“Você me tornou uma vítima. Nos jornais, meu nome era ‘mulher embriagada inconsciente’, doze sílabas e nada mais. Por um tempo, acreditei que eu não passava disso.”
Em 2016, o site BuzzFeed publicou uma carta em que Chanel Miller ─ na época conhecida como Emily Doe, um pseudômino que protegia sua identidade na justiça ─ surpreendeu milhões de pessoas ao relatar a agressão sexual que sofreu no campus da universidade de Stanford.
A carta, lida inicialmente no tribunal para Brock Turner, seu agressor, logo após o juiz ter estabelecido uma sentença de apenas seis meses de prisão, teve um impacto gigantesco: além de ter sido vista por onze milhões de pessoas em apenas quatro dias, também foi lida no Congresso americano, inspirando mudanças nas leis da Califórnia e provocando a demissão do juiz do caso.
Confira a carta na íntegra aqui.
Na obra Eu tenho um nome, Chanel Miller entrelaça dor e resiliência para compartilhar suas memórias e revelar seu tumultuado processo de cura. Seu relato desafia a cultura que desencoraja as vítimas de buscarem justiça, mostrando como a frieza do sistema judicial pode ser uma armadilha de humilhações, vergonha e sofrimento para as vítimas de agressão sexual. Uma leitura poderosa e extremamente emocionante.
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