Concurso Shine:
Minha chance de brilhar
com Jessica Jung

Conheça o livro

Em Shine: Uma chance de brilhar, acompanhamos os bastidores da indústria do K-pop, que movimenta bilhões de dólares, e mergulhamos na etapa inicial dessa cadeia: a formação dos ídolos.

Rachel Kim é trainee em uma das maiores empresas de entretenimento da Coreia do Sul, a DB Entertainment, e, assim como centenas de outras garotas, sonha em ser cantora. Ela imaginava que teria que se esforçar, mas não estava preparada para a realidade brutal do programa de treinamento. Em uma indústria em que ser perfeito não é nada menos que uma obrigação, a glória e o sacrifício são duas faces da mesma moeda.

Conforme a idade de estreia se aproxima, as meninas da turma de trainees tentam se destacar, almejando ser selecionadas para o novo grupo feminino da empresa. E quando as apostas são altas e sonhos estão em jogo, algumas pessoas estão dispostas a fazer de tudo para conseguir o que desejam. Entre treinamentos e intrigas, Rachel só não esperava se apaixonar – ainda mais porque a DB tem uma política rígida contra namoros.

Porém, no amor e no K-pop, vale tudo, e Rachel vai brigar pelo seu futuro e por sua chance de brilhar.

 

Personagens

  • Rachel Kim: Protagonista. Trainee de K-pop. 17 anos. Americana de ascendência coreana. Olhos castanhos com pontinhos dourados. Cabelo liso e preto. Costuma usar moletons suados e cabelo bagunçado no treinamento ou figurinos glamorosos no palco.
  • Trainees da turma de Rachel: Mina: Coreana. Traços fortes. Dentes brancos e perfeitos. Ambiciosa e competitiva, está disposta a tudo para derrotar suas rivais. Lizzie: Coreana. Olhos grandes com pálpebras duplas. Eunji: Coreana. Vive estourando bolas de chiclete. Akari: Japonesa. Cabelo preto e volumoso. Graciosa. Sumin: Coreana.
  • Jason Lee: Maior astro da DB. Considerado a maior estrela de K-pop da Coreia. Filho de coreana com canadense. Olhos castanhos grandes e brilhantes com pálpebras duplas. Pele morena, braços magros. Maçãs do rosto pronunciadas. Luzes prateadas no cabelo. Está quase sempre de tênis de marca branquíssimos, calça de ginástica e um sobretudo caro.
 
 

Leia um trecho do livro

Cabeça erguida, pernas cruzadas. Barriga para dentro, coluna ereta. Sorria como se o mundo inteiro fosse seu melhor amigo. Repito o mantra na mente enquanto a câmera foca em meu rosto. Os cantos dos meus lábios pintados com gloss cor-de-rosa se erguem em um sorriso perfeito e doce que faz você querer me contar todos os seus segredos.

Mas é melhor não contar. Sabe como dizem que a única forma de três pessoas guardarem um segredo é se duas estiverem mortas? Bem, essa é a mais pura verdade no meu mundo, onde todos estão sempre observando e segredos podem matar. Ou, pelo menos, podem matar a sua chance de brilhar.

 

— Meninas, vocês devem estar tão animadas!

O entrevistador é um homem de meia-idade, com cabelo preto oleoso penteado para trás e pele pálida. Ele poderia ser bonito, se não fosse a combinação de gravata de seda rosa-choque e camisa vermelha que tira a atenção de qualquer um. Ele se inclina, ávido, os olhos brilhando para as nove meninas sentadas à sua frente, um mar de cabelos perfeitamente ondulados e rostos impecáveis graças a anos de clareamento com máscaras faciais, todas coreografadas até os mínimos detalhes, do ângulo das pernas elegantemente cruzadas até os stilettos em ordem decrescente de cores em tons pastel.

— Atingiram o primeiro lugar em todas as paradas, e com seu videoclipe de estreia, ainda por cima! Só falta um resultado para o All-Kill! Como vocês se sentem?

— Não poderíamos estar mais felizes — responde Mina, animada, abrindo um sorriso que deixa à mostra seus dentes perfeitos. Os músculos do meu rosto doem ao imitá-la.

— É a realização de um sonho — concorda Eunji, antes de estourar uma imensa bola de chiclete sabor morango.

— Somos muito gratas pela oportunidade de fazer isso juntas — comenta Lizzie, as camadas de sombra prateada reluzindo.

Os olhos do entrevistador se iluminam, e ele pergunta em tom de confidência:

— Então vocês todas se dão bem? Quer dizer, nove meninas deslumbrantes no mesmo grupo. Não deve ser sempre fácil.

Sumin dá uma risadinha descontraída, franzindo os lábios vermelhos bem delineados.

— Nada é “sempre fácil”. Mas nós somos uma família. E família sempre vem em primeiro lugar. — Ela passa o braço pelo de Lizzie, sentada ao seu lado. — Nós temos que ficar juntas.

O entrevistador leva a mão ao coração.

— Que gracinha. E do que vocês mais gostam em trabalhar juntas? — Seu olhar percorre o grupo lentamente, parando em mim.

— Rachel?

 

 

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