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O relato poderoso de Chanel Miller e a luta por justiça às vítimas de agressão sexual

26 / janeiro / 2021

Chanel Miller © Mariah Tiffany

Meu nome é Chanel. Eu sou uma vítima. Não tenho problemas com essa palavra, meu problema é me reduzir a isso. No entanto, não sou a vítima de Brock Turner. Não sou nada dele. Eu não pertenço a ele.

Chanel Miller ainda não era conhecida pelo próprio nome quando surpreendeu milhões de pessoas com uma carta relatando o estupro que havia sofrido no campus da Universidade de Stanford. 

Publicada no Buzzfeed, a declaração da vítima foi vista por onze milhões de pessoas em apenas quatro dias, traduzida para diversos idiomas e lida no plenário do Congresso americano, inspirando mudanças na lei da Califórnia e a demissão do juiz do caso. Brock Turner, o acusado, foi condenado em 2016 a apenas seis meses de prisão depois de ser flagrado agredindo-a sexualmente. Milhares de pessoas escreveram para dizer que ela lhes dera a coragem de compartilhar experiências de agressão pela primeira vez.

No livro Eu tenho um nome, Chanel reivindica a própria identidade para contar sua história. Ao entrelaçar dor e resiliência em seu relato, ela revela seu tumultuado processo de cura e desafia a cultura que desencoraja as vítimas de buscarem justiça, mostrando como a frieza do sistema judicial pode ser uma armadilha de humilhações, vergonha e sofrimento para as vítimas de agressão sexual. Suas memórias reverberam a dor de tantas mulheres e fortalecem a luta por justiça.

Às meninas de todo o mundo, eu estou com vocês. Nas noites em que se sentirem sozinhas, eu estou com vocês. Quando forem questionadas ou desmerecidas, eu estou com vocês. Lutei todos os dias por vocês. Então nunca parem de lutar, eu acredito em vocês.


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