Impossível esquecer-te

Impossível esquecer-te

Às vezes me pego olhando pra cima. Às vezes me pego olhando pros lados. Às vezes me pego olhando pra vários lugares, sem saber o que pensar. Na verdade, sabendo, mas se proibindo de pensar. Deixando de lado aquilo que um dia importou. Aquilo que foi vivido, sentido e sofrido à margem do luar, à mais pura manhã, e até mesmo no mais monótono cotidiano. Estava ali. Vivo. Batente. Cintilante, mas presente. Era recíproco, nestes momentos eram. Seu olhar substituia mais de mil palavras, eu o compreendia. Não era preciso recitar juras ou ajoelhar-se aos meus pés. Não era isso que importava. Era o estar lá. Era o rir como se não houvesse amanhã. Era viver o presente. Era se sentir infinito, mesmo sabendo que não teríamos futuro. E se sentir conformado com isso.

Giovana Sosa

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