Tenho o que ficou e tenho sorte até demais

Terminei com o meu primeiro namorado aos 16 anos, ele era a pessoa mais maravilhosa que já tinha conhecido, mas sabe quando as coisas não desenvolvem? Acho que nós não tínhamos química. Ele era um amigo maravilhoso, o meu maior confidente, mas como namorado era frio.
Ele sofreu, eu sofri… chorei demais por tudo isso. Mas as férias acabaram, um novo ano começou e tinha um menino muito diferente na minha turma. Sabe aquelas pessoas que se fazem de mal encaradas? Ele mesmo! Usava uma barbicha comprida até o final do pescoço amarrada em trança, camiseta de banda, cheio de pulseiras nos pulsos, não falava com ninguém e logo eu quis me aproximar de cara.
Fui muuuuito insistente, quando ele estava conversando com os amigos eu chegava na roda e tentava chamar atenção, puxar um assunto em comum sei lá. E quando nos demos por conta já eramos os melhores amigos do mundo. Ele me buscava em casa pra irmos juntos pra escola, ele agora sabendo que eu queria ficar com ele, queria ter um relacionamento, namorar sério.
O cara sempre disse que gostava de mim apenas como amiga até o dia que fomos ver um filme com os amigos e nos beijamos. Tem sensação mais gostosa que aquele frio na barriga de ansiedade, aquele antes de dar o primeiro beijo no carinha que a gente gosta?
Infelizmente duramos pouco, a minha paixão virou amor e nisso aprendi que não se pode amar por dois, tem que ser dividido, sentido e real. Não da pra fingir que esta tudo bem e segurar as pontas enquanto pode, uma hora a verdade sempre vem a tona e quem sofre é a gente.
Ainda bem que ele me dispensou, hoje sou feliz com uma pessoa que me valoriza e me transborda em sentimentos. Há males que vem para o bem.