoso, do sistema digestório ou na pele até curar um câncer. Graças ao avanço nas pesquisas e ao profissionalismo de pessoas como o dr. Michael Greger, temos a oportunidade de colocar em prática a velha e famosa frase da medicina: “Faça do alimento o seu remédio.” Este livro é uma grande ferramenta para conseguirmos viver melhor conhecendo e saboreando o que a natureza tem a nos oferecer.  

 

*Bela Gil é especialista em Alimentação Natural e Nutrição Holística e apresentadora.  Esse é o prefácio que ela escreveu para o livro Comer para não morrer, de Michael Greger e Gene Stone.

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Entraremos em contato com o vencedor através do e-mail cadastrado no blog em até 10 dias. Agradecemos a todos os participantes.