Holocausto brasileiro, livro premiado de Daniela Arbex, ganha nova edição
A obra será relançada pela Intrínseca com posfácio da autora
No Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, conhecido apenas por Colônia, ocorreu uma das maiores barbáries da história do Brasil. O centro recebia diariamente, além de pacientes com diagnóstico de doença mental, homossexuais, prostitutas, epiléticos, mães solteiras, meninas problemáticas, mulheres engravidadas pelos patrões, moças que haviam perdido a virgindade antes do casamento, mendigos, alcoólatras, melancólicos, tímidos e todo tipo de gente considerada fora dos padrões sociais.
Essas pessoas foram maltratadas e mortas com o consentimento do Estado, médicos, funcionários e sociedade. Apesar das denúncias feitas a partir da década de 1960, mais de 60 mil internos morreram e um número incontável de vidas foi marcado de maneira irreversível.
Daniela Arbex entrevistou ex-funcionários e sobreviventes para resgatar de maneira detalhada e emocionante as histórias de quem viveu de perto o horror perpetrado por uma instituição com um propósito de limpeza social comparável aos regimes mais abomináveis do século XX. Um relato essencial e um marco do jornalismo investigativo no país, relançado pela Intrínseca com novo projeto gráfico e posfácio inédito da autora.
A obra será relançada pela Intrínseca com posfácio da autora
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Uma visita ao local que inspirou o premiado livro de Daniela Arbex
Daniela Arbex é autora do best-seller Holocausto brasileiro, reconhecido como Melhor Livro-Reportagem do Ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (2013) e segundo melhor Livro-Reportagem no prêmio Jabuti (2014). O livro foi ainda adaptado para documentário pela HBO. Em 2015, lançou Cova 312, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Livro-Reportagem (2016). É seu também Todo dia a mesma noite, livro de 2018 que narra a história não contada da boate Kiss. Daniela foi eleita a melhor repórter investigativa do Brasil em 2020 pelo Troféu Mulher Imprensa e tem ainda outros 20 prêmios nacionais e internacionais no currículo, entre eles três prêmios Esso e o americano Knight International Journalism Award. Foi repórter especial do Jornal Tribuna de Minas por 23 anos e atualmente dedica-se à literatura.
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