testeColunas cruzadas

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Casar no Copacabana Palace ainda é o sonho de muitas pessoas. (fonte)

Em uma de minhas colunas escrevi que casar e/ou passar a lua de mel no Copacabana Palace ainda é um sonho de consumo de muitas brasileiras. Também contei que quando fui ao programa televisivo do Jô Soares ele perguntou: “A família Guinle seria alvo da Operação Lava-Jato?” A resposta foi curta e grossa: “Não.” Esta semana os dois temas se cruzaram.

Com a prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, no último dia 19, a imprensa noticiou que o casamento de sua filha, Danielle Dytz da Cunha, realizado em 2011 no Copa, foi pago com propina. Segundo a revista Época, a Justiça federal pediu que o hotel discriminasse os gastos com “aluguel/locação de salões, hospedagem, fornecimento de alimentos/bebidas, segurança, fotografia, cerimonial, equipamento de som, conjunto musical, serviços de decoração”. Tudo teria custado R$ 266.205,90, pagos entre abril e junho daquele ano. Honestamente, nem achei muito caro.

Para os padrões do ex-deputado, então, foi baratíssimo, pois ele não desembolsou um único centavo. Segundo as investigações da Lava-Jato, apesar de a fatura ter sido emitida em nome da empresa C3 Produções, de propriedade de Cláudia Cruz, mulher de Cunha, ela foi paga em dinheiro por terceiros.

Eu fico imaginando como os deputados do baixo clero da política nacional devem ter disputado, ou festejado, a honra de participar desse rega-bofe. Só consigo conceber uma festa de gosto duvidoso e repleta de parlamentares de honra questionável que não devem ter perdido a chance de adular o digníssimo Eduardo Cunha.

Os salões do Copacabana Palace, tornados icônicos por receberem a elite política e artística internacional, hoje parece que atraem principalmente arrivistas que acreditam ser possível se apropriar do prestígio e do glamour dos que realmente fizeram a glória do hotel.

testeUma lista assustadora para o dia das bruxas

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Para celebrar a chegada de mais um dia das bruxas, temos a já tradicional lista de histórias assustadoras para manter a tradição de sustos, monstros e medo em geral. Confira!

Caixa de pássaros, de Josh Malerman

Há algo que não pode ser visto. Algo que enlouquece as pessoas e as leva a cometer atos violentos seguidos de suicídio. A população foi aconselhada a trancar as portas e as janelas e a vendar os olhos. Com uma narrativa cheia de suspense e que alterna passado e presente, o livro conta uma incrível história de terror psicológico em um mundo pós-apocalíptico.

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O adulto, de Gillian Flynn

Escrito a pedido de George R. R. Martin, o conto é uma homenagem às clássicas histórias de terror. Na obra, uma jovem ganha a vida se passando por vidente e oferecendo serviços de leitura de aura para donas de casas ricas e tristes. Certo dia, ela atende uma mulher desesperada por injetar um pouco de emoção em sua vida monótona e planeja tirar vantagem da situação. No entanto, quando visita a casa da mulher, a jovem se depara com acontecimentos aterrorizantes, e se convence de que há algo tenebroso à espreita.

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Orgulho e preconceito e zumbis, de Seth Grahame-Smith e Jane Austen

“É uma verdade universalmente aceita que um zumbi, uma vez de posse de um cérebro, necessita de mais cérebros.” Assim começa essa paródia da obra consagrada de Jane Austen, que se tornou um best-seller do The New York Times. Agora, porém, no tranquilo vilarejo de Meryton, Elizabeth Bennet, treinada nos rigores das artes marciais, está determinada a eliminar a ameaça zumbi. Até que sua atenção seja desviada pela chegada do altivo e arrogante Sr. Darcy.

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Loney, de Andrew Michael Hurley

Quando os restos mortais de uma criança são descobertos durante uma tempestade de inverno em uma extensão da sombria costa da Inglaterra conhecida como Loney, um homem é obrigado a confrontar acontecimentos terríveis e misteriosos ocorridos quarenta anos antes, quando ainda era jovem e visitou o lugar. Com personagens ricos e idiossincráticos, um cenário sombrio e a sensação de ameaça constante, Loney é uma leitura perturbadora e impossível de largar, que conquistou crítica e público. Uma história de suspense e horror gótico, ricamente inspirada na criação católica do autor, no folclore e na agressiva paisagem do noroeste inglês.

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Cidade dos etéreos, de Ransom Riggs

Um grupo de crianças com dons inusitados precisa escapar de monstros terríveis, numa história ilustrada por sombrias fotografias antigas. Na sequência da celebrada série iniciada com O lar da srta. Peregrine para crianças peculiares, Jacob, um garoto de dezesseis anos, parte com seus novos amigos para enfrentar as perigosas criaturas que ameaçam o universo peculiar.

Biblioteca de Almas, de Ransom Riggs

Na conclusão da série O lar da srta. Peregrine para crianças peculiares, Jacob descobre uma habilidade poderosa e vai usá-la na perigosa jornada para resgatar os amigos. Acompanhado de Emma, a menina que produz fogo, e um sábio cão peculiar, eles descobrem a fortaleza dos cruéis acólitos e estão preparados para a batalha final.

Contos peculiares, de Ransom Riggs 

As histórias que as crianças peculiares escutavam da srta. Peregrine, as pistas para a localização das fendas temporais, o livro dentro dos livros. Contos peculiares, coletânea citada ao longo da série O lar da srta. Peregrine para crianças peculiares, é ao mesmo tempo um delicioso complemento e uma porta de entrada para o rico e sombrio universo criado por Ransom Riggs.

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Filme noturno, de Marisha Pessl

Em uma noite fria de outono, Ashley Cordova é encontrada morta em um armazém abandonado em Manhattan. Embora a polícia suspeite de suicídio, o jornalista Scott McGrath acredita que exista algo mais por trás dessa história. Seu interesse pelo caso não é gratuito: Ashley é filha do famoso e recluso diretor de filmes de terror Stanislas Cordova, um homem que não é visto em público há mais de trinta anos e que, no passado, teve um papel trágico na vida de McGrath.

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O hipnotista, de Lars Kepler 

O massacre de uma família mobiliza a polícia sueca. Sob o comando do detetive Joona Linna, as investigações dependem da única testemunha: o filho adolescente, que está em estado de choque. Desesperado por informações, Linna convence o Dr. Erik Maria Bark a hipnotizar o garoto, dando início a uma longa e aterrorizante sequência de acontecimentos.

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teste6 motivos para ler a série Magnus Chase e os deuses de Asgard

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Em sua segunda aventura, O martelo de Thor, Magnus Chase precisa correr contra o tempo para recuperar a lendária arma e impedir que o mundo dos mortais seja destruído por uma horda de gigantes.

Para celebrar o retorno do filho de Frey favorito, perguntamos nas nossas redes sociais o que faz de Magnus Chase e os deuses de Asgard uma série inesquecível de Rick Riordan. Confira as respostas:

@thon_wayne  O sarcasmo ácido do Magnus. Além de muito divertido também é contagiante e torna a leitura gostosa demais.

@BrunaVans A personalidade do Magnus. Ele aparenta ser um garoto mesquinho e antissocial, mas prova ser gentil e ter um grande coração.

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@trisltz  As referências a Doctor Who, Kurt Cobain e a outros personagens do autor.

‏@Ljkina  Pela riqueza de características de cada personagem, não só do protagonista, mas também do antagonista, vilão estilo Doctor Who.

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@piercetlorien Personagens maravilhosos como Samirah Al-Abbas e Alex Fierro.

@carolinadnas Jacques, o melhor nome para uma espada que se mexe sozinha, fala e canta Taylor Swift! 😉

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testeLançamento Como matar a borboleta azul em São Paulo

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A economista Monica de Bolle lançou Como matar uma borboleta azul: uma crônica da era Dilma na Livraria Cultura em São Paulo.

Confira a galeria de imagens:

testeLançamento Como matar a borboleta azul no Rio de Janeiro

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A economista Monica de Bolle lançou Como matar uma borboleta azul: uma crônica da era Dilma na Livraria da Travessa em Ipanema, no Rio de Janeiro.

testeMorrer de amor

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Tracei tantos cenários para o dia em que reencontrasse Roberto que, quando isso finalmente aconteceu, não soube o que fazer. Como resumir o que se passou em oito anos? O fato é que ele desistira e eu permanecera. Ele não pôde aguentar a destruição dos planos, a reversão das expectativas. Era fraco e, em retrospecto, sempre havia sido.

No primeiro sinal de adversidade, foi procurar o ideal, o que sonhara, o que planejara em sua mente de advogado tributarista. Mulher que não trabalhasse, dois filhos loiros, emprego público. Segurança era a palavra-chave. Ao cruzar aquela mesa no restaurante, ver os enteados dele quase adultos, não pude deixar de achar que ele parecia um intruso naquele grupo.

Trocara a experiência dos seus pela mentira de uma outra vida, inventada. Laranjeiras pela Barra da Tijuca. O filho real por postiços. A mulher que o amara desde os dezesseis anos por outra, genérica (nem nisso ele foi original: casou-se com a antiga secretária). Mas sei que Roberto não deixou a mim. Fugiu de Otávio, tão rápido quanto pôde.

Nenhuma comunicação, a não ser documentos judiciais, depósitos mensais da pensão em minha conta-corrente, pensão sempre em dia. Nunca o procurei. Quis  confrontá-lo, mas nunca o fiz. Pode ter sido um erro. Ou talvez ele tenha previsto o sofrimento, tenha antevisto o que eu não poderia adivinhar. Passei por tudo, apostei. Ganhei e perdi. Mas, agora, somos iguais: ambos vivos, no mesmo restaurante.

Todos estamos em contagem regressiva para a morte — uma vez meu filho me disse isso. A única diferença é que, no caso de Otávio, os ponteiros estavam acelerados, era necessário correr muito, sugar o mundo todo de uma vez. Como nas tragédias gregas, nosso filho morreu de amor. No fim, porém, os minutos passavam devagar. Falta de ar e feridas. Febre e delírio. Pele e osso. Dores e vômitos.

Nosso filho, como os heróis (ou heroínas) das tragédias gregas, morreu de amor. Amou tanto — mas não o suficiente. Amou muitos corpos, perdeu-se entre braços, pernas, torsos e órgãos genitais. Peitos peludos e pés grandes, masculinos. Foi dizimado pela praga. Tantos outros corpos também desapareceram, sugados pela doença e pelo medo.

Eu, por outro lado, sobrevivi. Como uma ninfa mágica, ou uma fênix, me reinventei. Experimentei maconha, beijei um aluno e comecei a ouvir reggae. É como se o sofrimento, os reveses e o impensável tivessem me dado uma profundidade que eu não tinha. Os olhos ganharam mistério, e eu mostro minhas rugas com orgulho. Elas validam minha história.

E, então, estamos aqui. Eu e Roberto, mais uma vez. Ele está mais gordo, mas não muito. Pude ver em seu rosto que ele não aprendeu nada. Pensei em enfrentá-lo, em dizer o que estava óbvio: ele não pertencia àquela família, aqueles jamais seriam seus filhos. O filho dele estava enterrado no cemitério de Botafogo, um funeral sob o sol de quarenta graus de um dia de Ano-Novo. Ele poderia fugir para o outro lado do planeta que nada mudaria a verdade.

Pensei em dizer-lhe isso. Eu já quis gritar, quis entender, mas hoje tudo isso me parece supérfluo. A vida é muito rica, e dura demais, para que Roberto seja capaz de suportá-la sem criar a própria redoma. Minha companhia me esperava para o almoço, mesmo assim me detive por mais alguns segundos, tentando chegar a uma conclusão, decifrar o enigma.

A resposta era simples. Roberto agora fazia parte de um passado distante, meio cor-de-rosa e um tanto imbecil, uma espécie de sonho que não se quer que vire realidade. A melhor coisa que ele fez por mim foi partir. Fui testada e superei todas as fases. O jogo continuava, a vida seguia, estávamos ambos aqui. Só havia uma diferença: ele ainda era o mesmo e eu, outra.

testeMúsicas para uma Turnê Poética

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Durante o mês de outubro, Pedro Gabriel e Clarice Freire, autores respectivamente de Eu me chamo Antônio Pó de lua, visitaram diversas cidades do país na Turnê Poética. Os autores conversaram com os leitores e falaram sobre seus novos livros: Ilustre Poesia e Pó de lua nas noites em claro.

Entre as perguntas mais feitas, os autores mencionaram algumas das músicas que os inspiraram. Para aqueles que não puderam comparecer à Turnê, Pedro e Clarice selecionaram 10 músicas cada um, e montamos uma playlist especial. Ouça abaixo, ou clicando no link.

testePalavras para entender a complexidade…

“Por que os livros de física são carregados de equações matemáticas, enquanto os de biologia são cheios de palavras?” Essa foi a pergunta instigante que encontrei certa vez em resenha do jornal britânico The Guardian sobre uma obra que muito influenciou minha visão sobre economia, crises e a política econômica relatadas em Como matar a borboleta-azul. O livro chama-se Ubiquity: Why Catastrophes Happen e foi escrito por Mark Buchanan, ele próprio físico e jornalista. As catástrofes abordadas por ele não se limitam aos fenômenos naturais, mas estendem-se à sociologia — o que move grandes protestos que derrubam regimes? —, à história — como entender a eclosão da Primeira Guerra Mundial a partir de um assassinato? — e, é claro, às crises econômicas.

A física clássica pode ser descrita por meio de equações porque seus princípios são simples e o comportamento de seus objetos de estudo — objetos inanimados, átomos, partículas, planetas e estrelas — é, de modo geral, previsível, mapeável por equações. Já a biologia funciona de outro modo, exibindo grau de complexidade bem mais elevado do que a física. Para explicá-la, modelos matemáticos não bastam — é preciso recorrer às palavras. A economia, apesar da resistência dos economistas, está mais para a biologia do que para a física. A matemática não basta, menos ainda os jargões. Por isso é preciso escolher as palavras com o mesmo cuidado que qualquer escritor o faz para narrar uma boa história, seja ela de que gênero for.

Os últimos anos foram demasiado complexos. Havia uma mudança muito grande em curso no quadro internacional que sobreveio da crise de 2008. Ao mesmo tempo, havia uma visão marcada pela interferência exagerada no funcionamento do delicado ecossistema econômico. Como matar a borboleta-azul, conforme tenho insistido em entrevistas e artigos, não é sobre a pessoa Dilma Rousseff, é sobre sua gestão econômica. Fosse Dilma ou Dilmo, fosse PT ou Partido XYZ, tivessem as escolhas sido as mesmas, o resultado não teria sido diferente: a morte do crescimento, o desaparecimento da rara e graciosa borboleta-azul.

Em vídeos que faremos sobre os principais erros das políticas da ex-presidente, discorrerei sobre cada ponto que marcou seu governo, tão repleto de idiossincrasias que só mesmo por meio das palavras é possível entender como o Brasil chegou à situação dramática em que está. Entre esses erros, falarei sobre a destruição da política monetária e, sobretudo, da política fiscal. O desmonte institucional promovido pelas políticas da ex-governante trouxe-nos à presente discussão sobre a controvertida Proposta de Emenda Constitucional que cria um limite para o aumento dos gastos públicos — a PEC dos Gastos tão falada nos jornais. O tema é complexo. Para compreendê-lo, nada melhor do que as palavras, em especial as mais simples. Parafraseando o eterno Guimarães Rosa, tão citado por Dilma, a simplicidade tem muita força, força enorme.

testeEstá na hora de as pessoas saberem quem é Zózimo Barrozo do Amaral

Joaquim Ferreira dos Santos reconstitui a trajetória do jornalista que desnudou a sociedade brasileira entre 1969 e 1997 e revolucionou o colunismo social

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Foto:
 Joëlle Rouchou

Por quase trinta anos, as mudanças na sociedade brasileira foram reveladas pela espirituosa escrita de Zózimo Barrozo do Amaral em sua coluna diária no Jornal do Brasil e depois em O Globo. Muito além dos registros sociais, ele oferecia um noticiário que flertava com a economia, a política e o esporte (sua paixão), em um estilo elegante e sem qualquer cerimônia. Fez muitos amigos, ganhou uns poucos desafetos e chegou a ser preso duas vezes durante o regime militar.

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A trajetória de Zózimo Barrozo do Amaral é reconstituída por Joaquim Ferreira dos Santos, jornalista carioca que passou pelas redações do Diário de Notícias, da revista Veja, do Jornal do Brasil, O Dia e O Globo — neste último, criou uma coluna de notas no mesmo espaço ocupado anteriormente por Zózimo. Autor de diversos livros de crônicas, Joaquim também publicou Feliz 1958: O ano que não devia terminar e as biografias de Antônio Maria e Leila Diniz.

Enquanto houver champanhe, há esperança chegará às livrarias em 1º de novembro. O coquetel de lançamento ocorrerá na quinta-feira, dia 3 de novembro, a partir das 19h30 na Livraria Travessa do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro.

>> Confirme sua presença no evento

testeTurnê Poética em Fortaleza

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Pedro Gabriel e Clarice Freire, autores de Eu me chamo Antônio e Pó de lua estiveram em Fortaleza no dia 23/10, como parte da Turnê Poética. Os autores conversaram com os leitores e falaram sobre seus novos livros, Ilustre Poesia e Pó de lua nas noites em claro.

Confira as fotos do evento!