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Livro analisa como os governos totalitários surgem e se consolidam

14 / julho / 2022

O culto à personalidade no século XX e a ilusão do apoio popular

Existem várias formas de conquistar o poder: dizer ser o escolhido de Deus na terra, orquestrar um golpe, burlar o sistema, entre outras. No entanto, os maiores ditadores da história logo perceberam que o poder proveniente apenas do medo e da violência tem data de validade. 

O paradoxo do ditador moderno é que ele deve criar a ilusão do apoio popular. Em outras palavras, um líder autoritário deve infundir medo nas pessoas, mas, se conseguir obrigá-las a aclamá-lo, terá mais chances de se perpetuar no poder. No século XX, observamos o nascimento de um fenômeno sociopolítico conhecido como culto à personalidade, muito utilizado por diversos ditadores para criar a ilusão da aprovação popular e, assim, prescindir de um processo eleitoral legítimo.  

Em Como ser um ditador, Frank Dikötter analisa a trajetória de oito ditadores do século passado e a máquina de propaganda que permitiu que essas figuras fizessem de sua palavra a lei. De Hitler a Kim Il-sung, o autor mostra como esses homens disseminaram a confusão, espalharam o medo, destruíram o senso comum e forçaram a população à obediência, obrigando-a a reverenciar a imagem dos respectivos líderes e a enaltecer a genialidade deles. 

Atualmente, vivemos um momento de crise democrática e retrocessos constitucionais em todo o mundo. A presença de líderes nacionalistas, autoritários e populistas, como Vladimir Putin e Viktor Orbán, nos faz questionar se estaríamos presenciando o renascimento desses mesmos instrumentos de poder. 

Baseado em uma ampla pesquisa histórica e com uma linguagem muito acessível, Como ser um ditador analisa como um governo totalitarista se consolida, cresce e se sustenta — tudo isso colocando o culto à personalidade em seu devido lugar: bem no âmago da tirania. O livro chega às livrarias no dia 29 de agosto, mas você já pode garantir o seu na pré-venda


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