O quase algo dói mais do que o relacionamento em si, o meu quase algo me assombra todos os dias, não consigo o superar de maneira alguma.
O quase algo é a porta entreaberta, você nunca sabe o que poderia ser, caso tivesse esforço por parte dos dois.
O que mais doí é que no começo você demonstrou gostar de mim, você me deu sinais de que estava começando a se interessar por mim, e eu uma garota romântica, que nunca teve seus sentimentos correspondidos, imagine como eu fiquei naquela época, Murilo. Você tem ideia de como eu me senti quando finalmente achei que eu teria uma experiência recíproca com alguém, e pela primeira vez não seria fruto da minha imaginação? Não. Eu acho que você não me entende.
Você nunca gostou e jamais gostará de mim da forma que eu gostei, da forma que eu gosto. Eu seria para você no máximo, uma garota gata que você ficou uma, ou algumas vezes. Mas para mim não era assim.
Para mim você significava muito mais. Significa ainda, porque por mais que eu tente te odiar, fingir que não tenho mais sentimentos, eu falho. Simplesmente não consigo fingir que você é apenas o Murilo.
Para mim você era o meu mundo, não que você não tenha mais importância, mas algumas atitudes suas me machucaram e me fizeram diminuir esses sentimentos tão intensos.
Mas antes dessas atitudes você era o meu mundo, a minha esperança de amar e ser amada, o menino sorridente, arteiro que fazia meu coração arder a cada mensagem trocada e a cada passagem sua pelo corredor onde eu me localizava. Eu guardo você no meu coração, e guardarei para sempre como o meu quase algo, você foi o mais perto que eu cheguei, por enquanto, de uma experiência de amor.
Você é a minha porta entreaberta. Eu nunca sei o que teria acontecido se eu não tivesse feito da maneira que eu fiz, se eu tivesse feito melhor, de forma mais madura, vai que essa porta estivesse totalmente aberta, e você seria meu, e eu seria sua. Ou se eu tivesse dado certo com o último cara que eu tive uma paixão, e essa porta tivesse totalmente fechada.
Eu nunca saberei, por isso que o quase algo dói tanto. Meu coração está despedaçado. Não somente pelo fato que você não gosta de mim, mas pelas suas atitudes de criança, que eu jamais esperaria.
Eu criei uma versão sua na minha cabeça e esse é um dos motivos que meu coração está como se estivesse faltando alguma coisa, um vazio está nele. O vazio que você me deixou. O vazio dos seus olhares, das nossas poucas mensagens.
Eu sempre quis que você fosse atemporal na minha vida, mas agora eu não vejo a hora de você se tornar temporal. Digo no sentimento, porque você é um marco atemporal sim, mas, eu quero lembrar de você e meu coração se aquecer, como uma boa memória, não como uma dor insuportável como está nesse exato momento.
Você é aquele quase algo que eu quero encontrar no futuro, por mais que esteja doendo muito, eu queria que nosso amor fosse atemporal. Quem sabe a gente se encontre no futuro, mais maduros, e decididos, e ficaremos juntos para sempre, ou apenas viveremos o restante da nossa história e ela terá um final digno.
Murilo, você sempre será meu primeiro quase, considero até meu primeiro amor, e eu sempre me lembrarei de você, meu lindíssimo quase! Quem sabe no futuro eu voltarei nesse site e escreverei uma carta ao seu lado, e nós iremos rir horrores dessa carta de tristeza, já que vamos estar juntinhos no sofá abraçados!
Eu te amo!