testeNovo livro infantojuvenil de Jim Anotsu explora uma Belo Horizonte repleta de criaturas mágicas

Uma conspiração quer destruir o mundo mágico para sempre, e apenas um menino de treze anos, uma fada sabichona e um dragão beeem desobediente podem salvá-lo

Imagine um mundo onde o Povo Mágico se revelou para a humanidade. E mais: decidiu fazer isso começando pelo Brasil. Depois que um embaixador das fadas negociou a união dos mundos com o presidente Juscelino Kubitschek décadas atrás, tudo mudou. Desde então, dragões de estimação e bruxas voando pelos céus são parte normal do dia a dia.

Mas numa realidade cheia de objetos mágicos poderosos, é preciso um serviço de confiança para transportá-los!

Com suas motos e vassouras voadoras, o Serviço de Entregas Monstruosas leva encomendas sobrenaturais para qualquer lugar de Bello Horizonte — uma cidade que não é como você imagina. E quando o humano Gustavo e a fada Strix sofrem uma tentativa de roubo na sua primeira entrega, as coisas ficam ainda mais complicadas! Isso porque, sem saber, eles carregavam uma raridade digna da atenção de grandes mestres do crime… o último ovo de Dragão da Patagônia.

O Serviço de Entregas Monstruosas é o novo livro de Jim Anotsu,* que chega em breve pela Intrínseca! Além de tradutor e roteirista, o mineiro também é o autor de A Batalha do Acampamonstro, Rani e o Sino da Divisão e dos livros da série Herobrine, inspirados no universo de Minecraft.

Sua nova e emocionante aventura é uma trama sobre família, comunidade e como não treinar o seu dragão, e os leitores podem esperar incríveis cenas de ação, suspense, humor, criminosos narigudos e planos mirabolantes para salvar os seres mágicos de uma conspiração terrível.

O livro chega ao mundo dos humanos em 22 de junho e já está em pré-venda. Aproveite e garanta também a sua edição com brindes: um marcador exclusivo e uma cartela de adesivos!

 

Mas corra que os brindes são limitados!

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* Eu, fada Strix, posso confirmar que Jim Anotsu é um mero tradutor de mineirês e que o verdadeiro autor dessa história é o menino Gustavo.

testeLivros para celebrar a representatividade LGBTQI+

Por Taila Lima*

 

Lutar contra a homofobia é uma tarefa diária que abarca desde atos gigantes até os pequeninos. Desde participar de manifestações até corrigir aquele comentário preconceituoso de um amigo ou colega de trabalho. Todo pequeno ato é, em si, um grande gesto. 

Na lista de pequenos-grandes movimentos está a representatividade, um assunto que vem sendo cada vez mais cobrado e discutido nos últimos anos. A luta por representatividade vem abrindo espaço não só para a comunidade LGBTQI+, mas para todos os grupos que passaram tempo demais sendo oprimidos e apagados. Um dia quero voltar aqui e escrever “Não precisamos mais cobrar representatividade LGBTQI+ em produções culturais porque tudo foi resolvido!!!!”, mas infelizmente esse dia não é hoje e ainda vamos enfrentar um longo caminho até chegarmos lá. Tudo bem, porque, além de lésbica, nasci otimista e brasileira, então esperança é o que não falta aqui. 

Cresci tentando me encontrar em filmes, livros e séries. Não foi uma tarefa fácil, já que, apesar de termos poucas produções LGBTQI+ atualmente, as opções eram ainda mais escassas alguns anos atrás. Assim, passei minha adolescência em uma longa busca por filmes B de baixo orçamento que retratassem qualquer tipo de personagem queer, me emocionando com as dores e lutas que eu compartilhava com cada um. Me ver nas telas, nas páginas ou nos palcos foi essencial para entender quem eu era e todas as possibilidades que eu poderia abraçar. Por isso, grito e repito aos quatro ventos a importância da representatividade para a formação de uma sociedade mais compreensiva. E agora, no Dia Internacional Contra a Homofobia, tenho a oportunidade de recomendar algumas histórias LGBTQI+ que eu gostaria de ter conhecido antes. 

Vou começar com o meu queridinho, Me chame pelo seu nome. Na trama, Elio fica instantaneamente atraído pelo americano com quem passará o verão em sua casa na Itália. Ao longo das semanas seguintes, crescem o desejo e a paixão um pelo outro, como também o medo e a hesitação. O livro de André Aciman e a adaptação de Luca Guadagnino são histórias de como o primeiro amor nos consome e sobre as cicatrizes deixadas por ele. Se permitir amar é assustador e doloroso, mas profundamente recompensador.

A sequência Me encontre, que narra a vida dos personagens anos depois dos acontecimentos do primeiro livro, e Variações Enigma, do mesmo autor, possuem um fio condutor parecido que explora a poesia da incerteza de amar e ser amado. 

Já que estamos falando de livros emocionantes, Boy Erased narra a história real de Garrard Conley, que cresceu em uma comunidade religiosa conservadora e, aos 19 anos, foi enviado a um acampamento de “conversão sexual”. As torturas psicológicas praticadas no retiro são desoladoras, mas Garrard conseguiu se recuperar, se tornou ativista e hoje luta para que esse tipo de instituição seja banida no mundo. 

Principalmente quando se trata de um caso real, é importantíssimo olharmos para essas dolorosas histórias de luta. Mas às vezes precisamos de algo leve e fofo para recuperar nossas energias. Então, vamos falar de Com amor, Simon, que acompanha um adolescente se apaixonando por um menino anônimo de sua escola e que precisa decidir como sair do armário para seus amigos e familiares. Quando li esse livro, fiquei com vontade de dá-lo de presente a todos os jovens do mundo. A obra foi adaptada para os cinemas e se tornou o primeiro filme teen de um grande estúdio a focar em um relacionamento LGBTQI+. Quando sentei naquela sala de cinema, senti que meu eu do passado, aquela que precisava cavar em lugares obscuros da internet para assistir a um filme que me representasse, explodia de orgulho. Ainda estamos caminhando a passos lentos, mas hoje já é possível encontrar algumas produções (felizes) focadas em romances LGBTQI+ (sem mortes desnecessárias).  

Além de preconceitos pelo mundo afora, LGBTQI’s também precisam enfrentar desigualdades dentro da própria comunidade porque, quando somos representados em produtos culturais, o protagonismo normalmente recai nos homens gays (principalmente os brancos). Um dos mil e um benefícios de termos histórias mais diversas ganhando espaço é também ver o foco se dividir entre as outras letras da sigla. 

Leah fora de sintonia, sequência de Com amor, Simon, acompanha o crush secreto de Leah por uma menina. Esse livro é para todas as sáficas que se apaixonaram por suas amigas (supostamente héteros) e ficaram se perguntando se aquele olhar era realmente só amizade ou se tinha algo mais por trás (spoiler: tem algo mais por trás!!!!). 

Chegando na letra T da sigla, Apenas uma garota narra a trajetória de Amanda, que, após uma agressão, muda de cidade e começa a sair com o menino mais popular do novo colégio. Mas Amanda esconde um segredo: ela é trans. A história inspirada na vida da autora retrata o delicado processo de ressignificação sexual de uma adolescente. 

Sabe outra vantagem de mais produções LGBTQI+? Ver histórias que vão além da descoberta e da saída do armário. Por muito tempo esse foi o foco principal das tramas, mas tenho um segredo para contar: a gente faz muita coisa depois de sair do armário. Temos uma diversidade de questões que ainda não são muito bem exploradas nas telas ou nas páginas. 

 É aí que entra Laura Dean vive terminando comigo. Freddy namora Lara Dean, a menina mais bonita e popular do colégio. Mas o que Lara Dean tem de carisma, também tem de crueldade, e o namoro acaba afastando Freddy de seus amigos e família. O belíssimo quadrinho vencedor do Eisner aborda um assunto pouco falado, o relacionamento tóxico entre mulheres. 

A próxima dica é especial para quem curte Glee e/ou grandes gestos de amor. Da parceria de Becky Albertalli com Adam Silveira nasceu E se fosse a gente, o livro mais musical e boiolinha que você vai encontrar nas prateleiras. Imagina um adolescente inocente e deslumbrado passando o verão em Nova York. Esse é o Arthur. Agora imagina um cara de coração partido completamente desacreditado no romance. Esse é o Ben. Os dois se encontram por acaso e sentem uma faísca, mas seguem caminhos opostos sem nem mesmo saber o nome um do outro. Como eles poderão se encontrar novamente? Essa é a comédia romântica que você precisa para renovar as esperanças na humanidade. <3 

Por último, mas não menos importante, temos Leopardo Negro, Lobo Vermelho, do premiado Marlon James. Na trama, o Rastreador embarca em uma missão com um único propósito: descobrir o paradeiro de um menino que pode ser o herdeiro legítimo de um poderoso império. A obra de fantasia é bem diferente dos livros anteriores dessa lista, não só por seu gênero, mas também pela forma como os personagens queer são retratados. Em suas pesquisas, o autor encontrou exemplos de antigas sociedades africanas que eram bastante abertas à homossexualidade. Por isso, os personagens LGBTQI+ em Leopardo Negro, Lobo Vermelho são apresentados de forma muito natural, sem nunca serem questionados ou reprimidos pela comunidade ao redor.

Pode até parecer pequeno para alguns, mas, quando olho para essa lista, penso na luta de milhares de pessoas LGBTQI+ ao redor do mundo, em todos os pequenos e grandes gestos, em todo o caminho percorrido até agora e em toda a estrada que temos pela frente. E me encho de orgulho. 

 

*Taila Lima é publicitária, podcaster do Sem Shrink nas horas vagas e até hoje vasculha a internet em busca de histórias que a representem.   

testeSorteio Twitter – Coleção It’s Okay to Not Be Okay

Atenção, atenção, fãs de k-drama! Vamos sortear 2 kits contendo toda a coleção de livros inspirada em It’s Okay to Not Be Okay! Os livros são idênticos aos que aparecem na televisão, com capa dura, ilustrações coloridas e autógrafo digital da Ko Moon-young <3 

Se você não conhece, It’s Okay to Not Be Okay é um k-drama da Netflix muito emocionante e que se tornou um fenômeno em todo o mundo. Ele acompanha a história de uma autora de livros infantis, um enfermeiro e um ilustrador que está no espectro autista. Saiba mais aqui!

Para participar do sorteio você precisa seguir o nosso perfil (@intrinseca), compartilhar essa imagem no FEED do seu Twitter PUBLICAMENTE e preencher o formulário abaixo!

ATENÇÃO:

– Caso a mesma pessoa se inscreva mais de uma vez ela será desclassificada.

– Você pode se inscrever no sorteio do Instagram e Facebook também, é só seguir as regras.

– Você pode comentar mais de uma vez no post, mas não pode repetir os amigos marcados.

–  Ao terminar de preencher o formulário aparece a mensagem “Seu formulário foi enviado com sucesso”. Espere a página carregar até o final para confirmar a inscrição.

– Se você já ganhou um sorteio nos últimos 7 dias no Twitter, você não poderá participar deste sorteio.

– O resultado será anunciado no dia 17 de maio, segunda-feira, em nosso perfil no Twitter. Boa sorte!

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testeSorteio Instagram – Coleção It’s Okay to Not Be Okay [Encerrado]

Atenção, atenção, fãs de k-drama! Vamos sortear 2 kits contendo toda a coleção de livros inspirada em It’s Okay to Not Be Okay! Os livros são idênticos aos que aparecem na televisão, com capa dura, ilustrações coloridas e autógrafo digital da Ko Moon-young <3 

Se você não conhece, It’s Okay to Not Be Okay é um k-drama da Netflix muito emocionante e que se tornou um fenômeno em todo o mundo. Ele acompanha a história de uma autora de livros infantis, um enfermeiro e um ilustrador que está no espectro autista. Saiba mais aqui!

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testeSeinfeld, a série que mudou o mundo e a televisão

Por André Sequeira*

 

Gostar ou não de algo na televisão depende muito da época que vivemos. Além disso, depende também de onde moramos, de onde estudamos, com quem nos relacionamos e em que momento da vida estamos. O que é bom num dia, pode ser péssimo no outro: tudo muda se estamos apaixonados, tristes, deprimidos, abertos a novas experiências. Os Trapalhões, amor da minha infância, talvez, hoje, não agradasse tanto, com seu repertório inesgotável de piadas questionáveis e estereótipos que não cabem mais.

No começo da década de 2000, meus amores televisivos eram Friends, 24 Horas e Lei & Ordem (o original). Seinfeld, série transmitida entre 1989 e 1998, era, para mim, naquela época, apenas um sitcom visto por quem não entendia nada sobre o que era bom na televisão. Até que um amigo me disse que eu precisava conhecer um programa com quatro colegas que zoavam todo mundo e eram superesquisitos. Tentei dois episódios e não suportei mais.

Já em 2004, tudo mudou. Estava estudando em Toronto, no Canadá e escolhi uma matéria chamada “American Culture”, em que, claro, estudaríamos alguns aspectos da cultura dos Estados Unidos. Na primeira aula, o professor avisou: “Vocês só precisam de uma coisa para aprender sobre a sociedade americana: assistir a Seinfeld.” Ele colocou a fita no videocassete (sim, VHS, nada de DVD, muito menos, Blu-ray) e deu início aos ensinamentos. A cada fala ou cena, o professor pausava o episódio e explicava o que cada diálogo queria dizer. No fim da aula eu estava extasiado. Aquilo era o que de mais brilhante havia sido desenvolvido para a televisão. Tive que dar o braço a torcer: os criadores daquele programa, Jerry Seinfeld — que também atuava — e Larry David, eram uns gênios. No dia seguinte, estava ansioso para chegar logo à escola e ver mais um episódio.

Desde então, Seinfeld, uma “comédia sobre nada”, é parte importante da minha vida: viajando para visitar locais que os personagens frequentavam — em 2015, fui a Nova York e conheci o restaurante a que os amigos iam para falar mal dos outros —, comprando objetos customizados — bonecos, camiseta, DVDs — e até participando de fóruns de internet.

Foto tirada em frente ao restaurante onde o grupo dos quatro amigos conversavam quase diariamente. Localização: 2880 Broadway, New York, Estados Unidos

 

Mas lógico que a série não fez e faz parte apenas da minha vida. Milhões de pessoas ao redor do planeta são até hoje fãs incondicionais do programa. A série foi (e ainda é) uma fábrica de memes, ainda que esse conceito só tenha surgido alguns anos depois de o show ter saído do ar: é uma das maiores geradoras de GIFs em sites como o Giphy e é referência para muitas outras séries e filmes que vieram depois dela.

Caso você não conheça o show, pode estar se perguntando por que Seinfeld ainda é maravilhoso. A resposta é simples e quase vinte anos atrás meu professor canadense já sabia: o programa é praticamente um estudo antropológico da sociedade americana.

 

Os personagens que marcaram uma geração

Cada um dos personagens principais — Jerry, George, Kramer e Elaine — faz referência a algum estereótipo dos Estados Unidos:

 

Jerry Seinfeld (Jerry Seinfeld)

Jerry é tido como a voz da razão da série, mas é cheio de manias, germofóbico, compulsivo e preconceituoso.

 

Elaine Benes (Julia Louis-Dreyfus)

Em uma época em que as mulheres apareciam na televisão como pessoas domesticadas e que em geral serviam de escada para os personagens masculinos, Elaine era sexualmente empoderada, independente e abriu espaço para que outras personagens femininas como ela surgissem, como as protagonistas de Fleabeg e United States of Tara.

 

George Costanza (Jason Alexander)

Melhor amigo de Seinfeld, George é neurótico, preguiçoso e um perdedor nato. Representa aquelas pessoas com autoestima baixa, que, para se sentirem um pouco melhores, acabam mentindo, enrolando e fazendo de tudo para se dar bem. E, invariavelmente, George acaba se dando bem.

 

Cosmo Kramer (Michael Richards)

Vizinho de Jerry, Kramer é, definitivamente, um dos personagens mais esquisitos de todos os tempos da televisão. Com uma vida sem objetivo e sempre precisando de ajuda, financeira ou outras, sua característica mais marcante é a incômoda sinceridade. Ele é alienado e descuidado, porém é o mais humano dos personagens do seriado. Em tempos de preocupação com aparência, Kramer é o oposto disso. Suas conversas incomodam o telespectador por desnudar características tão presentes na sociedade.

 

Por onde começar?

Para quem ainda não conhece o mundo de Seinfeld e quer iniciar essa experiência, recomendo ver a série na ordem cronológica, pois o desenvolvimento dos personagens e a forma como as situações vão e voltam ao longo dos anos são brilhantemente construídos. A última temporada é antológica, terminando com um julgamento inacreditável. Mas se quiser testar uns episódios avulsos antes de cair dentro, recomendo os seguintes:

The Note (temporada 3, episódio 1)

George e Elaine tentam conseguir massagens de graça por meio de encaminhamentos falsos para o plano de saúde, emitidos pelo dentista de Jerry, Roy.

 

The Café (temporada 3, episódio 7)

Este é um grande exemplo de roteiro genial, com várias provocações à sociedade norte-americana. Seus acontecimentos vão reverberar em episódios posteriores.

 

The Alternate Side (temporada 3, episódio 11)

Este episódio está recheado de subplots, que, a princípio, nada têm a ver com a trama central. Porém, todos os fios vão se unindo, resultando em desdobramentos inesperados. Na história, Jerry tem o carro roubado e, por incrível que pareça, acaba batendo um papo com o ladrão pelo telefone do seu veículo.

 

Será que isso presta?

Descobri há poucos meses que a Intrínseca iria lançar Será que isso presta?, obra de Seinfeld com um apanhado de suas melhores piadas ao longo dos anos. Como tudo o que Seinfeld faz, essa é uma obra de difícil definição em um gênero literário. As cinco partes do livro — cada uma dedicada a uma década da carreira de Seinfeld — começam com um texto de apresentação, em que o autor contextualiza a época, conta um pouco de sua vida naquele momento e rememora grandes momentos. Em seguida vêm as piadas que marcaram a década do autor. Afirmo categoricamente: é impossível ler sem rir a cada linha. Passei, inclusive, por situações constrangedoras no metrô.

Quase vinte anos depois de ter assistido pela primeira vez a um episódio, Seinfeld segue sendo uma paixão. Sempre que posso, vejo. E lembra daquele meu amigo que tentou me fazer gostar da série? Hoje ele ri ao se recordar da história. O mundo gira, não é, mesmo?

No mais, protejam-se, protejam os seus e fiquem, se puderem, em casa.

 

 

*André Sequeira é jornalista há 16 anos e apaixonado por futebol e cinema e amante incondicional de Seinfeld, a melhor série de todos os tempos.

testeSorteio Facebook – Coleção It’s Okay to Not be Okay

Atenção, atenção, fãs de k-drama! Vamos sortear 2 kits contendo toda a coleção de livros inspirada em It’s Okay to Not Be Okay! Os livros são idênticos aos que aparecem na televisão, com capa dura, ilustrações coloridas e autógrafo digital da Ko Moon-young <3 

Se você não conhece, It’s Okay to Not Be Okay é um k-drama da Netflix muito emocionante e que se tornou um fenômeno em todo o mundo. Ele acompanha a história de uma autora de livros infantis, um enfermeiro e um ilustrador que está no espectro autista. Saiba mais aqui!

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testeO 13 de maio e o Bonde da História

Por Joice Berth*

Imagina que, por um revés do destino, você se vê na situação terrível de ter que trabalhar durante um ano inteiro, sem remuneração, confinada/o em um lugar em condições precárias de higiene e sem o mínimo de conforto, comendo apenas o suficiente para manter-se de pé e forte para dar conta do trabalho. Imagina se, além disso, fosse imposto a você, diante da sua esperada e legítima revolta por se ver nessa condição absolutamente desumana, castigos e torturas físicas e psicológicas constantes.

Imaginou? Terrível, não é mesmo?

Pois essa foi a situação das pessoas africanas que vieram para a América, forçosamente, mas… não foi por apenas um único ano. Foram 388 anos, ou quase quatro séculos. Podemos dizer ainda que foram mais ou menos cinco gerações de descendentes africanos que nasceram e se formaram dentro desse cenário mais do que triste, desumanizante, humilhante.

Nossos livros de história, durante muito tempo, sempre informaram sobre esse período de maneira distorcida, a ponto de nos fazer acreditar que foi tudo aceito por essa população. Mas pensem comigo, inteligentes leitores e leitoras: é da natureza humana aceitar maus-tratos de maneira pacífica? Você aceita ou aceitaria sem nem ao menos tentar questionar ou se livrar de uma situação de horror?

Suponho que não. Então devemos questionar com bastante sinceridade: por que os cerca de 4 milhões de africanos que foram trazidos para cá de maneira forçada e violenta aceitariam assim, de maneira tão cordata e sem nenhum questionamento? Lembrando que esse número representa somente os que vieram para o Brasil, mas a escravidão ou escravização, já que foi uma ação pensada e executada, se deu em toda a América.

Mas será que no dia 13 de maio essa barbárie teve seu fim, como nos conta os livros de história?

Em parte. A Abolição da Escravidão no Brasil, último país a efetivar essa ação política na América, foi o fim institucional. Novamente recorro a sua imaginação, inteligentes leitores e leitoras: imaginem que após esses quase quatro séculos, em vez de receber ao menos uma ínfima retribuição por séculos de exploração, você fosse literalmente jogado para fora das fazendas, sem ter qualquer perspectiva do que fazer com a sua tal liberdade e nenhuma condição de infraestrutura básica para sobrevivência, sua e dos seus.  Quando falo em infraestrutura básica necessária à sobrevivência, estou falando de casa/comida e trabalho para bancar isso tudo. A verdade é que a abolição da escravidão no Brasil foi o desfecho de uma operação política que já vinha sendo articulada pela coroa portuguesa, pressionada pelos abolicionistas e pela ação dos quilombos (a prova real de que a negritude escravizada não aceitou de bom grado permanecer nessa condição!).

Mas o que vocês, inteligentes e humanos leitores e leitoras, têm a ver com isso, já que não foram vocês que, com as próprias mãos, construíram esse estado de coisas que vitimou tanta gente? Nada, exceto o fato de que usufruem, como herdeiros das benesses da Casa-Grande, de tudo que foi construído com a participação protagonista dos escravizados. E cabe a vocês, hoje em dia, munidos da notória disposição empática e da generosidade humana que todos somos capazes de desenvolver, trabalhar da maneira que for possível para reparar esse terrível erro dos ancestrais escravizadores.

O começo desse trabalho é o entendimento de que esse erro traçou com mãos firmes e indefectíveis os caminhos que nos levariam a grande parte das desigualdades que presenciamos hoje em dia e que, direta ou indiretamente, afetam a todos, branquitude, negritude, indígenas, pobres, ricos, mulheres, homens, crianças, velhos etc. As desigualdades raciais que resultaram dos processos históricos relatados aqui, de maneira muito resumida, fazem parte do bolo nababesco das violências cotidianas que os jornais nos informam, entre outras consequências que passam despercebidas pela grande mídia. Até na formação das cidades, essas desigualdades se fazem presentes.

O bonde da história não para. Ele segue firme, forte e, em alguns casos, destrutivo se permanecer desgovernado, sem rumo certo. Nossa consciência, infalível e atenta, pode ser a mão firme que conduz esse bonde para um rumo assertivo, equilibrado, justo e feliz. E o dia 13 de maio, ao contrário do que muitos ainda pensam, não é um dia de gratidão e tampouco de comemoração, mas de reflexão sobre como as omissões e descasos com problemas fazem com que estes criem raízes profundas e nocivas e se ramifiquem, dificultando nossos sonhos de uma nação de paz e harmonia, onde toda e qualquer pessoa consegue se desenvolver dependendo apenas da meritocracia como filosofia de vida. Somos pessoas inteligentes e dotadas de todo o aparato subjetivo que nos capacita a desenvolver a empatia e cultivar a coragem necessária para somarmos esforços e esmiuçar feridas do passado para curá-las definitivamente. Concorda? Te vejo nas lutas diárias por uma nova ordem civilizatória de bem-estar coletivo.

 

*Joice Berth é arquiteta e urbanista de formada pela Universidade Nove de Julho, psicanalista em formação e escritora, autora do terceiro livro da Coleção Feminismos Plurais, Empoderamento. Tem ampla atuação nas redes sociais, onde discute tanto os assuntos que são foco de sua pesquisa acadêmica, como questões relacionadas à autoestima, política e diversidade. Atualmente é colunista mensal da revista Elle Brasil e participa da Coleção Ensaios sobre a Pandemia, da Editora Todavia com o tema Violência de Gênero.

testeA última carta de amor, de Jojo Moyes, ganha sobrecapa do filme

Preparem os lencinhos! Mais um romance de Jojo Moyes, autora de Como eu era antes de você, ganhará as telinhas em breve! A última carta de amor, o primeiro livro de Moyes publicado pela Intrínseca, chega à Netflix no dia 23 de julho. 

A adaptação é estrelada por Shailene Woodley (A Culpa É Das Estrelas e Big Little Lies) e Felicity Jones (Star Wars: Rogue One), que darão vida às personagens Jennifer e Ellie, respectivamente. O longa também conta com a participação de Joe Alwyn (A Favorita), Callum Turner (Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald), Ncuti Gatwa (Sex Education) e Nabhaan Rizwan (Informer).

Confira a sobrecapa especial com o pôster do filme:

O romance acompanha duas linhas do tempo: uma em 1960 e outra em 2003. A primeira conta a história de Jennifer Stirling, uma mulher que acorda sem memória em um hospital após um acidente de carro. Ao voltar para casa com o marido, ela acaba descobrindo uma série de cartas de amor secretas endereçadas a ela e assinadas apenas por “B”. Estaria vivendo um romance fora do casamento?

Quatro décadas depois, conhecemos a jornalista Ellie Haworth, que encontra as cartas secretas trocadas entre Jennifer e “B” nos arquivos do trabalho. Ela fica fascinada por essa história de amor proibido e começa a procurar por “B” na vida real, sem desconfiar que unir esses dois apaixonados talvez seja o caminho para encontrar uma solução para seu relacionamento turbulento com um homem casado.

A edição de A última carta de amor com a sobrecapa do filme chega às livrarias em 23 de junho.

testeMãezinha, não

Por Heloiza Daou*

Meu filho nasceu a caminho da maternidade, dentro de um carro. Por alguns segundos, tive plena certeza de que eu morreria. Mesmo. Ele estava sentado e começou a sair de dentro do meu útero. Articulou pernas, braços, ombros e cabeça e nasceu na altura do Largo do Boticário, no bairro das Laranjeiras, aqui no Rio de Janeiro. Veio para meus braços quieto, no meio daquele ambiente que cheirava a loucura. Eu não morri. Ou, pelo menos, era o que eu achava.

Alguns dias depois, passada a chuva de hormônios iniciais, eu me vi em casa, sentada no sofá da sala num fim de tarde, com um recém-nascido nos braços, olhando viagens, festas e encontros nos porta-retratos da estante. Meu peito pegava fogo e eu estava exausta. Chorava vendo as fotos e soluçava alto, pensando que nunca mais conseguiria viajar. Tive certeza absoluta de que a minha vida tinha acabado. Hoje, depois de três anos e meio, não tenho como negar: eu estava um pouco certa.

“Um filho muda tudo” era a frase que mais ouvia quando estava grávida. Ainda assim, é muito difícil imaginar a quantidade de mudanças que ele causa: a vida vira um embaralhar constante e difícil das cartas de prioridades. Porém, o que me deixa mais realizada, hoje, não é exatamente o fato de eu ter me tornado mãe, mas de eu ter me tornado a mulher que sou após parir.

Nenhuma mulher precisa ser mãe para ser alguém. Sempre tive isso em mente, antes mesmo de ter um filho, e esse pensamento só ficou ainda mais forte depois de ter: somos incríveis e inteiras independentemente desse papel.

Maria Homem e Contardo Galligaris, em Coisa de menina, falam dessa dualidade enfrentada desde sempre pelas mulheres. A nossa cultura é construída pela ideia de que a mulher é representante do mal, amiga do demônio, uma projeção dos desejos que o homem não consegue controlar. Ao mesmo tempo, existe o culto público à figura da mãe: “O materno é o grande instrumento de repressão do sexual feminino. A mulher se vê educada para ser ou mãe, ou mulher, como se fossem dois campos em oposição.”

Essa consequência mulher-mãe, que parece “natural”, no fundo, é maldita e esconde algo bem importante que acontece quando uma mulher tem um filho: ela fica invisível. É tudo sobre a criança, nada mais é sobre a mulher. Esquecem até o nosso nome, ou pior, fazem questão de não o dizer. Somos chamadas de “mamãe de”, “mãe” e “mãezinha”. É um apagamento diário da nossa personalidade enquanto estamos muito vulneráveis, passando por uma solidão e por um cansaço sem tamanhos, em que detalhes simples de cuidado nos emocionam, porque nos lembram que a gente existe. É tão duro passar por essa solidão – principalmente sem apoio – que, quando a separação emocional entre mãe-criança/mãe-mulher acontece, o que a gente enxerga com frequência é a progenitora oprimida virar opressora: “Ele ainda não anda?”, “Ele ainda não fala?”, “Nossa, comigo foi muito mais fácil”, “Acho que você está fazendo errado.” Uma vingança dura. De mulher pra mulher.

A maternidade, hoje, infelizmente, leva a rivalidade feminina ao ápice. É um projeto bem montado para que primeiro sejamos mulheres desejáveis rivalizando — mas não muito livres nem interessante demais, por favor —, e para que logo em seguida sejamos mães, anuladas e apagadas no feminino, nas nossas vontades e nos nossos desejos, dedicadas única e exclusivamente aos filhos e à família. Sempre de forma perfeita, fato que não conseguimos sustentar por muito tempo, claro. “A sensação de que estamos fracassando naquilo que o mundo mais espera de mim”, diz Maria Homem. A questão é que o fracasso não existe se ser mãe não for a sua única função no planeta. E vejam só, não é.

Eu aprendi, depois de algum tempo, que não precisava fazer a escolha entre ser mãe ou ser mulher. Aprendi isso vivendo e estudando. Aprendi também porque tive muita ajuda. Foram muitos textos, filmes e áudios, além do contato com mulheres feministas incríveis dentro e fora de casa, que me fizeram entender que eu só poderia viver a potência da maternidade no seu esplendor se eu vibrasse antes, durante e depois pela mulher que realmente sou.

O meu desejo no dia de hoje e sempre é que as mulheres quebrem o ciclo do apagamento. Ouçam outra mulher. Todas nós precisamos de ajuda e incentivo para sermos nós mesmas. Apoiem nosso brilho, nossos gritos, nossas vontades. Não julgue outra mulher: a que não tem filhos; a que não quer ter; a que quer os ter e a que já os tem. Ajude outra mulher. Da forma que você conseguir: seja por áudio, bolo, mensagem, foto ou abraço.

Você que é mãe: pense em você, nos seus desejos, nas suas vontades mais loucas que não passam pelos seus filhos. Abra suas asas. Se possível, deixe o bebê no colo de outro adulto ou em algum lugar seguro e coma sua refeição quente. Faça escolhas individuais, assista a filmes adultos, converse com adultos. Não deixe nunca que a diminuam como mulher. Seja chata, peça ajuda, clame pela sua própria mãe e reclame alto, muito alto. E nunca, jamais, deixe que a chamem de mãezinha. A gente tem nome, personalidade e história. Mãezinha, não.

 

*Heloiza Daou é movida a palavra e diretora de marketing na intrínseca. Obsessiva por boas histórias, sejam elas de livros, dos filmes ou da vida. É também mãe do Tomás e da Cora, o job mais insano que já teve o prazer de tocar.

testeSorteio Twitter – Os mais bombados [ENCERRADO]

Atenção, leitores! Hoje o sorteio é para quem quer garantir alguns dos nossos maiores sucessos! Serão 3 vencedores que poderão escolher um (1) livro da lista.

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ATENÇÃO:

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– O resultado será anunciado no dia 10 de maio, segunda-feira, em nosso perfil no Twitter. Boa sorte!