Booktour

Os responsáveis por doze blogs literários — Ratas de Biblioteca, Empório dos Livros, Equalize da Leitura, Despindo Estórias, O Livreiro, Brincando com Livros, Parafraseando Livros, As Envenenadas pela Maçã, Cronista Amadora, Livro & Café, PsychoBooks e Livrólogos —, parceiros da Intrínseca, aceitaram um desafio da editora: eles seriam capazes de arruinar esse objeto sagrado que é um livro em doze dias? Para isso, foram divididos em três grupos de quatro integrantes, e, ao final, a editora recebeu de volta as obras de arte — três diários completamente detonados.

Confira os depoimentos e as fotos dos participantes:

Editora Intrínseca

Depoimentos

Destrua este diário é sensacional! As tarefas são inusitadas. Você precisa usar sua criatividade e se livrar de alguns "medos", como, por exemplo: rasgar uma folha, arrastar o livro pelo chão, jogá-lo de um lugar alto, quebrar a lombada... Fiquei muito animada em participar do booktour que a Editora Intrínseca promoveu. Dividir a destruição de um livro com outros blogueiros foi uma experiência muito divertida!

Nunca passou pela minha cabeça que livros podem ser experiências sensoriais, que lê-los, fazer o papel de quem está "escutando", recebendo uma história, não basta. Destrua este diário me fez voltar ao jardim de infância, mas não em um sentido ruim (nunca é penoso voltar a ser criança). Quando somos crianças, fazemos arte sem saber: colorimos, jogamos tinta, fazemos colagens. Em Destrua este diário fazemos isso e muito mais. Também somos adolescentes: podemos escrever a mesma palavra trinta vezes – como se fosse o canto de um caderno com o nome da pessoa de que gostamos, como se fosse algum castigo do professor por você ter ficado desatento durante a aula. Você joga café, arrasta o livro pelo chão, rasura a lombada, rabisca páginas, expõe palavrões, descreve um dia entediante. Libera as frustrações, relaxa, esquece o estresse e a rotina. Um livro que não tem idade – para pessoas de todas as idades.

Depois d'O Livreiro ter destruído um quarto do diário chegou a vez do Brincando com Livros. A primeira coisa que fiz foi separar bastante material, como lápis de cor, canetas coloridas, grampeador, revistas, esmaltes, canetinhas, tesoura... E comecei a realizar as tarefas propostas! Foi uma delícia poder trabalhar com a criatividade e despertar o meu lado "artístico", risos.

Agora, uma das tarefas que mais gostei de fazer foi colocar o diário para tomar um banho. E foi o que fiz. Deixei ele debaixo do chuveiro entre vinte e trinta segundos, e o resultado vocês conferem na foto 2, na qual o diário está se "enxugando", hahaha. Adorei participar da ação da Intrínseca! \o/

Livros são companhias silenciosas e requerem uma certa solidão para serem degustados: aquele cantinho especial da casa, o sofá, a poltrona, o tapete, a praça, o jardim. Independentemente do lugar sempre será uma troca do leitor com o livro, e vice-versa. Porém, o livro Destrua este diário possui uma característica diferente, pois ele pode ser um livro colaborativo. Digo isso pois, quando tive a oportunidade (deliciosa) de contribuir com a destruição dele, fiz isso junto de minha família, que não são amantes dos livros como eu, mas que pela primeira vez puderam curtir comigo a diversão que um livro traz. Cada página foi escolhida com muita alegria e curiosidade em ver o que ia acontecer. Em nenhum momento tivemos dó de "estragar" o livro, pois, assim como acontece com todos os livros, nada é mais gostoso que mergulhar nas páginas e acreditar que tudo que está ali é possível.

Sugeri o booktour com o livro Destrua este diário, mas, quando ele chegou em minhas mãos, fiquei um pouco perdida. Sempre cuidadosa com os livros, a ideia de destruir um me causava um certo pânico. Como fui a primeira de meu grupo, ele ainda cheirava a novo, ainda estava intacto, esperando que eu começasse. Joguei nele meu perfume, arranquei uma página, rasguei, furei, pulei, desenhei, rabisquei! Dei início ao processo e percebi o quão divertido pode ser destruir um livro. Na última página, pensei em cada blogueiro fazer uma caricatura sua, para que, ao final, nos conheçamos. Estou curiosa para ver o resultado!

Recebi o Destrua este diário e boa parte dele já estava destruída. Folhei o que já tinha sido feito, marquei o que eu queria fazer e fiquei com o sentimento de "quero fazer esse, mas não tenho talento". Foi uma experiência muito divertida, acima de tudo. Voltei a ser criança, sujei os dedos de canetinha, pintei, colori e tentei me desenhar (desde palitinhos a autorretrato). Foi aí que eu lembrei o desastre que sou para fazer isso.

E foi a diversão com os meus amigos de trabalho, pois levei para eles verem e ADORARAM! Ajudaram, inclusive, a destruir mais algumas páginas, o que foi muito bom porque nos esquecemos um pouco da parte burocrática para juntar todas as canetinhas e coisas coloridas e imaginar como íamos colar itens de papelaria e enviar pelo Correio. Confesso: dá uma dorzinha no coração em algumas partes da destruição, só que é um exercício de criatividade e imaginação tão bem elaborado e divertido que, quando você percebe, quer é mesmo que tudo seja destruído! O mais legal foi que eu observei as minhas reações enquanto destruía e dos meus amigos. Foi uma destruição compartilhada não apenas com as pessoas que também receberam o livro, mas também com pessoas próximas a mim.

Não costumo participar de booktours, mas quando surgiu o convite para destruir o lançamento da Intrínseca, fiquei muito curiosa em como se daria o processo de dividir um livro de criatividade com outros blogs. Por causa de algumas tarefas (loucas) o livro chegou lá em casa relativamente nojentinho e fedido, então ele ficou de castigo um dia na área da cozinha tomando um ar. Quando peguei o livro para começar minha destruição confesso que meu coração ficou apertado, eu nunca propositadamente feriria um objeto ao qual tenho tanta adoração. Mas, depois que você começa, meio que entra em um clima compulsivo de que precisa fazer "só mais um". Tentei seguir a ordem das páginas, mas algumas das tarefas eram meio complicadas de serem desenvolvidas com o material que eu tinha disponível e no tempo relativamente limitado. A experiência de estimular a criatividade me lembrou dos tempos de faculdade, cortando e colando papel, colorindo, interpretando as indicações de formas livres e abertas. Fora o cheirinho do livro, foram algumas boas horas divertidas e despretensiosas em que pude simplesmente deixar a mente vagar por soluções inusitadas e distensionar.

Quem já foi a uma livraria comigo sabe o verdadeiro fascínio que tenho por livros, a verdadeira transformação que sofro ao entrar em uma livraria. Sou bookaholic assumida, e tenho algumas manias meio bizarras na hora de comprar livros... (exemplo: olhar lombada por lombada de cada exemplar da bancada). Disseram uma vez que tenho um tipo de TOC com livros, e assumo mesmo, sou superchata com meus queridinhos e perfeccionista com tudo que tenha relação com eles. Acho que já dá pra começar a imaginar minha reação com o livro Destrua este diário. Ah! Que sensação mais conflitante! Ao mesmo tempo que você se empolga com a proposta da autora, você se desespera por ter que destruir o livro. Gente! E, quando falo destruir, é destruir mesmo! Cuspir, mastigar, pisar, derrubar café, colar coisas no livro, cortar, rasgar, furar, molhar... entre tantas outras coisas. Agora imaginem uma pessoa que quase chora quando aparece um amassadinho no livro, uma pessoa que carrega livros na bolsa com capinha protetora destruindo um livro de tantas formas diferentes? Mas não pensem que o diário é só destruição... tem artes bem bacanas feitas pelos leitores no site do livro, e algumas partes do diário dedicadas a expressar sentimentos, culpas, momentos de felicidade, angústia...

Para mim, participar desse booktour foi uma experiência muito boa, consegui me libertar das piores manias literárias, além de te interagido com um livro de uma forma que nem imaginava poder interagir.

Participar do booktour foi um enorme desafio. Eu sempre me considerei uma pessoa criativa, mas exercitar a criatividade destrutiva foi um desafio libertador e ousado ao mesmo tempo! Compartilhar esses momentos com algumas amigas foi divertido, e acho que consegui ser realmente impetuosa em certas páginas! Amei!

Para mim, o Destrua este diário pareceu muito mais uma construção que uma destruição. Ele mexe realmente com a nossa criatividade e nos faz percorrer caminhos nunca antes sequer pensados. Por exemplo: eu não sei desenhar. Eu morro de medo de mostrar os meus rabiscos. Mas no diário, além de deixar o medo para lá, eu tentei realmente desenhar. Continua ruim (risos), mas com esforço ficou melhor que antes e me deu vontade de fazer isso de vez em quando. Fez bem, sabe? Foi prazeroso pintar, riscar, cortar, amassar, combinar cores, procurar diferentes substâncias e colar os objetos mais improváveis nesse diário, entre outras coisas. Senti que estava realmente construindo algo novo, não por ser exatamente bonito, mas por ser totalmente diferente de tudo que eu já havia tentado. Até porque eu sou perfeccionista, guardo meus livros físicos sempre numa bolsinha separada para não marcar, e a ideia de destruir me parecia estranha, mas me diverti MUITO. Mesmo ferrando a lombada.

Quando recebi o convite para participar do booktour do Destrua este diário topei na hora, pois a Intrínseca tem sempre uma ação legal para parceiros e leitores. Sempre vale a pena!

Mas pedir para alguém que ama livros detonar um livro é no mínimo uma experiência inusitada. Para mim foi divertidíssimo, já que pude fazer coisas que me dão pavor só de pensar em fazer em um livro, como jogá-lo, cortá-lo, rabiscá-lo.

Confesso que no começo fiquei tensa, pois livro é livro. Mas a brincadeira nos torna um Picasso, um Salvador Dalí ou mesmo uma criança novamente.

Recomendo a todos que passem por essa experiência. A autora Keri Smith nos faz extravasar toda tensão e usar a criatividade (ou não) em Destrua este diário.

Espero que a Intrínseca publique mais obras dela, para criarmos e passarmos por mais experiências como essa!

Quando soube do lançamento de Destrua este diário, fiquei ansioso. Nunca havia destruído um livro antes e, juro, pensei que a tarefa seria quase impossível. Não é bem a verdade, pois, uma vez com a obra de Keri Smith em mãos, a gente não consegue se conter! As instruções são tão divertidas – e inusitadas! – e a perspectiva de destruir algo sem ser punido depois se revela absolutamente atraente. Então, antes que perceba, você está pisando o livro (pulando em cima dele), está levando-o ao chuveiro e está congelando uma de suas páginas; e você faz isso rindo à toa! Com amigos, com a família ou mesmo sozinho, inevitavelmente passamos a fazer parte do processo criativo; deixamos de ser meros espectadores para tornamo-nos a engrenagem central do projeto. Destrua este diário é um livro para não se esquecer tão cedo, porque, no fim das contas, quem decide o que acontece na história é você!