Adeus, amor.

Adeus, amor.

Era pra ser uma carta de amor, mas na verdade, quero me despedir. Quero me despedir do meu amor não correspondido (ou talvez sim).
Queria poder escrever que tudo acabou bem, meu amor, que ficamos juntos e fomos felizes para sempre, como nos meus livros, ah, você sabe, aqueles livros que você sempre fez questão de deixar claro o quão clichês eram, mas sabemos que não é bem assim.
Antes de me despedir, quero dizer que mesmo com os meus poucos 16 anos, nunca tive tanta certeza na minha vida, como tenho que amo você. E não, eu não espero que você faça algo em relação a isso, não mais. Esperei tanto, sonhei tanto, imaginei de quinhetas formas diferentes, você se declarar, me falar que não a ama, e sim a mim.
Não sei se o erro foi meu, ou se você foi fraco demais, sei que também nunca tive coragem de falar o que sentia, mas acho que não precisava. A forma como agia perto de você, como eu te olhava, como eu te abraçava, como eu te beijava... tudo sempre ficou muito claro, e você nunca fez nada. Soube que tinha meu coração nas mãos, e não quis cuidar.
Portanto, hoje estou aqui para me despedir, por um fim. Acabou. The end.
Adeus todos os poemas escritos em meio a lágrimas no meio da noite.
Adeus abraços inesperados.
Adeus beijos roubados e desesperados de paixão.
Não ache que estou indo embora por não te amar mais. Estou indo embora por te amar demais, e não ser capaz de assumir.
E o que eu desejo pra você? Seja feliz com ela. Espero realmente que ela te olhe como eu te olho, que ela te beije como eu te beijo, que ela te guarde no coração para sempre, como eu guardarei... ou talvez não.
Adeus, amor.

Jess

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