Rosa

Rosa

Rosa conheceu uma letra que se multiplicou, triplicou, quadruplicou e virou AMOR. O amor já havia aparecido por lá -já eram velhos conhecidos- mas nunca daquela forma. Ele estava mudado, tinha uma aparência diferente, bem arrumado, barba feita, e com perfume importado -o amor tinha despertado-se do longo sono-. Bateu na porta, meio tímido, pediu licença e ocupou seu lugar na sala do coração. Trouxe vida e cor onde não havia mais, onde a esperança já tinha cansado de esperar, trouxe mudança, paz, alegria e sonhos que estavam prestes a florescer. O amor por fim trouxe consigo uma nova perspectiva, um novo sentido pra vida, valores e princípios que não se encontram mais. O amor era tudo -e ainda é tudo- que Rosa tinha. Ele cansou – aqui chove demais, dizia- e saiu pelas portas, sem se despedir, sem permitir sentir saudade. A Rosa murchou, secou, perdeu o viço e a beleza, dignos de uma rosa. As cores foram embora juntamente com a alegria, e os sonhos foram podados. Amor, eu sei que aqui chove demais, mas é preciso chuva pra florir -disse Rosa- por que você não volta?
" Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você..."

Sara Sampaio

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