Para o mestre do suspense, a palavra de ordem para a produção de seu 47º filme foi sigilo. Nos bastidores, todas as comunicações internas usavam o codinome “Wimpy” para se referir à Psicose, obra-prima do cineasta lançada em 1960. Para evitar que seu final surpreendente fosse descoberto, Hitchcock exigiu que o set de filmagens permanecesse fechado e que sua equipe fizesse um juramento de que não divulgaria “uma só palavra da trama”, relata a atriz Vera Miles.
Com uma ousada estratégia de lançamento, Hitchcock proibiu a divulgação de qualquer sinopse ou foto das filmagens, a exibição prévia para críticos e formadores de opinião e gerenciou uma campanha massiva que orientava os exibidores a não admitirem nenhum espectador após o início da sessão.
Para que o público não visse sequer uma cena do filme, ele criou um dos mais famosos trailers publicitários da história do cinema. No vídeo de seis minutos o próprio diretor conduz os espectadores a um tour pelo interior da casa e do motel dos Bates. “Aqui temos um motel pequeno e tranquilo…”, diz o mestre. “Afastado da estrada principal e, como podem ver, de aparência perfeitamente inofensiva, considerando que agora ele ficou conhecido como uma cena de crime.”
Leitura obrigatória para todos os amantes do cinema, Alfred Hitchcock e os bastidores de Psicose, do escritor e roteirista Stephen Rebello, parte da história verídica do crime que inspirou o clássico e expõe, minuciosamente, todas as etapas de produção do filme, além de trazer entrevistas com o próprio diretor e com a equipe envolvida nas filmagens.
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