Oi. Sou eu de novo.
Não queria que essa carta fosse triste. Não queria que tudo fosse como foi. Não queria que acabasse. É, não queria. A gente não queria nada de ruim, certo? O ruim já aconteceu e não pudemos fazer nada.
Sabe, menino, não nos entendo. A cada momento penso naquele dia, em como tudo acabou tão rápido. Nunca me culpei tanto por ter desejado algo como naquele dia.
Ainda não consegui aceitar que não existe mais "nós", sabe? Mas ao mesmo tempo, não nos imagino juntos. Não agora.
Você, entre todos os garotos que já amei, foi o que mais me machucou. Irônico, não? Seu maior medo era me fazer chorar... nós choramos juntos. Nós agimos como crianças juntos. Nós erramos juntos. Não existe mais nós, menina! Esqueça disso tudo agora!
Não deveria, mas seu abraço é tudo o que eu quero sentir agora. Mais nada, sem frases feitas, sem beijos, sem nada. Só aquele abraço. Aquelas lágrimas. Aqueles sentimentos. Pronto, já voltei a sentir sua falta.
Preciso crescer, meu amor. Não deveria te chamar assim, não é mesmo? Mas desculpa, ainda é assim que te vejo. Como meu amor. Como a pessoa que eu não quero perder.
"Loving can hurt sometimes." É, é verdade.
Acho que você já sabe onde me encontrar. Vá. Viva sua vida. Desculpa, não vou te esperar, apesar de te querer de volta todo dia que eu acordo. Não vou te esperar. Tenho texto pra decorar. Tenho figurino pra arrumar. E você, amor, me desculpe. Não faz mais parte do meu elenco. Te amo, apesar de tudo. Não precisa voltar.