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teste8 obras de artistas negros que você precisa conhecer

Além de nos entreter, livros, séries e filmes têm o papel de nos fazer refletir sobre dilemas cotidianos, sejam nossos ou de outras pessoas. O problema é que muitas vezes esses produtos culturais ignoram, ou representam de maneira estereotipada, as minorias ou grupos marginalizados pela sociedade.

Apesar de nos últimos anos termos visto a discussão sobre racismo e negritude ocupando espaços de maior destaque, ainda são poucos os autores e diretores negros que conseguem alcançar prestígio artístico ou social.

Para celebrar e evidenciar essas histórias muitas vezes ignoradas, separamos oito livros e séries que discutem questões de negritude.

 

  1. Breve história de sete assassinatos, de Marlon James

Em 3 de dezembro de 1976, às vésperas das eleições na Jamaica, sete homens invadiram a casa de Bob Marley com metralhadoras em punho, ferindo o cantor e sua família. Poucas informações oficiais foram divulgadas sobre os atiradores, mas muitos boatos circularam a respeito do destino deles.

Breve história de sete assassinatos é uma obra de ficção que explora esse período instável da história da Jamaica e vai muito além. Marlon James descreve a miséria e a violência reinantes na periferia de Kingston, as ligações entre a “cidade baixa” (onde ficam as favelas) e a “cidade alta” (onde vivem os ricos e poderosos), e a influência que Marley detinha entre políticos e criminosos da cidade.

Dezenas de personagens – assassinos, traficantes, jornalistas e até mesmo fantasmas – dão voz à narrativa, em uma alternância de pontos de vista que revela uma complexa rede de motivações e sentimentos conflitantes. A contundência da trama e a ambiciosa polifonia valeram a Marlon James o Man Booker Prize de 2015, o mais prestigiado prêmio literário do Reino Unido.

 

  1. Cara gente branca

A série da Netflix acompanha um grupo de estudantes negros de uma importante universidade dos Estados Unidos, cuja maioria dos alunos é branca.

A história se inicia no Halloween, em uma festa com a temática blackface, termo usado para a prática de pintura corporal, em geral em pessoas brancas, imitando o tom de pele de pessoas negras, usado historicamente para ridicularizar a população negra. Várias tensões raciais se desenrolam no ambiente acadêmico, e vemos a relação dos protagonistas com o racismo e questões como colorismo e relações inter-raciais.

 

  1. Daqui pra baixo, de Jason Reynolds

Um garoto, uma arma e apenas 67 segundos para tomar a decisão mais avassaladora de sua vida. Daqui pra baixo é um daqueles livros que com poucas páginas já te marcam profundamente.

Will tem 15 anos quando seu irmão mais velho é assassinado perto de casa. As regras da comunidade são claras: não chorar, não dedurar e, se algo acontecer com quem você ama, se vingar. Ele está decidido. Mas, ao descer no elevador de seu prédio pronto para cometer o ato que vai selar seu destino, ele vai reencontrar rostos do passado. Cada rosto tem uma história de vida e de morte. Will, em questão de segundos, vai definir a dele.

O livro é um soco no estômago, e o fato de ser narrado em versos torna tudo mais impressionante. As frases curtas, mas poderosas, criam um ritmo quase musical, embalando o leitor em uma jornada de profunda reflexão. Uma obra sensível, forte e muito necessária, que toca nas feridas e expõe realidades invisíveis.

A história de Will é inspirada na própria vivência de Jason, que cresceu em um bairro onde o tráfico de drogas e a violência aconteciam na calçada de casa. Hoje, seu desejo como escritor é alcançar aqueles que não se sentem representados pela literatura.

 

  1. Fantasma, de Jason Reynolds

Primeiro livro de Jason Reynolds publicado pela Intrínseca, Fantasma conta a história de um garoto que sempre soube que correr era o seu forte, mas nunca levou a atividade muito a sério. Até que, certo dia, ele disputa uma corrida contra um dos melhores atletas de uma equipe. E vence. O treinador percebe que Fantasma tem talento de sobra e quer que o menino entre para sua equipe de qualquer jeito. O problema é que Fantasma também tem muita raiva e um passado que tenta desesperadamente deixar para trás.

Finalista do National Book Award de 2016 na categoria de literatura jovem, Fantasma aborda temas como desigualdade, bullying, invisibilidade social, amizade e racismo, além de discutir a importância do esporte na vida dos jovens. 

 

  1. Atlanta

 A comédia dramática criada e estrelada por Donald Glover, também conhecido como Childish Gambino, acompanha dois primos que sonham em se destacar na cena do rap de Atlanta. Eles veem na música uma chance de melhorar suas vidas e também a de suas famílias. 

Earn (Donald Glover) abandonou a Universidade de Princeton, está sem dinheiro, sem ter onde morar e tentando se redimir com a ex-namorada. Quando percebe que seu primo – um cantor de rap que usa o nome artístico de Paper Boy – está prestes a ficar famoso, ele decide se tornar seu empresário.

 

  1. As mães, de Brit Bennett

Em uma comunidade negra e cristã dos Estados Unidos, Nadia, uma garota bonita, obstinada e ainda marcada pelo recente suicídio da mãe, será a primeira da família a cursar uma universidade, mas, antes de deixar sua cidade natal, ela se envolve com o filho do pastor da igreja. Os dois são jovens e não oficializam o relacionamento, mas o segredo que resulta desse romance terá consequências maiores do que eles imaginam.

Anos depois, eles ainda vivem à sombra das escolhas da juventude e da insistente dúvida: e se tivessem feito diferente? As possibilidades do caminho não tomado se tornam um fantasma implacável.

Com um estilo sofisticado e atual, Brit Bennett demonstra uma ampla compreensão da alma humana e de como traições e perdas podem moldar comunidades inteiras.

 

  1. Ruby, de Cynthia Bond

“Não é uma história apenas sobre abuso. É sobre sobrevivência.” Assim Cynthia Bond define Ruby, seu romance de estreia. A obra apresenta a vida de uma jovem garota que, depois de passar por sofrimentos inimagináveis durante a infância, decide fugir de sua cidadezinha no sul dos Estados Unidos para recomeçar a vida em Nova York nos anos 1950.

Uma década depois, um telegrama urgente a faz voltar para casa, forçando-a a reencontrar pessoas do passado e a reviver momentos perturbadores.

Com uma prosa refinada, Cynthia Bond escreve sobre temas delicados como violência doméstica, abuso e racismo. Apesar de ser uma obra de ficção, Ruby foi inspirada em fatos reais vividos pela família da própria autora. A tia de Cynthia foi assassinada no Texas por homens da Ku Klux Klan. A história ficou guardada por um bom tempo até ser escrita e publicada, anos depois.

 

  1. Ela quer tudo

Baseado no filme homônimo de Spike Lee, a série acompanha a vida de Nola Darling, uma artista nova-iorquina lutando por seu espaço no mercado enquanto tenta conciliar sua rotina com os três homens com quem está saindo.

Abordando discussões que vão desde gentrificação, estupro e pansexualidade, a série não economiza nas críticas sociais, com personagens que por vezes apresentam pontos de vista divergentes para nos fazer refletir.

testeComo Jojo Moyes redescobriu a paixão pela escrita em uma cabana isolada

 

Desde a conclusão da trilogia Como eu era antes de você, estávamos ansiosos por mais histórias de Jojo Moyes. Felizmente nossos desejos foram realizados com Um caminho para a liberdade, que chegou para os assinantes do clube intrínsecos em setembro e às livrarias brasileiras em novembro.

A história de cinco bibliotecárias distribuindo livros para regiões distantes e populações humildes é uma emocionante homenagem à união feminina e ao poder dos livros de transformar vidas. Segundo a autora, essa é a obra da qual mais se orgulha, e o livro que a ajudou a recuperar a paixão pela escrita.

Em uma carta para os leitores, Jojo conta sobre o processo de escrita de Um caminho para a liberdade e suas experiências pessoais ao visitar o mesmo lugar em que suas personagens viveram. Confira:

 

Queridos leitores,

nesta era de ansiedade em que vivemos, há uma infinidade de opções para quem busca ajuda. No começo do ano, um misto de exaustão e problemas pessoais me levou a passar por um dos baixos da vida, e muitos amigos me sugeriram tirar um período de folga em spas, ir a algum retiro terapêutico ou passar um tempo em um hotel-butique com vista para paisagens bucólicas e promessas de paz e quietude.

Acabei me enfiando em um lugar completamente diferente: uma pequena cabana de madeira ao final de oito quilômetros de estrada de terra bem no interior do Kentucky, uma das regiões mais pobres dos Estados Unidos. Não tinha TV, Wi-Fi nem telefone. Porém, para minha surpresa, durante 18 meses, se tornou o lugar onde eu me sentia mais em paz. 

O leste do Kentucky não estava na minha lista de Lugares para conhecer antes de morrer (e não sei se consta na de muitas pessoas). Mas, dois anos atrás, enquanto eu enrolava um pouco navegando pela internet — um hábito comum de escritores — encontrei um artigo no periódico da Smithsonian Institution sobre um grupo de mulheres que vivia nessa área remota durante a Grande Depressão. Era um grupo de bibliotecárias que cavalgavam pela região distribuindo livros, conhecidas como Packhorse Librarians of Kentucky [Bibliotecárias A Cavalo do Kentucky]. O projeto era patrocinado pelo Works Progress Administration, uma empreitada do presidente Roosevelt para agilizar projetos e obras públicas. Através dos livros, o grupo tinha o intuito de combater a ignorância, o fundamentalismo religioso e os golpes de charlatões nas comunidades remotas. Fiquei fascinada.

Jojo Moyes em Kentucky

As mulheres viajavam longas distâncias por um terreno difícil, enfrentando muita suspeita e resistência das comunidades — isso sem falar nas cobras e nos contrabandistas de bebidas. Há várias fotografias em preto e branco com mulheres sérias e determinadas montadas a cavalo diante de uma paisagem montanhosa e desoladora.

Passei quase 30 anos da minha vida envolvida no ofício de contar histórias, tanto como jornalista quanto, nos últimos 18 anos, como escritora. Talvez tenha sido por isso que o relato me tocou tanto. Ou talvez tenha sido culpa da degradação política das noções de verdade e fatos. Ou por causa da ameaça crescente aos direitos das mulheres. Ou quem sabe tenha sido só por causa dos cavalos (eu amo cavalos). De qualquer forma, algo muito forte dentro de mim me dizia que era uma história que eu precisava escrever. Eu tinha sentido a mesma coisa quando ouvi falar em um jovem tetraplégico que persuadira os próprios pais a levá-lo a Dignitas — uma história cujo apelo parecia incompreensível para a maioria, no início. Esse livro — Como eu era antes de você — vendeu 14 milhões de exemplares. Pensando nisso, ignorei a expressão de dúvida enquanto eu contava do novo projeto (“Bibliotecárias a cavalo?”, perguntavam) e comprei minhas passagens para os Estados Unidos.

Eu não sabia muito sobre o Kentucky, só conhecia o senador republicano Mitch McConnel, as corridas a cavalo e o frango frito. Depois de dois voos e uma longa viagem de carro, eu me acomodei em Beattyville, que parecia estar no coração geográfico do projeto. Sou muito adepta da pesquisa de campo; sem uma visita aos lugares, o texto não ganha vida. E, nessas viagens, é comum encontrar alguma trilha que leve a história a lugares inesperados.

Minha pesquisa inicial não foi muito encorajadora. Acontece que, se você digitar “Beattyville” em qualquer ferramenta de busca, não vai achar recomendações de nenhum hotel 4 ou 5 estrelas. Na verdade, a primeira coisa que aparece é um artigo chamado “America’s Poorest White Town: Abandoned By Coal, Swallowed By Drugs” [A cidade de população branca mais pobre dos EUA: abandonada pela mineração de carvão, tomada pelas drogas].

Quando saí do Tennessee, depois de atravessar as fronteiras estaduais, passei por acampamentos de trailers, casas móveis cobertas de poeira junto a carros velhos já esquecidos e moradores vendendo seus pertences à beira da estrada. Poucas vezes me senti tão estrangeira quanto naquele momento. Comi frango frito e couve em restaurantes com placas que avisavam ser “obrigatório o uso de sapatos”. Passei por caminhonetes com carcaças de cervo na caçamba, por igrejinhas imaculadas e por enormes gramados verdejantes que ostentavam a bandeira americana. Entrei em contato com o departamento de turismo do Kentucky, que me sugeriu uma pousada em um “vale” entre duas montanhas em uma das áreas mais remotas do cânion Red River Gorge. Antes de ir, tomei a decisão de não falar de política — e talvez nem de nada.

E então conheci a Barbara.

Barbara Napier tem 72 anos e é uma antiga artista, de olhos vívidos e dona de um jeito doce e sagaz. Ela gerencia a Snug Hollow, um terreno montanhoso de 140 hectares pontilhado de cabanas (algumas que ela mesma construiu). Barbara criou dois filhos sem água encanada, plantando a própria comida. Sua casa é coberta de pesadas prateleiras de livros e, como as bibliotecárias, ela não se impressiona com muita coisa. Já aconteceu de deitar na grama para descansar um pouco, e, ao abrir os olhos, dar de cara com uma onça-parda (“Eu sabia que era uma mãe com filhotinhos, porque já a tinha visto desde cedo”). Os filhos estavam em casa, e não havia a quem pedir ajuda em um raio de muitos quilômetros. Barbara contou que estava tão exausta que, no fim das contas, simplesmente se sentou e gritou: “Ah, dá o fora daqui!”. E a onça foi mesmo embora.

Uma das bibliotecárias que enfrentavam terrenos acidentados e os perigos das estradas desertas para levar conhecimento a moradores de lugares isolados

A cabana mais antiga — e a menor — data de 1930. As paredes ainda são de madeira rústica, é aconchegante e as camas são cobertas por colchas de retalhos. Senti como se estivesse de volta aos anos 1930 — pelo menos até Barbara contar que eu estava dormindo em um colchão de cinco mil dólares.

Na primeira noite, ainda me ajustando ao silêncio, também descobri que as portas não tinham tranca. (“Ah, e nem precisa. Eu moro aqui há 40 anos e ninguém nunca me incomodou.”) Infelizmente, os escritores têm uma imaginação fértil até demais. Fiquei encarando as montanhas escuras, imaginando que as árvores estavam cheias de ursos e de assassinos armados. Decidi que passaria a noite em claro e tiraria um cochilo de dia.

Então, por volta das 21h, ouvi a voz de Barbara ecoando pelo vale:

— Jojo? Vá para a varanda!

E fui. Não acreditei no que via: a montanha agora reluzia, branca, iluminada por milhões de luzinhas que se moviam devagar — eram vagalumes ou algum outro inseto luminoso, e seus corpinhos reluzentes conectavam a paisagem ao céu estrelado. Era a coisa mais linda que eu já tinha visto.

Daquele momento em diante, esqueci as fechaduras e os medos. Foi quando Snug Hollow e o Kentucky se tornaram lugares mágicos para mim.

Sentada em uma cadeira de balanço na varanda, assisti a manhã pintar de rosa o céu sobre os picos das montanhas. Andei por entre nuvens de borboletas monarcas (não se usa agrotóxico no vale, e a vida selvagem é extraordinária). Afastei cobras do caminho (Barbara: “Jojo Moyes, a senhora acabou de cutucar uma cobra com um graveto?” Eu, meio culpada: “Talvez…” Barbara: “E como sabia que ela não ia picar você?!” Eu: “Ah… é que não tinha cara de que ia picar…”). Eu me apaixonei pelo meu objeto de pesquisa.

Voltei mais duas vezes à cabana nos 18 meses seguintes. Conversava com todo mundo que aparecesse para obter mais conhecimento sobre a vida dessas mulheres, que, de 1935 a 1943, viajavam quase 200 quilômetros por semana para entregar livros. Mas aquelas conversas também me ajudavam a aprender as particularidades da cadência e do sotaque daquela área remota dos Appalachia. Descobri, assim como aquelas mulheres, que as pessoas podiam ser muito desconfiadas — todos têm medo de serem retratados como camponeses ignorantes. As bibliotecárias ganharam a confiança das famílias lendo a Bíblia. Liam para toda a casa, para as crianças e para os mineiros que ficavam de cama com antracose. Além disso, elas distribuíam revistas, histórias em quadrinhos, livros de ficção e muitos textos sobre saúde e educação infantil. Elas criavam álbuns de recortes a partir de livros desgastados demais para serem lidos. Suas entregas mudaram vidas, e essas mulheres eram amadas pelas comunidades. Eu só ouvia tudo, quieta.

As bibliotecárias que, entre 1935 a 1943, combateram a ignorância e o fundamentalismo religioso

Refiz os passos delas, cavalgando pelas mesmas paisagens. (O teto do estábulo que visitei era feito de uma antiga ponte reaproveitada. A proprietária, Andrea, comprava cavalos no Craigslist e tinha uma mula com um coice capaz de mandar a pessoa para o outro lado do estábulo.)

Quando se entra em uma floresta no meio das montanhas durante o dia, o que pega você primeiro é o tamanho de tudo aquilo. Depois vem o silêncio; não há som algum além dos passos ritmados dos cascos dos cavalos no cascalho ou nas folhas caídas. A paisagem é linda e complicada, cheia de fendas profundas e de falésias, criando buracos em que os nativos tinham o hábito de moer milho (segundo Andrea, ainda dá para ver as marcas de seus traseiros no chão). Seria tão fácil se perder ali. Quase todas as trilhas seguem as margens sinuosas dos riachos, e nós também fomos por elas, parando para descansar os cavalos sob algumas árvores enquanto conversávamos sobre o que fazer se encontrarmos um urso no jardim (ficar dentro de casa, de preferência).

As pessoas do Kentucky são exímias contadoras de história. Os cafés da manhã comunais no terreno de Barbara podiam facilmente se estender por umas duas horas. As conversas são em uma linguagem floreada e os “causos” engraçados são quase um esporte competitivo (minha história favorita era a de um fazendeiro que tinha encontrado um cervo morto perto de um ponto de ônibus escolar e corrido para casa para vestir uma fantasia de Papai Noel. Depois, o homem ficou parado perto do cervo só para traumatizar as crianças). O modo de falar do povo do Appalache — ainda carregado das inflexões formais de seus ancestrais elisabetanos —, assim como seu espírito, permeou meu texto, e a escrita fluía com intensidade quase febril. Mal parei durante os fins de semana e feriados.

Caminhei pelas montanhas observando perus selvagens voejando, desengonçados, pela grama alta e abutres planando sobre as árvores secas. Mergulhei fundo no passado conturbado do Kentucky, na brutalidade do trabalho das minas, nas paisagens devastadas pela falta de escrúpulos das grandes corporações. Ponderei muito sobre como aquela história estava se repetindo. E, durante tudo isso, me maravilhei com a beleza da terra e a gentileza e o charme das pessoas.

As bibliotecárias do projeto exclusivamente administrado por mulheres viajavam até 190 quilômetros por semana para entregar livros.

Publicado recentemente, Um caminho para a liberdade recebeu as melhores críticas da minha carreira. A Universal Studios comprou os direitos antes mesmo de o texto ser editado. Às vezes, nossos instintos estão certos. E, mais importante, esse livro me ajudou a recuperar a paixão pela escrita. Estou mais orgulhosa dele do que de qualquer coisa que já tenha produzido — sem contar os humanos que gerei no meu corpo.

Mandei o manuscrito para Barbara antes de enviá-lo para meu editor. Sabia que ela não hesitaria em dizer se sentisse que o Appalachia estava mal representado. “Você está me matando. Tive que cancelar o jantar hoje só para poder ler”, respondeu ela. Depois de algumas correções linguísticas, finalmente entreguei o manuscrito aos editores. Não contei a Barbara que o livro seria dedicado a ela.

 

Mas meu tempo no Kentucky não tinha acabado. Em março, pousei de novo no aeroporto de Lexington. Mesmo sendo tarde, Barbara estava lá para me receber.

Dessa vez, o Kentucky não era um assunto ou um lugar a ser examinado e traduzido para a ficção: era um refúgio. Passei uma semana hospedada naquela cabana. Passeei sozinha, conversei com Barbara durante as refeições e ouvi as apresentações dos músicos que se hospedam na pousada e cantam em troca das refeições.

Fui ficando cada vez mais confortável com o silêncio. Comecei a me alimentar direito (Barbara é uma cozinheira de mão cheia). A grandeza e a beleza da terra e a falta de distrações digitais permitiram que meus pensamentos voltassem a ter alguma ordem. Pensei na força, na bravura e na desenvoltura das mulheres sobre quem tinha escrito, e isso me deu um pouco de perspectiva. Ouvir as histórias das outras pessoas também me ajudou a ver que meus próprios problemas tinham solução. Em meio a isso tudo, também ri muito.

A maioria de nós tem um lugar que nos chama e acolhe quando a alma precisa de um pouco de sustento, e, para identificá-lo, basta que a gente se permita ouvir o chamado. E, para mim, por mais improvável que possa parecer, esse lugar é um pequeno vale no interior dos Estados Unidos. Voltei para casa confiante, com a certeza de que existe um lugar no mundo que sempre será meu porto seguro.

Jojo Moyes

Leia um trecho de Um caminho para a liberdade

testeLançamentos de novembro

Com pouco mais de um mês para o ano acabar, vamos apresentar os últimos lançamentos de 2019 da Intrínseca para você já se preparar e completar a meta de leitura deste ano.

 

Um caminho para a liberdade, de Jojo Moyes

O novo livro da autora de Como eu era antes de você acompanha cinco mulheres que, em uma cidadezinha no interior dos Estados Unidos na década de 1930, administram uma biblioteca itinerante e desafiam o status quo.

Com o compromisso de levar livros para os moradores mais pobres da região, Margery, Alice, Beth, Sophia e Izzy aceitam trabalhar na Biblioteca a Cavalo. À medida que aprendem a cavalgar, percorrem rotas de difícil acesso e enfrentam o preconceito dos mais conservadores, as cinco fortalecem o laço que as une e descobrem mais sobre si mesmas.

Com o passar dos meses, vidas são transformadas pelo conhecimento que as bibliotecárias levam. Mas alguns habitantes veem a biblioteca com maus olhos e alegam que os livros estão propagando péssimos exemplos. Com o projeto em risco, as amigas se questionarão se o poder das palavras será o suficiente para salvá-las.

Essa emocionante jornada, inspirada em uma história real, já está disponível! Leia um trecho.

 

Café da manhã dos campeões, de Kurt Vonnegut

Publicado originalmente em 1973, Café da manhã dos campeões é uma sátira ácida e bem-humorada da sociedade norte-americana, abordando temas como guerra, sexo, racismo, fama e política. O livro foi escrito como uma forma de celebrar o aniversário de 50 anos do escritor que se tornou um dos mais importantes escritores norte-americanos contemporâneos e também como uma despedida de personagens recorrentes em suas obras, como Kilgore Trout.

Kilgore é escritor de livros de ficção científica e um dos protagonistas da história junto com Dwayne Hoover, um simples vendedor de carros que, aparentemente, é um homem normal. Sabemos que Dwayne vai enlouquecer assim que colocar as mãos em um livro de Trout, mas não sabemos como esses dois personagens vão se encontrar.

Em edição capa dura e com pintura trilateral branca, Café da manhã dos campeões fica ainda mais bonito ao lado de Matadouro-cinco, primeiro livro de Vonnegut lançado pela Intrínseca. Leia um trecho.

 

Descender, de Jeff Lemire e Dustin Nguyen

A nova série do autor de Black Hammer se passa em um universo onde robôs gigantes destruíram planetas e civilizações inteiras. Com isso, ao longo dos anos foram estabelecidas políticas de perseguição e extermínio das máquinas.

No primeiro volume, Estrelas de lata, que reúne os fascículos 1 a 6, conhecemos Tim-21, um jovem robô de aparência humana que pode conter em seu código vestígios dos assassinos do passado — o que faz dele o ser mais procurado do universo. Ao lado dos amigos Bandit e Perfurador, ele se aventura por planetas e galáxias, enfrentando inimagináveis perigos com um único objetivo: sobreviver.

Vencedor do Eisner Awards e um dos nomes mais importantes dos quadrinhos, Jeff Lemire nos conduz dessa vez por uma verdadeira odisseia cósmica em que humanos e máquinas ficam frente a frente. Uma guerra que traz uma única certeza: não haverá vencedores.

Leia um trecho.

 

Na raça, de Maria Luíza Filgueiras

Quando perdeu o emprego em sua primeira tentativa no mercado financeiro, Guilherme Benchimol não poderia imaginar que aquele seria o início de uma das mais bem-sucedidas histórias de empreendedorismo do Brasil.

A XP nasceu em uma salinha de 25 metros quadrados em Porto Alegre, graças à persistência de Benchimol: após todos os perrengues no começo da carreira, ele se agarrou à ideia da empresa disruptiva com uma força quase sobrenatural. Para evitar a falência, acumulou funções, comprou e vendeu vale-refeição na porta de fábricas, vendeu o carro, quase quebrou, brigou com sócios… A empresa só começou a dar algum lucro quando seus fundadores passaram a dar aulas de finanças pessoais para potenciais investidores gaúchos. E, desde então, a XP nunca mais parou de crescer.

Dez anos após sua fundação, a empresa iniciou uma revolução, tirando centenas de milhares de clientes dos grandes bancos, mudando a vida financeira de muitos brasileiros e desafiando a concorrência a buscar inovação também. 

A jornalista Maria Luíza Filgueiras narra essa trajetória de sucesso em Na raça, livro que mostra como a XP se tornou um fenômeno do mercado financeiro — desde seu início modesto até se tornar uma empresa que hoje vale dezenas de bilhões de reais — e também como essa história se confunde com a garra e a determinação de Guilherme Benchimol.

Com prefácio de Jorge Paulo Lemann, Na raça chega às livrarias em 26 de novembro.

 

Coleção Jovens Pensadores

“O que você quer ser quando crescer?” Essa pergunta pode ser difícil para alguns, mas não para as crianças da Coleção Jovens Pensadores, que mostram que ninguém é pequeno demais para pensar grande! Os quatro livros da coleção debatem temas importantes em tom irreverente e instigante, incentivando a criatividade e o engajamento das crianças. Contadas por Andrea Beaty em versos rimados e encantadores, que tornam a leitura muito mais divertida, as histórias dessa turma também são lindamente ilustradas por David Roberts, tudo isso em edições de luxo em capa dura com imagens coloridas.

Rita Bandeira, engenheira e Sofia Pimenta, futura presidenta chegam às livrarias em novembro para se juntar a dois outros amigos: Ada Batista, cientista e Paulo Roberto, arquiteto, lançados em outubro.

Rita Bandeira é dona das invenções mais mirabolantes do mundo, mas tem muito medo de fracassar. Até que recebe a visita da tia-bisavó, Rosa, que vai lhe mostrar que na vida o único verdadeiro fracasso é desistir.

Já Sofia Pimenta é uma menina que faz de tudo para ajudar a vizinhança. Sua mais nova ideia é construir um parque. Só que ela logo percebe que não vai ser tão fácil botar seu plano em prática. Todo mundo diz que ela é só uma criança. E quem disse que crianças não podem mudar o mundo?

 

Segredo de justiça, de Andréa Pachá

Após o lançamento de Velhos são os outros, finalista do Prêmio Jabuti 2019, e o relançamento de A vida não é justa, chega ao catálogo da Intrínseca mais um livro da juíza Andréa Pachá, Segredo de justiça.

Conhecida por seu jeito único de transformar realidade em ficção, Pachá se inspira nas situações que viveu durante mais de vinte anos atuando em uma Vara da Família para criar crônicas que falam sobre vida, relacionamento, família, envelhecimento e outros temas que exploram as relações humanas.

Segredo de justiça foi lançado pela primeira vez em 2014 e, junto com A vida não é justa, deu origem à série Segredos de Justiça, exibida no Fantástico e estrelada por Glória Pires. A nova edição do livro, com prefácio exclusivo de Ana Maria Machado, chega às livrarias com nova capa e projeto gráfico a partir de 25 de novembro.

Leia um trecho.

testeSorteio Twitter – Feriado romântico [Encerrado]

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testeAs semelhanças e diferenças entre Me chame pelo seu nome e Me encontre

Tanto na literatura quanto no cinema, Me chame pelo seu nome conquistou fãs por todo o mundo. Afinal, a história de um jovem vivendo intensamente sua primeira paixão é uma narrativa universal sobre a insegurança e a euforia do primeiro amor.

Já no novo romance de André Aciman, reencontramos os personagens anos após os acontecimentos do primeiro livro, acompanhando seus percalços e novas tentativas de se relacionar. Me encontre chegou às livrarias causando comoção: entrou na lista de mais vendidos do Brasil na semana de seu lançamento!

Se você está morrendo de curiosidade para saber mais sobre o livro, confira as semelhanças e diferenças entre Me chame pelo seu nome e Me encontre:

 

O novo livro é uma continuação? 

Sim e não.
Sim porque Me encontre narra a vida dos personagens já conhecidos anos após o verão do primeiro romance. Nas últimas páginas de Me chame pelo seu nome vislumbramos como estão Elio, Oliver e Samuel, pai de Elio, décadas após se conhecerem, e vemos um reencontro que demonstra a importância que tiveram na vida um do outro. Me encontre, em contrapartida, explora o período entre aquele fatídico verão e esses reencontros.

E não, já que o novo livro acompanha os três personagens em períodos distintos. A primeira parte narra a história de Samuel cerca de dez anos após o verão de Me chame pelo seu nome. Cinco anos depois, encontramos Elio em Paris, e cinco anos após isso, visitamos Oliver em sua nova casa. A separação entre os três faz com que Me encontre possa ser lido como uma obra independente, com exceção de uma parte no final (não queremos dar spoiler!). Além disso, o destaque do livro é um personagem que havia sido pouco explorado no primeiro romance: Samuel, que, agora divorciado, encontra uma mulher com quem cria um vínculo quase que instantaneamente.

 

Temos a chance de conhecer outros pontos de vista

Se em Me chame pelo seu nome temos apenas Elio como narrador, o que torna a incerteza sobre a reciprocidade de seus sentimentos ainda mais angustiante, Me encontre nos presenteia com três pontos de vista. Cada um com seu próprio dilema, mas unidos em uma dúvida: como se permitir viver um novo amor? E como ter a certeza de que ele permanecerá vivo?

O livro é divido em três vozes e começa com a visão de Samuel, que está em um trem a caminho de Roma para ver o filho. Porém, depois de um contratempo, a vida lhe proporciona um encontro com Miranda, uma mulher capaz de trazer de volta a seu coração a esperança de um novo amor.

Na segunda parte, anos depois, acompanhamos Elio em Paris. Entre aulas, caminhadas e concertos, ele logo conhece Michel, por quem se apaixona.

Já na terceira parte, vemos Oliver em Nova York se questionando se está na hora de acertar as contas com o passado.

 

Viajar por locais radiantes

Me encontre não se passa em uma casa de veraneio com o barulho das ondas ao fundo e sucos de damasco à beira da piscina, mas seu cenário é igualmente cativante.

Longas caminhadas em Roma viraram um ritual para Samuel e Elio, que passeiam por ruas repletas de lembranças queridas – vigílias, como eles chamam. Quando Elio se muda para Paris, a energia dos cafés e dos concertos de música clássica apodera-se da narrativa, a Cidade Luz brilha com a mesma intensidade do novo amor na vida do jovem.

Do outro lado do oceano, Nova York vibra mesmo que o coração de Oliver esteja melancólico. Na varanda de sua casa, olhando para o pôr do sol da cidade, ele percebe que está cansado de dizer adeus – ou seu famoso Até logo –, e se recorda de uma despedida em especial que ainda o atormenta.

Com personagens que refletem enquanto passeiam por cidades de tirar o fôlego, Me encontre poderia por si só gerar a sua própria trilogia Antes do Amanhecer.

 

Nós crescemos e amadurecemos

O tempo passa, as pessoas mudam. Os três protagonistas estão menos inseguros e mais maduros. Amores chegaram e partiram, e o coração se acostuma com algumas perdas. E isso faz com que criar vínculos se torne ainda mais importante e difícil.

Samuel, Elio e Oliver estão cientes do quão frágil e raro é encontrar alguém que nos compreenda por inteiro, o que torna mais cautelosos com seus sentimentos.

 

O piano, a melodia e as partituras

Nós já sabíamos que Elio era um excelente pianista. No verão em que conhece Oliver, o jovem toca Beethoven, Bach, Busoni, e vários outros compositores clássicos, muitas vezes dedicando as sinfonias para o americano. Agora casado, mas infeliz, Oliver ouve algumas notas familiares ao piano e é transportado para os dias quentes na Itália. Apenas algumas notas são o suficiente para fazê-lo lembrar do que deixou para trás.

Além disso, o livro é divido em quatro partes, duas delas com nomes de termos musicais. Cadenza, passagem na qual é possível improvisar, criar algo próprio e belo. E Da Capo, uma repetição do início da sinfonia, quase uma volta no tempo.   

 

O amor, o tempo

 

Me chame pelo seu nome mostra que cada pessoa que passa por nossas vidas deixa marcas que carregaremos para sempre e molda como nos comportaremos em relações futuras. Podemos até não ficar com nossa primeira paixão, mas ela sempre será uma parte importante de nós.

Me encontre parte desse tema e se aprofunda, refletindo sobre os efeitos do tempo no amor. Vemos como o sentimento muda à medida que amadurecemos. Nosso coração se torna mais resistente e não temos a mesma predisposição a nos entregar por completo após algumas decepções.

 

Primeiras vezes, segundas chances

Me chame pelo seu nome acompanha o surgimento da primeira paixão com o ímpeto da juventude – época em que as dúvidas e a insegurança são constantes. O fato de saber que todos nós já passamos ou passaremos por isso em algum momento torna a leitura ainda mais emocionante. A primeira paixão, as primeiras vezes, o primeiro coração partido. 

Me encontre, em contrapartida, aborda segundas chances. Mergulhamos no questionamento do que significa se deixar amar novamente e o muros que erguemos quando isso acontece. Samuel já havia perdido as esperanças de reviver tal sentimento, e nem havia se dado conta disso. Mas, quando Miranda surge inesperadamente em sua vida, ele percebe que nunca é tarde é demais.

Elio e Michel encontram um no outro a chance de viver algo que achavam ter deixado em sua juventude. Oliver, por sua vez, se sente prisioneiro da própria vida e procura por uma segunda chance de ser feliz. 

 

Leia um trecho de Me encontre

testeCinco autores famosos que ouviram vários “não” antes de chegar aonde estão

Muitas vezes temos a falsa impressão de que a vida é fácil para todo mundo, menos para a gente. Que a grama do vizinho é mais verde, que o fruto do vizinho parece melhor que o seu, e todas essas frases prontas que a gente escuta e repete a vida toda. Quando fui contratada pela Intrínseca, e meu livro, As férias da minha vida, foi lançado, ouvi muita gente dizer que eu tive “sorte” e que “eu devia ter as costas quentes”. Essas pessoas não viram que tenho passado os últimos 12 anos da minha vida me dedicando à escrita, participando de eventos, pagando do meu próprio bolso para divulgar meu trabalho.

Quando a gente vê só o resultado e esquece de analisar o processo, dá mesmo um desânimo. Longe de querer desencorajar vocês. Quero que minha história os inspire a sempre acreditar nos seus sonhos. E não só a minha! O objetivo desse post é mostrar que nem tudo é como parece ser (já diziam Os Feiticeiros de Waverly Place) e que até mesmo autores da Intrínseca que hoje são verdadeiros best-sellers tiveram sua cota de dificuldades e rejeições no início. Gente como a gente, sabia?

Cinco autores famosos que ouviram vários “não” antes de chegar aonde estão:

1. Stephanie Meyer (autora da série Crepúsculo e de A hospedeira)

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Acredite ou não: os primeiros rascunhos da série Crepúsculo foram rejeitados diversas vezes antes de Stephanie Meyer finalmente ouvir um “sim”. Fico imaginando os PESADELOS que os editores que recusaram o livro têm até hoje, rs. Stephanie contou em seu site oficial que chegou a considerar mandar uma cópia de sua carta de rejeição mais maldosa anexada a uma matéria sobre seu sucesso para o agente que a enviou, mas resolveu ser melhor que isso. Que bom que ela não desistiu, né? Já pensou num mundo sem Edward Cullen? Tô fora, pego minha coleção da saga e vou embora. (E se você é Team Jacob, melhor reler os livros, kakakaka).

 

2. Jojo Moyes (autora de Como eu era antes de você e de diversos outros livros incríveis)

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Jojo é um dos grandes fenômenos editoriais dos últimos tempos. Acontece que a diva pensou em DESISTIR da carreira de escritora após seus três primeiros livros terem sido rejeitados. Ela chegou a pensar que nunca daria certo, devido à sua atarefada rotina e às sequentes negativas. Foi só no seu quarto livro, Em busca de abrigo, que Jojo ouviu um “SIM”. E esse “SIM” mudou sua vida e nos fez chorar muito de emoção desde então. Deus abençoe esse editor.

 

3. C.J. Tudor (autora de O homem de giz e de O que aconteceu com Annie)

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C.J. Tudor começou a escrever depois dos trinta anos e tinha certeza de que tudo que produzia era um lixo. Segundo ela, depois de ter escrito algo que considerou minimamente bom e enviar para uma análise editorial, ainda demorou mais de dez anos para que, finalmente, alguém aceitasse publicar suas histórias. Ela teve que superar muitas rejeições e projetos falidos pelo caminho e agradece até hoje por nunca ter desistido, apesar das negativas. Ela lançou seu primeiro livro aos 46 anos e é um grande exemplo de que nunca é tarde para seguir seus sonhos.

 

4. E.L. James (autora da série Cinquenta tons de cinza e de Mister)

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Segundo alguns jornais, os livros da série Cinquenta tons foram rejeitados mais de uma vez por agentes literários. Não sei se eles seguiram na profissão depois de terem deixado passar o livro que vendeu mais rápido na história. Dizem que E.L. James ficou tão magoada com as rejeições que resolveu parar de correr atrás das editoras. Vocês sabiam que a primeira versão da série foi publicada de forma independente? Com certeza uma história que dá um gás para quem está começando.

 

5. Joël Dicker (autor de O desaparecimento de Stephanie Mailer e de diversos outros livros)

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Joël Dicker é, com certeza, um dos maiores escritores de romances policiais dos últimos anos. Só que antes de ele se tornar isso tudo, quatro de seus livros foram rejeitados. Segundo o autor, ele teve que repensar as histórias e transformá-las completamente antes de reapresentar algum texto para publicação. Seu exemplo também é excelente para nos fazer refletir sobre nossas próprias histórias. Dificilmente nosso primeiro rascunho estará perfeito para apresentação a um agente ou a uma editora. Por isso, é sempre importante se aprimorar. Já falei sobre como ser um escritor melhor aqui no blog da Intrínseca. Passa lá para curtir minhas dicas!

 

Essas histórias inspiradoras servem para todos os autores que estão começando e para aqueles que estão cansados e pensando em desistir. Mas não só para eles: são histórias para todos que têm um sonho que parece impossível e que não aguentam mais receber negativas. Às vezes, o “sim” está apenas a alguns dias ou meses de distância. Continue.

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