Não quero que pense que saber sobre sua vida é uma prioridade para mim. Talvez seja, mas não me esforço em sabê-lo. Eu apenas, por acaso, ouvi alguém dizer, que alguém tinha dito que escutou outro alguém falar que você estava conhecendo alguém. Não ouvi detalhes, mas isso foi o suficiente para criar toda uma imagem em minha mente. Aposto que é muito bonita e que curte as mesmas coisas que você. Acho que ela sorri quando você diz que a ama e que fica com vergonha quando você fala repetidamente o quanto ela é linda. Não sei o nome dela e nem procuro saber. A ideia de te ver beijando-a já é suficiente pra me tirar o sono. Me ponho a imaginar se ela te ama mais do que eu eu pude. Se ela está tão feliz que seria capaz de fugir para um lugar remoto com você, deixar tudo pra trás assim como eu estava disposta a fazer há tão pouco tempo atrás. E, a todo segundo, não importa se estou prestes a dormir ou no meio de uma conversa, me pergunto o tempo todo se ela está ao seu lado. É difícil ser mais estúpida do que já estou sendo, de falar mais bobagens do que estou falando, mas talvez eu precisasse te ver ao lado dela. Ver o seu sorriso ao vê-la falar, ver seus dedos compridos entrelaçados aos dela. Acho que preciso de uma dose forte de realidade pra me colocar em meu lugar e perceber que agora sou apenas uma garota no canto vendo alguém que um dia amou ser feliz mais uma vez. Talvez ainda haja em mim uma faísca de esperança de que tudo isso é mentira, que não existe um novo alguém, que eu ainda existo pra você. Mas eu sei que não é assim. O que eu preciso é de uma desculpa pra não me sentir péssima, porque eu ainda te amo com toda a intensidade possível, mas não sou eu a garota que você está levando pra casa. E isso me destrói.