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Como a pandemia de COVID-19 escancara a necessidade de repensarmos a economia

31 / agosto / 2020

Em 1987, físicos tentaram entender como as avalanches se formam e como se poderia prever seus impactos. A partir de um experimento que simulava o empilhamento de grãos de areia, eles perceberam que não era possível antever o momento exato da catástrofe — muito menos a sua intensidade. Assim como no experimento, os sucessivos avisos de especialistas não bastaram para prevermos a data exata nem todas as consequências de um evento de magnitude até então inédita: a pandemia causada pelo COVID-19.

Rapidamente, a crise gerada pela propagação do vírus SARS-CoV-2 pôs em evidência graves deficiências da economia moderna. Em um momento de exceção, os dogmas e as normas em geral aplicadas pelos profissionais da área se mostraram ineficientes. As medidas de contenção e de distanciamento social, além das centenas de milhares de mortes, geraram uma ruptura no pensamento econômico formal e têm obrigado economistas do mundo inteiro a repensarem os modelos vigentes.

Para a economista Monica de Bolle, uma das vozes mais influentes da área atualmente, os esforços para enfrentar o COVID-19 clamam por uma retomada da verdadeira essência da economia — um ecossistema dinâmico e não linear cujas práticas se alicerçam nas vidas humanas e não em métricas de ganhos e compensações. Repensar essas convenções exige criatividade e imaginação, além de uma visão interdisciplinar, pautada em princípios éticos e no dever dos profissionais em contribuir com a sociedade e o debate público.

Professora da Johns Hopkins University e pesquisadora sênior do Peterson Institute for International Economics, Monica de Bolle está presente assiduamente na mídia impressa, pautando também as discussões sobre os desafios econômicos do Brasil hoje. Por acreditar que as discussões econômicas devem envolver a sociedade em geral, passou a ministrar em seu canal no YouTube aulas acessíveis sobre a área nas quais comenta os desafios enfrentados pelos governos e pela comunidade científica internacional.

Em Ruptura, primeiro livro da série A Pilha de Areia, a autora reúne os conteúdos de seu canal no YouTube e uma série de artigos publicados no jornal O Estado de S. Paulo e na revista Época. Mais que uma análise dos primeiros impactos da pandemia e seus efeitos na economia, a obra é também um esforço de olhar não só para o Brasil, mas também para o mundo e tentar entender e registrar os primeiros passos do mercado econômico desde que o COVID-19 se espalhou.

Ruptura chega às livrarias e lojas on-line em 25 de setembro em formato físico e e-book. Compre já na pré-venda.

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