As primeiras paixões

O começo de uma das primeiras paixões é quando ainda nem sabemos ao certo o que é a paixão. A minha primeira “paixonite” foi aos nove anos de idade, sim foi bem novinha, era algo que meu coração dizia que eu amava o Matheus, lindo, olhos claros, cabelos claros e sempre me dava balas e pirulitos ó porque dizia que eu era a menina preferida dele, isso tornou-se paixão para mim, eu ficava horas no telefone com ele quando chegava da escola no período do almoço, quase todos os dias depois da escola em que passávamos um tempo juntos, nós falávamos dos desenhos animados e de como queríamos crescer e poder casar, era lindo e puro. Nós acreditávamos que poderíamos nos ver nas férias, e que depois nossos pais deixariam nós sermos felizes, estávamos apa ixodos! e as cartinhas de amor… eram lindas, o correio elegante na festinha junina, ai sim tive a certeza que meu primeiro amor, foi o Matheus, da terceira série.
Minha primeira paixão real que teve o beijo com gostinho de quero mais, foi aos doze anos, eu sabia o que eram ver filmes e ler livros de romance, mas não havia sentido ainda, foi quando conheci o Lucas, um rapaz da escola dois anos mais velho e tão atencioso quanto uma mulher ou uma menina podem sonhar, ele era gentil, carinhoso, conversava bem, cantava para mim, e gostava de mim do jeitinho que eu era, não me criticava e respeitava meus gostos literários, já que o seu forte era futebol e o meu livros. Me apaixonei por ele, ficamos juntos por seis meses, entre beijos e conversas, entre carinhos e confidencias… mas ele cometeu um deslize, e como eramos novos demais para entender o que era a paixão, resolvi por não querer mais ele, sofremos, mas sempre me mantive firme, fui tão tola… e ele também, se deixou levar por bobeiras e nos afastamos, mas ele foi uma paixão da qual tenho prazer de recordar, seus olhos nunca mentiam, e hoje torce pela sua felicidade, ele sempre foi um bom moço. E eu me apaixonei por ele, descobri que era muito apaixonada por ele, quando ele decidiu não jogar bola para ficar comigo escondido na casa dele… ele era profissional, isso para mim, na época foi uma prova de amor. Seguimos nossos caminhos, mas sempre vou guarda-lo no meu coração.
E após alguns anos, na adolescência ainda, eu aprendi o que realmente é estar apaixonado, quando abri mão de tudo por um amor, quando meu coração foi totalmente entregue em uma bandeja para que ele pudesse saboreá-lo, e foi o que ele fez, nos amamos muito, foi sincero, foi bonito, eu acreditava nele e confiava a minha vida, uma ilusão que durou anos, mas o amor era verdadeiro, era quase palpável, me apaixonei perdidamente e fui por anos, ainda amava ele quando descobri que o sentimento infelizmente partia somente de um coração, que era o meu, o ódio tomou conta de mim, acumulo de magoas, decepções e promessas quebradas, mas sempre tive a certeza e tenho ainda hoje, ele foi e sempre sera a minha primeira paixão verdadeira, não sei se desejo o mal ou o bem para ele, mas desejo que realmente um dia, eu possa amar alguém muito mais que amei ele, e o medo que tenho é que eu não consiga… Mas eu acredito no amor que vai chegar.

Minhas paixões, todas com sua essencia, graças a elas eu sou quem sou hoje, e me aperfeiçoou para a próxima paixão que virá ao meu encontro, e ficará comigo até o fim, ou melhor Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, todos os dias da minha vida e até que a morte nos separe.

Fim… ou a espera de um novo começo.