Cartas a um assassino

Cartas a um assassino

12/07/2013

Querido assassino,

Não me apresentarei. Não por medo de que você possa fazer mal a mim – até porque eu imagino que você não precisaria do meu nome para isso, se tivesse a intenção –, mas porque quem sabe se esta carta chegará a você e somente a você?
Não se assuste por eu saber seu endereço. A verdade é que, desde seu primeiro assassinato, na semana passada, eu carrego minhas desconfianças. Talvez eu esteja errada; não posso ter cem por cento de certeza.
Estou escrevendo porque preciso de um favor. Se estiver preocupado achando que eu seria capaz de te chantagear para isso, antecipo que uma suposição assim me ofenderia. O dinheiro será enviado junto a esta carta. No caso de você recusar meu pedido, pode ficar com ele assim mesmo, se quiser.
O que eu peço é simples. Há uma pessoa que eu não quero ver nunca mais, e, depois de tudo o que você fez nos últimos dias, acho que é capaz de se livrar dela. O nome é Miranda Abrahão. Sei que apenas isso é informação suficiente, se minha dedução sobre sua identidade estiver certa.
Não espero resposta, apenas ação. Isto acontecendo, voltarei a escrever, dando-me a liberdade de pedir mais serviços e te pagar, naturalmente.

Com a esperança de não ser ignorada,
Sua correspondente

Continua em: http://www.wattpad.com/121818262-a-trupe-dos-silenciosos-contos-cartas-a-um

Wlange Keindé

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