Imprevisível

Imprevisível

Quando ele me olhou nos olhos eu soube. Eu soube que ele ia fazer uma bagunça em minha vida, em meu coração e em meus pensamentos.
A cada dia que se passava, eu o amava mais e mais. A cada dia que descobria coisas sobre ele eu o amava mais e mais. Até que...
Um dia, eu olhei nos olhos dele e percebi que ele não me amava mais, e até duvidei se um dia ele me amou, duvidei de todas as palavras dele, e a dúvida confirmava a verdade sobre ele. Confirmava que o único amor que havia era o amor próprio dele. A única coisa que havia de verdadeiro era a insegurança e a carência.
Ele se auto - intitulava imprevisível, ele provou que é da pior forma possível. Ele provou ser o que eu nunca tinha acreditado que ele seria.
Ele me cegou de amor e depois me abriu os olhos de decepção, e a única coisa que eu queria enxergar naquele momento era a razão, o motivo pelo qual essa história começou, o por quê daquele olhar.
Eu queria entender a moral dessa história, a moral desse amor e onde foi parar aquele brilho nos olhos, o sorriso no rosto, o frio na barriga, a excitação e todos aqueles planos, sonhos e desejos.
Tudo isso foi parar em uma caixa bem no fundo do armário.
Tudo isso virou história. Virou lembrança.

Amanda

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