Para alguém que já amei.

Para alguém que já amei.

Eu sei... Que frase estranha para de dizer. Até porque eu sei o quanto você odeia quando digo que sei, mas você me conhece bem demais para saber do básico: Não me entrego facilmente. É aí que começa o problema. Com você foi tudo mais fácil, até demais. E meu piso falso? Não desconfiei de nada. Sou forte o bastante para organizar minha cabeça, mas você simplesmente jogou tudo para o alto e eu desaprendi tudo que sabia sobre uma relação. Eu tinha aprendido a desconfiar, a não criar falsas esperanças... Mas você chegou e fez as coisas de um diferente. E aquilo era real, por Deus, era mesmo real! Até que a verdade veio à tona.
Sabe o que me passou pela cabeça quando percebi o que agora gostaria de esquecer? Pensei: "Como sou burra". Percebeu? Eu me culpei. Mas uma pessoa sensata te acusaria e viveria de raiva, com sede de vingança. Esse é o pior de tudo: Saber que nunca poderei te culpar de nada, porquê eu simplesmente não te vejo como cafajeste. Ainda te vejo como um príncipe que cometeu erros e está livre de culpa, já que eu ainda te amo. Como te amo! Você não faz ideia... Acho que nunca fez mesmo, talvez nem consiga amar tão intensamente como eu.
Eu pensava que era forte o suficiente para aguentar. Mas, quer saber? Não sou, estou longe. E o que mais me irrita é que tudo isso foi causado por uma pessoa só: Você.
Só queria deixar claro, mas agora, aqui estou eu. Insegura, impotente, chorando sozinha... Mas não confunda dor com pena, pois isdo seria seu pior erro. Não quero sua compaixão... Na verdade, nem sei o que quero. Espero que, quando eu tiver coragem suficiente para te enviar essa carta, você leia e se lembre do quanto fingiu que me amou. Um dia, talvez, voltemos a nos ver, e eu, talvez, tenha a audácia de contar-lhe em detalhes. Mas, até lá, deixo-te de recompensa, minha ausência.

Luara

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