testeSorteio Twitter – Mistérios espetaculares [Encerrado]

Esse semana foi o centenário de Patricia Highsmith, uma das maiores autoras de thrillers criminais de todos os tempos! Para honrar e celebrar essa autora revolucionária, fizemos uma seleção com 10 mistérios de tirar o fôlego. Vamos sortear 3 vencedores que poderão escolher um (1) livro de presente!

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Esse semana foi o centenário de Patricia Highsmith, uma das maiores autoras de thrillers criminais de todos os tempos! Para honrar e celebrar essa autora revolucionária, fizemos uma seleção com 10 mistérios de tirar o fôlego. Vamos sortear 3 vencedores que poderão escolher um (1) livro de presente!

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testeO estrangeiro que ajudou a criar os Estados Unidos

Quando os Estados Unidos foram fundados, Alexander Hamilton, um dos “pais fundadores”, foi um dos arquitetos mais importantes dessa nova nação. Sem ele, o país seria hoje muito diferente, ou, talvez, sequer existiria ¾ como Hamilton temia que acontecesse se seu projeto fracassasse e os estados, ao se tornarem independentes, se destruíssem entre si.

Nascido no Caribe, órfão, pobre, bastardo e autodidata, foi somente com 16 anos que Hamilton deixou as Índias Ocidentais e foi para Nova York. É impressionante como conseguiu realizar tanto em pouco mais de três décadas em que viveu no país, bem como a extensão e o impacto de suas volumosas obras no futuro.

1 – Argumentador patriota

Com uma escrita elegante, argumentação impecável e paixão pela polêmica, Hamilton começou a participar de debates públicos travados em jornais da época quase imediatamente após chegar aos Estados Unidos. Com menos de 19 anos, já era a principal voz dos patriotas nova-iorquinos. Seus textos tiveram enorme repercussão e foram essenciais para convencer a população de que a independência em relação à Inglaterra era não apenas possível, como desejável.

 

2 – Soldado revolucionário

Quando a revolução americana teve início, Hamilton logo chegou à posição de principal ajudante de ordens de George Washington, o que deu início a uma longa amizade entre os dois. Como um dos conselheiros do comandante em chefe do Exército Continental, Hamilton incentivou que os americanos buscassem a aliança com a França contra os britânicos e, quando esse objetivo foi alcançado, liderou junto com os franceses um ataque na batalha de Yorktown, decisiva para a vitória patriota na guerra.

3 – Estrategista da Constituição

Ao perceber problemas e a fragilidade das leis que mantinham a precária coesão dos Estados Unidos, Hamilton incentivou a criação da convenção na qual nasceu a Constituição Americana. Não bastasse isso, nas semanas que se seguiram, ele se dedicou à publicação de uma série de artigos — os Federalist Papers, sua obra mais famosa — que tecia um comentário pormenorizado da nova constituição e a defendia, a fim de pressionar as autoridades estaduais a ratificarem o documento.

4 – Fundador de partidos

Embora repudiasse os partidos, que eram vistos na época como característicos da monarquia, foram as divisões acerca das ideias de Hamilton que levaram ao surgimento deles, ainda que de maneira informal. Se deve a ele o tradicional sistema bipartidário dos Estados Unidos: aqueles que se identificavam com as ideias de Hamilton, de um poder central forte e um país uno e indivisível, eram os Federalistas — partido que ele fundou inadvertidamente —, enquanto os que se opunham a estes, defendendo uma união mais frouxa com maior autonomia para os estados, se chamaram Republicanos.

5 – Mago da economia

Com a ratificação da Constituição, deram-se então as primeiras eleições presidenciais americanas. George Washington foi eleito e concedeu a Hamilton o cargo de secretário do Tesouro. Nessa função, ele elaborou sozinho e em questão de dias toda a estrutura do sistema financeiro dos Estados Unidos e negociou acordos comerciais com a ex-metrópole a fim de iniciar a recuperação econômica do país.

6 – Criador do Serviço Alfandegário e da Guarda Costeira

A Constituição determinava que era exclusivo da União o direito de cobrar impostos aduaneiros. Assim sendo, Hamilton tratou de criar o Serviço Alfandegário dos Estados Unidos. Seu passado nas Índias Ocidentais lhe conferia uma vasta experiência em negócios marítimos e de exportação e importação, e ele aplicou esses conhecimentos com maestria. Ao verificar nos primeiros relatórios dos coletores de impostos que os valores estavam muito aquém do que previa, concluiu que isso era resultado do intenso volume de contrabando e, como resposta, criou também a Guarda Costeira.

7 – Estadista astucioso

 

Após a guerra, os estados estavam bastante endividados e Hamilton propôs que o governo central assumisse as dívidas estaduais. Fez isso porque, uma vez que os impostos alfandegários eram exclusivamente da União, ele temia que os estados criassem novos impostos para saldar suas dívidas. Além disso, previa sabiamente que os credores estariam interessados em preservar qualquer governo que lhes devesse dinheiro. Com a dívida enfim consolidada, a confiança dos investidores no país aumentou e a economia começou a melhorar.

8 – Fundador de bancos e da Casa da Moeda

Ainda no gabinete de Washington, Hamilton fundou o primeiro Banco Central dos Estados Unidos, o Bank of United States, e foi responsável também pela criação da Casa da Moeda. As medidas de Hamilton resultaram em uma recuperação tão rápida da economia que ele foi obrigado a intervir para que os preços de títulos públicos não subissem demais, causando uma bolha de especulações e uma crise financeira subsequente. Seu trabalho prenunciava o futuro do país como potência econômica.

9 – Abolicionista ativo

Paralelamente a essas atividades, Alexander Hamilton também se envolveu em movimentos abolicionistas, sendo um dos fundadores da New York Manumission Society, organização que, além de defender a abolição gradual, atuava para impedir que escravos que haviam fugido para Nova York fossem “sequestrados” por seus antigos donos e levados de volta para o Sul e criou uma escola dedicada à educação de filhos de escravos. Ele defendia também os direitos de nativos americanos e apoiou a criação de uma instituição voltada para a sua educação.

10 – Empreendedor visionário

Biografia Alexander Hamilton, de Ron Chernow

Hamilton investiu, como um empreendimento pessoal, na fundação de uma sociedade manufatureira e na criação de uma cidade industrial e chegou a praticar o que seria hoje considerado espionagem industrial contra os ingleses, pagando para que um conhecido fizesse visitas às fábricas inglesas e aprendesse o que fosse possível, além de contratar ex-gerentes dessas mesmas fábricas para seu conhecimento chegar aos Estados Unidos.

Hamilton soube tornar seu tempo extremamente produtivo. Estava sempre escrevendo, estudando, se envolvendo em atividades paralelas. Sendo assim, é uma pena que sua vida tenha se extinguido de forma precoce com um tiro disparado em um duelo de honra. Quantas coisas deixou de realizar? Nunca saberemos. Entretanto, suas realizações sobreviveram ao tempo e hoje ainda podemos admirá-las, estupefatos. É possível que Alexander Hamilton não tivesse voado tão alto se nunca tivesse trocado as Índias Ocidentais pelos Estados Unidos, mas com certeza os Estados Unidos não seriam o que são hoje sem a ilustre colaboração de Alexander Hamilton. Em sua lápide está gravado o seguinte epitáfio:

“Para o patriota de integridade incorruptível, o soldado de valor comprovado, o estadista de perfeita sabedoria, cujos talentos e virtudes serão admirados muito após este mármore ter se reduzido a poeira.”

testeSobre o Japão, a Coreia e a cultura pop

Por Pablo Miyazawa*

O encantamento pela cultura pop japonesa perdura há décadas no imaginário mundial — em especial, no brasileiro. Esse deslumbre apaixonado talvez esteja ligado ao fato de o Brasil ostentar a maior comunidade nipônica fora do Japão, ao mesmo tempo em que o país asiático continua a abrigar uma considerável quantidade de imigrantes brasileiros.

Quando se trata de exportar conceitos para o restante do mundo, talvez nenhum país tenha gerado símbolos tão reconhecíveis quanto o Japão. Antigamente, esses ícones exaltavam valores como tradição, lirismo e elegância, na forma de belezas naturais (o Monte Fuji, as carpas, as cerejeiras), personagens míticos (as gueixas, os samurais, os ninjas, os xoguns), artes marciais (o karatê, o judô, o sumô) e manuais (o origami, o ikebana, o ukiyo-e).

Movido pela humilhação de estar do lado derrotado ao fim da Segunda Guerra Mundial, o Japão deu início a um ambicioso projeto de ressurreição global, que incluiu a expansão de uma influência calcada em qualidades como eficiência, perseverança e credibilidade. Para tanto, vale-se da capacidade produtiva de suas inúmeras empresas com nomes salpicados de vogais, para as quais o Brasil há anos tem sido um território amigável. Ficamos acostumados a conviver com os logotipos de fabricantes de eletrônicos como Sony, Panasonic, Toshiba, Nikon, Mitsubishi, Sanyo, Fuji, Canon e Casio; de empresas automotivas como Honda, Suzuki, Kawasaki, Toyota e Nissan; e de alimentícias como Yakult, Nissin e Ajinomoto. E, claro, é impossível não citar o mercado de videogames liderado pela centenária Nintendo, que desde os anos 1980 viu a imagem do Super Mario representar o Japão com mais alcance do que a bandeira do Sol Nascente.

E havia a televisão, uma plataforma das mais eficientes para propagar ideias geradas do outro lado do planeta. O público brasileiro sempre foi fascinado por esse Japão exótico visto através das lentes da fantasia — mesmo que esses produtos não fossem exatamente “atuais” na época em que os assistimos. Primeiro, foram os seriados live-action (os chamados tokusatsu), como Godzilla, National Kid, Robô Gigante, Ultraman, Ultraseven, Spectreman e, mais tarde, Changeman, Jaspion, Jiraiya e Jiban. Paralelamente, havia os desenhos animados (animes) como Sawamu, Speed Racer, A Princesa e o Cavaleiro, O Menino Biônico, Don Drácula e Doraemon; e, para a geração seguinte, Os Cavaleiros do Zodíaco, Sailor Moon, Dragon Ball Z, Hello Kitty e Pokémon, entre tantas outras obras geradoras de infinitas peças de merchandising de apelo irresistível.

Isso sem contar os mangás, quadrinhos que devem ser lidos ao contrário (folheando as páginas da esquerda para a direita), com uma linguagem narrativa ousada, distinta da do Ocidente; as guloseimas, empacotadas em embalagens de formas e cores tão saborosas e peculiares quanto os próprios doces; os objetos de desejo portáteis, na forma de traquitanas eletrônicas como o Walkman, o Discman e o Game Boy; e atividades sociais, como o karaokê, o cosplay e a gastronomia. Com uma indústria criativa incansável e movida a novidades, perfeita para exportação, o Japão sempre foi sinônimo de modernidade, vanguarda e ousadia. É contraditório, portanto, que certos costumes e (pre)conceitos centenários ainda persistam e pesem tão fortemente sobre sua sociedade.

É por isso que a trama contida em Pachinko pode ter o impacto de um soco no estômago para os fãs do japanese way of life, ainda que não seja essa a intenção aparente da escritora sul-coreana Min Jin Lee. A obra relata em detalhes a saga fictícia de uma família expatriada de coreanos ao longo do século XX. Não por coincidência, a história tem início em 1910, o ano da polêmica ocupação japonesa da Coreia, fato que deixou marcas profundas nas sempre estremecidas relações entre os países e seus habitantes. O ponto de vista é exclusivamente o dos estrangeiros forçados a se adaptar a um cotidiano opressor, subjugados a situações frequentes de preconceito, alienação e injustiça, algumas das quais perduram até hoje, de uma forma ou de outra.

Como descendente de um imigrante vindo do Japão, foi impossível não sentir certo incômodo ao percorrer as centenas de páginas de Pachinko, sentindo um misto de vergonha, incredulidade, culpa e outras emoções indefinidas. Quando criança, fui alertado a ter certa reserva e até cuidado diante de coreanos. “Eles não gostam de japoneses” foi algo que sempre ouvi dos parentes mais velhos. Se tive a sorte de não ter percebido essas razões na prática, o instigante épico costurado habilmente por Min Jin Lee deixou tudo mais evidente.

O pachinko que dá o título ao livro serve de fio condutor da jornada de oito décadas e quatro gerações de uma mesma família. Trata-se de uma modalidade de jogo de azar para adultos semelhante a um pinball, que, mesmo enraizada na cultura japonesa há quase um século, jamais perdeu o estigma de estar relacionada a maus hábitos, vícios e criminalidade. Os salões onde até hoje o pachinko é praticado costumavam representar uma boa (e rara) oportunidade profissional para coreanos que tentavam progredir no Japão, o que apenas colaborou para aumentar a péssima reputação da atividade — além do fato nada favorável de muitas dessas estruturas serem controladas por membros da máfia yakuza.

Se a cultura pop pode ser utilizada como medida justa, é correto (e, por que não, satisfatório) notar que a Coreia tem ocupado com diligência um espaço confortável que sempre pertenceu ao Japão. Não é preciso ir longe para comprovar que a parte Sul deste país ainda dividido é o berço atual de alguns dos mais bem-sucedidos produtos para a cultura jovem absorvidos pelo mundo, em um nível de influência que aos poucos vai superando os limites da indústria do entretenimento. O apelo do Japão permanece, ainda que não mais surpreenda como antes. Renegada por muito tempo ao segundo escalão dos países asiáticos, a Coreia do Sul de agora é muito mais pop.

O recente sucesso do filme Parasita, do diretor Bong Joon-Ho, é apenas uma amostra consagrada da riqueza do audiovisual sul-coreano, apinhado de obras variadas e esteticamente impressionantes como Oldboy, A Criada, O Hospedeiro e Invasão Zumbi. Novelas do tipo doramas encantam da mesma forma que os animes japoneses, assim como a onipresença brutal do K-Pop superou os lampejos do J-Pop de anos antes (e como esquecer o sucesso absurdo do “Gangnam Style” de Psy, no longínquo ano de 2012?). É fácil exaltar também essa eficiente presença nos concorridos segmentos da moda, cosméticos, eletroeletrônicos e automotivo, além do domínio no universo dos games competitivos e na popularização de iguarias como o kimchi, o bulgogi, o bibimbap e o soju.

Tantos exemplos notáveis são frutos de uma feliz combinação de fatores econômicos, políticos e sociais, além de uma muito bem-sucedida estratégia de soft power semelhante à promovida pelo Japão décadas antes — ainda que melhor calculada, com apoio governamental no financiamento de obras artísticas e foco obsessivo no acesso da população à educação e tecnologia de ponta. Apostar na cultura e no entretenimento como moeda diplomática, quem diria, funcionou muito bem.

E como é de se esperar, Pachinko em breve se tornará uma ambiciosa série de TV com foco no mercado ocidental. Pacientemente, do seu jeitinho, assim como quem não quer nada, a Coreia do Sul vai conquistando o mundo.  

 

* Pablo Miyazawa é escritor e jornalista especializado em cultura pop, com passagens por Rolling Stone, IGN, Herói e NIntendo World.

testeO centenário de Patricia Highsmith e a revolução do thriller

Há 100 anos, nascia uma das maiores autoras de thrillers criminais de todos os tempos. Patricia Highsmith revolucionou a literatura com suspenses psicológicos que até hoje inspiram inúmeros escritores, entre eles, Gillian Flynn, autora de Garota exemplar.

Em dezembro, a Intrínseca relançou Em águas profundas, há décadas esgotado no Brasil. E, em celebração ao centenário da autora, ficamos felizes em anunciar que mais obras de Highsmith estão por vir! Em abril, O talentoso Ripley e Ripley subterrâneo, os primeiros volumes da série que a consagrou, chegam às livrarias e lojas on-line seguindo o projeto gráfico e acabamentos especiais de Em águas profundas: capa dura metalizada, guarda especial e fitilho.

Hoje em dia não é difícil encontrar histórias com vilões carismáticos e sedutores. Mas, nos Estados Unidos dos 1950, os “anos dourados” marcados pelo ideal das famílias perfeitas em subúrbios abastados, torcer para que o assassino saísse impune de seus crimes era, no mínimo, inusitado. Dotada de um olhar sagaz, Highsmith não tinha medo de encarar os aspectos mais sórdidos de seu tempo. Antes mesmo da revolução sexual que marcou o fim da década de 1960, a autora já usava seu senso de humor sombrio para explorar o desejo e a solidão das mulheres à mercê do poder masculino.

Mas Patricia está longe de personificar uma figura a ser idealizada. De acordo com o biógrafo Andrew Wilson, apesar de ter mantido inúmeros casos amorosos com mulheres ao longo da vida, ela detestava a companhia feminina e foi acusada de ter uma “veia misógina”. Além disso, falava abertamente sobre seu antisemitismo, mesmo tendo mantido relacionamentos duradouros com judias. Como diz Carmen Maria Machado em reportagem sobre a escritora, “embora não gostasse de outras pessoas, Highsmith também não gostava muito de si mesma”.

Talvez esse seja o motivo de sua visão tão lúcida sobre o pior lado dos homens, dos atos que são capazes de fazer por puro ego, tédio ou psicopatia. Ler Patricia Highsmith é como espiar por uma fresta em um crânio e se deparar com toda feiura que a psique humana pode carregar.

É com esse sentimento que nos deparamos quando iniciamos a leitura de Em águas profundas, que chegou em primeira mão para os assinantes do clube intrínsecos como livro extra da caixa de dezembro. A obra acompanha o acordo peculiar de Vic e Melinda: ela pode ter quantos amantes quiser, desde que não arraste o marido e a filha pequena para o caos de um divórcio. Vic não se incomoda com os casos da esposa, mas acredita que os homens eleitos por ela são rasos e estúpidos. A qualidade dos amantes o ofende e, na tentativa de afugentá-los, Vic passa a se dizer o responsável pelo assassinato de um deles. A brincadeira logo dá início a uma sequência de eventos que foge do controle e culmina em muita manipulação psicológica e sangue.

Cena de O talentoso Ripley (1999)

Mais de 60 anos após seu lançamento, Em águas profundas vai ganhar uma adaptação com Ben Affleck (Argo), Ana de Armas (Entre Facas e Segredos) e Jacob Elordi (Euphoria). Mas essa não será uma empreitada inédita. Highsmith e o cinema têm uma longa parceria de sucesso marcada por grandes nomes do mercado.

O primeiro livro da autora, Pacto sinistro (Strangers on a Train) foi adaptado por ninguém menos que Alfred Hitchcock em 1951. A série protagonizada por Tom Ripley chegou ao cinema algumas vezes, entre elas: O sol por testemunha (1960), dirigido pelo francês René Clément, O talentoso Ripley (1999), com Matt Damon, Jude Law e Gwyneth Paltrow no elenco, e O retorno do talentoso Ripley (2002), protagonizado por John Malkovich. Até mesmo o livro que escreveu sob pseudônimo, The Price of Salt, mais tarde renomeado para Carol, ganhou um filme por Todd Haynes com Cate Blanchett e Rooney Mara em 2015. Ao todo, são mais de quarenta adaptações entre filmes, séries, peças e programas de rádio.

Exatamente 100 anos após o nascimento de Patricia Highsmith, fica claro que seus temas, personagens e reviravoltas, que atravessaram gerações e se tornaram atemporais, ainda têm fôlego para nos encantar. Além de celebrá-la junto aos leitores antigos, para nós é uma honra participar de mais um capítulo dessa história e apresentá-la para os que ousarem se aventurar por esse território assustador. Iniciante ou não no universo de Highsmith, temos certeza de que você se surpreenderá a cada página.

teste“Sim, não, quem sabe”: Saiba tudo sobre o livro de Becky Albertalli com Aisha Saeed

Estavam com saudades das histórias fofíssimas da Becky Albertalli? Então se preparem que a autora de Com amor, Simon está de volta <3 

Para começarmos o ano da melhor maneira possível, a partir do dia 10 de fevereiro chega às livrarias o aguardado Sim, não, quem sabe, livro da Becky Albertalli em parceria com a premiada escritora Aisha Saeed. Demais, né?

Na trama, Jamie Goldberg é um dos voluntários mais dedicados na campanha democrata para as eleições locais — mas só nos bastidores. Porque, além de especialista em questões políticas, ele é especialista em passar vergonha em público. (Sério, seu brinde no bat mitzvá da irmã com certeza vai ser um desastre.) Não existe a menor chance de Jamie pedir votos de porta em porta… até encontrar Maya.

Maya Rehman está tendo o pior Ramadã de todos. Ela odeia mudanças, mas terá que enfrentar várias. Sua melhor amiga vai morar em outra cidade e vive ocupada, a viagem em família foi cancelada e agora seus pais estão se separando. Para completar, a mãe de Maya a obriga a pedir votos com um garoto desajeitado que ela mal conhece.

Bater à porta de estranhos não é nada glamoroso, mas Maya e Jamie vão descobrir que não é a pior coisa do mundo. Conforme as eleições se aproximam, os dois começam a passar cada vez mais tempo juntos. Afinal, precisam encarar projetos de lei racistas, uma avó famosa no Instagram e memes com poodles do mal. Mas o que era só uma aliança política se complica quando sentimentos entram na jogada. As chances de sucesso nas urnas e no amor parecem baixas, mas… quem sabe?

A apaixonante e engraçada história de Sim, não, quem sabe já está disponível na pré-venda! Corra e garanta o seu exemplar! <3

 

testeO fascismo e os ataques aos intelectuais e artistas

No fascismo, qualquer tipo de oposição é duramente reprimido e qualquer indivíduo ou grupo que questione as ações do governo é prontamente atacado. Por isso, é comum que nos regimes fascistas os intelectuais e artistas sejam hostilizados pelo governo e seus apoiadores.

Influenciado por uma de suas amantes, Margherita Sarfatti, Benito Mussolini aproximou-se de figuras da classe artística italiana que se mostraram simpáticas ao seu governo, mas também foi rejeitado por alguns membros da classe artística italiana. 

Assim como a imprensa é atacada ao publicar informações que desagradem ao governo, os intelectuais e artistas que demonstram uma postura crítica ao regime fascista e a seus líderes são tratados com desprezo e, muitas vezes, perseguidos por suas opiniões.

A hostilidade do fascismo a esses grupos representa um sério problema para a sociedade, já que pode levar a medidas de censura, corte de recursos governamentais e tentativas de intervenção, ameaçando a existência e a autonomia de universidades e instituições artísticas e culturais.

 

No livro M, o filho do século, Antonio Scurati baseia-se em vasta pesquisa documental para apresentar o período histórico de 1919 a 1925 narrado sob a perspectiva de Benito Mussolini, seus amigos, inimigos e amantes.

teste16 livros que vão virar séries ou filmes

 

Não há nada mais emocionante na vida de um leitor do que ver suas histórias favoritas ganharem vida! <3

Nesta lista você encontra vários livros imperdíveis que tiveram os direitos adquiridos para adaptações cinematográficas ou televisivas e que estamos ansiosos para ver nas telas. Confira:

A vida mentirosa dos adultos

Em 2020, tivemos o prazer de publicar mais uma obra fenomenal de Elena Ferrante. E, antes mesmo do mundo conhecer essa história, a Netflix adquiriu os direitos da trama para uma futura adaptação. 

O livro, que chegou primeiro ao clube intrínsecos, explora a crucial transição da juventude para a vida adulta usando a voz de Giovanna, que mora em um respeitável bairro de classe média de Nápoles.

 

A troca

Mais uma grande história de Beth O’Leary, autora de Teto para dois, A troca ganhará adaptação estrelada e produzida pela premiada atriz Rachel Brosnahan, protagonista de The Marvelous Mrs. Maisel

Os direitos do livro foram adquiridos pela Amblin Partners, produtora liderada por Steven Spielberg. Mal podemos esperar para ver essa comédia romântica ganhar vida! <3

 

Um lugar bem longe daqui

O romance que encantou milhares de leitores ao redor do mundo também chegará às telonas! 

A adaptação cinematográfica de Um lugar bem longe daqui está sendo produzida por ninguém menos que Reese Witherspoon e será protagonizada pela atriz inglesa Daisy Edgar-Jones (Normal People). O filme, que será lançado em 24 de junho de 2022 nos Estados Unidos, ainda não tem data para estrear no Brasil. 

 

Estação Onze

O romance pós-apocalíptico da escritora canadense Emily St. John Mandel chega em 16 de dezembro na HBO Max! A plataforma já divulgou um teaser incrível, além de imagens exclusivas dos bastidores.

A adaptação de Estação Onze conta com nomes de peso no elenco, como Gael García Bernal, Mackenzie Davis e Himesh Patel. Ansiedade máxima! 

 

A filha perdida

Como a adaptação de um livro da Elena Ferrante não seria suficiente, já temos mais uma vindo aí! A Filha Perdida chega em 31 de dezembro na Netflix. A obra mostra os sentimentos conflitantes de Leda, uma professora universitária de meia-idade, que, aliviada pelas filhas adultas se mudarem para morar com o pai no Canadá, decide tirar férias no litoral sul da Itália.

O elenco conta com estrelas como Olivia Colman (The Crown) e Dakota Johnson (Cinquenta Tons de Cinza). Quem aí também está contando os dias?

O homem de giz

Perfeito para fãs de Stranger Things e Stephen King, O Homem de Giz traz o melhor do suspense: personagens maravilhosamente construídos, mistérios de tirar o fôlego e reviravoltas que vão impressionar até os leitores mais escaldados.

O livro de C. J. Tudor vai virar uma série de seis episódios pela BBC, ainda sem previsão de lançamento. Animados?

 

Malorie

A sequência de Bird Box está vindo!

Em 2020, o autor Josh Malerman escreveu a continuação do thriller Caixa de pássaros, que fez um enorme sucesso na Netflix com ninguém menos que Sandra Bullock no elenco. 

Em Malorie, revisitamos a família doze anos após a perigosa viagem, quando uma faísca de esperança surge pela primeira vez dentro daquele universo assustador.

O novo filme ainda não tem previsão de lançamento, mas estamos super ansiosos pela adaptação (e pelos memes, é claro!).

 

A dança da água

A dança da água, romance de estreia do premiado jornalista Ta-Nehisi Coates, é um olhar sobre o período da escravidão nas Américas que explora ancestralidade, memória e o desmembramento de famílias.

A adaptação cinematográfica será produzida por Oprah Winfrey e Brad Pitt, responsáveis pelas produtoras envolvidas em Selma (2015) e Moonlight (2017), respectivamente, em parceria com os estúdios MGM. 

 

Leopardo negro, lobo vermelho

Inspirado pela história e mitologia africana, Marlon James, autor vencedor do Man Booker Prize 2017, criou um universo fantástico e surpreendente em Leopardo negro, lobo vermelho

A obra foi a primeira aquisição da Outlier Society, produtora comandada por Michael B. Jordan (Pantera Negra), ao lado da Warner Bros. Sucesso garantido, né?

 

Percy Jackson e os Olimpianos 

ELE VEM AÍ!

A adaptação mais aguardada de todos os tempos, a história de Percy Jackson e os Olimpianos ganhará uma série pela Disney+! Mal podemos esperar para assistir <3

 

As crônicas dos Kane

Falando de livros incríveis do Rick Riordan, outra série do autor que em breve estará disponível nos streamings é As crônicas dos Kane

Desta vez, os direitos da adaptação foram adquiridos pela Netflix, que está desenvolvendo filmes baseados na trilogia que conta as aventuras dos irmãos Carter e Sadie.

 

A outra garota negra

Mais um romance de estreia ganhando adaptação! A outra garota negra, da norte-americana Zakiya Dalila Harris, teve seus direitos vendidos para a plataforma Hulu, mas ainda sem data prevista para chegar nas telinhas. 

No livro, a autora apresenta, com narrativa envolvente, uma crítica ao racismo no mercado de trabalho. 

 

Os filhos de Anansi 

Os fãs de Neil Gaiman também podem ficar animados! De acordo com um anúncio do autor, a adaptação do livro Os filhos de Anansi chegará em breve na Amazon Prime Video. O elenco ainda não foi anunciado, mas a produção está prevista para começar ainda neste ano, na Escócia. 

O livro conta a história de Charles Nancy, um homem que decide se reaproximar do pai após vinte anos sem se falarem. Mas, enquanto Charles toma essa decisão na Inglaterra, seu pai sofre um infarto fulminante nos Estados Unidos.

 

A metade perdida

A metade perdida, livro queridinho dos leitores e que chegou em primeira mão pelo clube intrínsecos, também vai ganhar uma adaptação para a TV. Os direitos de produção do segundo romance de Brit Bennett foram vendidos para a HBO. 

Na história, acompanhamos diversos núcleos e gerações de uma mesma família, do extremo sul dos Estados Unidos à Califórnia, entre os anos 1950 e 1990. A autora constrói uma narrativa emocionante, que explora conceitos como colorismo e passabilidade. Quem mais está animado para reencontrar Stella e Desiree? <3 

 

A guerra pela Uber

A guerra pela Uber, de Mike Isaac, premiado jornalista do The New York Times, também será adaptado para série, com produção do Showtime!  O livro conta a história de ambição, mentiras, riqueza e mau comportamento que marcou a pioneira dos transportes por aplicativo e culminou em um dos períodos mais catastróficos da história corporativa americana.

Com o título Super Pumped: The Battle For Uber, a série é estrelada por Joseph Gordon-Levitt (500 dias com ela) no papel de Travis Kalanick, o agressivo ex-CEO e cofundador da Uber.  A estreia está prevista para 27 de fevereiro nos Estados Unidos. Quem aí ficou animado?

 

Black Hammer

Foto: @somaisumparagrafo

Fãs de quadrinhos, também temos grandes novidades para vocês!

A premiada HQ Black Hammer será adaptada para as telas de cinema e para a TV, ainda sem data de estreia. A obra de Jeff Lemire explora os percalços na vida de heróis em decadência.

testeSorteio Instagram – HQs da Intrínseca [Encerrado]

Atenção, fãs de quadrinhos: hoje vamos sortear 3 vencedores que poderão escolher um (1) dos nossos quadrinhos incríveis para levar para casa. 

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