Coisas que um dia te direi.

Coisas que um dia te direi.

Nome de remetente fake para preservar a identidade.
Você mal sabe o quanto te olho sem que você perceba. Estou acostumada à essas atrações repentinas, onde parece que sou uma narradora - observadora. Por que simplesmente não chego em você? Eis a questão. Nem eu sei. Não sou do tipo espalhafatosa, do tipo que grita tudo o que sente aos quatro ventos. Não gosto de chamar a atenção. Vivo na minha, e de longe observo a atitude de todos ao redor, e sozinha tiro minhas conclusões sobre tudo. Anti - social? Não. Apenas inteligente. Essa "carta" acabou tomando um rumo diferente agora, mas isso apenas porque queria que entendesse coisas que não consigo expressar verbalmente. Aliás, você não deve nem ter ouvido a minha voz algum dia, apesar de termos amigos em comum e estarmos próximos algumas vezes. Quando você chega perto de mim, é instantâneo: eu fico nervosa. Diria ansiosa, acho que é mais conveniente. Garoto, o que você fez comigo? Eu não queria sentir essa vontade de ter você perto. Entre razão e emoção, eu fico com a razão, ever. Mas quando te vejo, caramba. E a gente nunca trocou um "Oi". Complicada essa vida de ensino médio. Não só as matérias, mas por esses acontecimentos inesperados. Se alguém chegar a ler, com certeza pensará: "Nossa, mas essa guria é fresca, hein, quer o boy mas não chega nele. E ainda acha relacionamentos mais difíceis que Geometria Espacial". Eu realmente não sou fã de exatas, e não preciso assumir, minhas notas revelam isso. (risos). Estou sendo machista por vocês (que chegarem a ler isso) acharem que, pelo jeito que eu escrevi tudo acima, eu quero que ele simplesmente se toque, sem nenhum mísero sinal meu, que eu o quero? Não, não concordo com esse estilo, e sim, eu queria/quero muito 'chegar' nele, e dizer o que eu penso a seu respeito, porém é complicado pra mim. Novamente, não porque eu tenho o pensamento de que o homem sempre deve vir falar com a mulher primeiro, não é por isso. Eu simplesmente não estou acostumada. Infantil? Talvez. Queria ser mais extra, e menos intro, pra me sentir segura em iniciar uma conversa natural sem parecer nervosa. Garoto... daqui à umas semanas estaremos de férias, e como eu quero que antes disso eu consiga formar qualquer tipo de vínculo com você. Não faço ideia se você alguma vez se perguntou sobre mim quando, várias vezes e acidentalmente, nossos olhares se encontraram, e eu, como sempre, desviei. Quão besta eu fui todas essas vezes. Por que não sustentei seu olhar e sorri? Sorrir. O remédio pra tudo. Mas não, eu começaria a rir, e talvez você ficaria sem graça, ou pior, me achasse retardada. (risos). Mas, um dia quero que possamos trocar mais que olhares e sorrisos, R. (inicial do apelido).
Ass: Ruiva.

Paris F. L.

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