testeA segunda vinda de Deuses Americanos

Por Bruno Grandis*

Muitos adjetivos já foram usados para descrever Deuses americanos, mas acredito que o que melhor define a essência do livro é: estranho. Talvez essa não seja a melhor forma de apresentar um mundo novo para um desavisado leitor, mas essa é inegavelmente a verdade.

Poucos autores teriam uma ideia como: “E se deuses antigos tivessem vindo para a América junto com os imigrantes e se alimentado das crenças do povo?”, acrescentariam à história uma guerra com os “novos deuses” e concluiriam que isso daria uma saga épica de fantasia urbana. Mas também, poucos autores são como Neil Gaiman, o cara que já imaginou toda uma hierarquia fantástica pelos subterrâneos do metrô de Londres (Lugar nenhum), revolucionou os quadrinhos (Sandman) e ainda nos fez olhar para as lembranças da infância com outros olhos (O oceano no fim do caminho).

Essa estranheza de Deuses americanos ficou ainda mais clara quando, por anos, diversos produtores e estúdios tentaram traduzir a visão de Gaiman para a TV. A HBO chegou a ensaiar uma adaptação, mas acabou deixando a série em um limbo de produção, até finalmente o canal por assinatura Starz se encarregar da primeira temporada de American Gods, que estreou em 2017, com direito a muito sangue, bizarrices e esposas-mortas-revividas-por-acidente-graças-a-uma-moeda-mágica-jogada-em-seu-túmulo (eu falei que a história era estranha!).

Antes da estreia, muitos se perguntavam por que adaptar um único livro em  temporadas de uma série de TV. Deuses americanos não chega nem perto do tamanho dos muitos volumes de Game of Thrones ou A Roda do Tempo, que também deve ganhar uma adaptação televisiva. Mas o que a obra de Gaiman não tem em quantidade compensa em sua densidade incomparável de acontecimentos.

Em um único volume de mais de quinhentas páginas, somos introduzidos a diferentes divindades, panteões, conflitos, resoluções e reviravoltas. A obra é tão rica que seria simplesmente impossível — e contraprodutivo — resumir s saga de Shadow Moon e do sr. Wednesday em poucos episódios. De forma similar, a versão quadrinhos da obra também foi dividida em diversos volumes.

Por isso, a primeira temporada tratou de apresentar o rico universo concebido por Gaiman. Apesar da palavra “deus” denotar certa importância e poder, na série eles são bem mais “humanos” do que imaginamos. Os deuses antigos são muitas vezes caquéticos, sujos, imprestáveis. Suas vidas na América se tornaram miseráveis por conta de uma sociedade que os esquece um pouco mais a cada dia.

Qualquer entidade rejeitada precisa de um inimigo em quem botar a culpa pelo fim dos dias de glória, e na escala divina de Gaiman esses inimigos são a mídia, as drogas, a tecnologia, entre outros, sempre com sua petulância jovial. A série faz uma releitura muito interessante desse “embate” entre os deuses antigos e novos, mostrando  como os deuses antigos estão dispostos a tudo para se manterem relevantes, chegando a mudar de lado e apelar as práticas dos novatos, como armas de destruição em massa e aplicativos.

A segunda temporada da série, que estreou em março deste ano, dá continuidade às linhas narrativas iniciadas na primeira e se aprofunda na história. Já no começo os fãs do livro se deparam finalmente com a glória e a estranheza da House on the Rock , casa de bizarrices perdida em pleno coração dos Estados Unidos e também ponto de encontro das divindades do Velho Mundo.

Como o sr. Wednesday explica, os verdadeiros locais de fé na América não são templos ou igrejas — meras cópias das ideias que os colonizadores europeus trouxeram consigo. A fé americana está melhor representada nas atrações de beira de estrada, que encontramos por acaso, quando viajamos pelo Novo Mundo. Nesses locais, nunca sabemos o que realmente pode acontecer e sempre saímos transformados por sua irrelevância ou bizarrice.

Ao dividir a obra-prima de Gaiman em temporadas, temos tempo para explorar facetas desconhecidas dos personagens e também entender um pouco de seus dilemas e motivações. O passado de Shadow, por exemplo, que na primeira temporada não recebeu tanto destaque, ganha merecido espaço.

Grandiosa e vibrante, American Gods é uma ótima forma de os fãs matarem a saudade da obra-prima de Gaiman, mas também é uma série para qualquer pessoa que goste de uma boa história (com um toque mais do que bem-vindo de excentricidade).

Os deuses estão esperando.   

*Bruno Grandis é uma dessas pessoas que fazem de tudo um pouco nesse mundo, entre podcasts, publicidade e outras coisas estranhas no geral, setenta por cento disso aprendido quando era assistente de mídias sociais na Intrínseca.

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testeAmor e arte se encontram em romance na Paris dos anos 1930

Um dos casais mais icônicos do mundo artístico ganha as páginas da ficção em um romance histórico envolvente: Tempo de luz.

No livro de estreia da autora americana Whitney Scharer, conhecemos Lee Miller, uma modelo de sucesso que troca Nova York pela fervilhante Paris dos anos 1930. Cansada de ser o objeto das lentes alheias, ela decide largar tudo e recomeçar a vida como artista na capital francesa. Em meio ao ambiente boêmio da cidade, Lee acaba conhecendo Man Ray e dando início a uma história de amor, amadurecimento e descobertas que transformará a vida dos dois.

Perfeito para quem gosta de arte, romance e fotografia, confira um trecho do livro:

 

PARIS

1929

A noite em que conhece Man Ray tem início em um bistrô meio vazio a algumas quadras do hotel em que Lee está hospedada. Sozinha, ela come filé com batatas gratinadas e bebe meia jarra de um vinho tinto intenso. Tem vinte e dois anos, e é linda. O filé é ainda mais saboroso do que havia imaginado ao pedi-lo, servido em uma piscina de molho madeira que se acumula e se infiltra nas camadas de batatas e fatias grossas de gruyère derretido.

Lee passou pelo bistrô muitas vezes desde que chegou a Paris três meses antes, mas — com as finanças como estão — é a primeira vez que se arrisca a entrar. Jantar sozinha não é novidade: Lee passa quase o tempo todo sozinha desde que chegou, uma adaptação difícil depois da vida agitada em Nova York, onde trabalhava como modelo para a Vogue e frequentava bares de jazz quase todas as noites, sempre de braços dados com um homem diferente. Na época, Lee não dava valor ao fato de que todos que conhecia eram fascinados por ela: o pai, Condé Nast, Edward Steichen, todos os homens poderosos que encantara ao longo dos anos. Esses homens. Lee podia tê-los cativado, mas todos lhe tiravam coisas — esmiuçavam-na, latiam ordens sob os panos das máquinas fotográficas, reduziam-na a cacos de uma garota: um pescoço para segurar pérolas, uma cintura fina para exibir um cinto, uma mão para levar aos lábios e jogar beijos. O olhar deles transformara Lee em alguém que ela não queria ser. Talvez sentisse falta das festas, mas não de ser modelo, e na verdade preferia passar fome a voltar ao antigo trabalho.

Ali em Paris, para onde veio com o propósito de recomeçar, de fazer arte em vez de ser transformada nela, ninguém dá muita atenção à beleza de Lee. Quando caminha por Montparnasse, sua nova vizinhança, ninguém a encara, ninguém vira para vê-la passar. Pelo contrário, Lee parece ser apenas mais um belo detalhe de uma cidade onde quase tudo soa artístico. Uma cidade construída sobre o conceito da forma acima da função, onde fileiras de petits fours brilham como pedras preciosas nas vitrines das confeitarias, impecáveis demais para serem comidos. Onde um modista expõe chapéus elaborados, requintadíssimos, mas sem qualquer indicação de como poderiam ser usados. Até as parisienses nos cafés pelas calçadas são como esculturas, naturalmente elegantes, inclinadas em suas cadeiras como se sua razão de ser fosse decorativa. Lee diz a si mesma que gosta de não ser notada, de se misturar à paisagem, mas, mesmo após três meses na cidade, pensa em segredo que não viu ninguém mais bela do que ela.

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testeOs bastidores da rede de corrupção que quase derrubou um Presidente da República

 

Qual a receita para construir um império? Para os irmãos Batista, da JBS, os ingredientes foram a aptidão nata para os negócios, ousadia para correr riscos, bons relacionamentos com políticos e banqueiros, milhões de reais em propina e financiamentos bilionários do BNDES.

O livro Why Not, fruto de dois anos de pesquisas e mais de uma centena de entrevistas feitas pela jornalista Raquel Landim, chega às livrarias em maio contando os bastidores inéditos da teia de corrupção que ajudou a transformar um açougue em Goiás na maior empresa de carnes do mundo.

Narrando o caso como um thriller político, Landim reconstrói a história da JBS desde sua origem até o acordo de delação premiada de Joesley e Wesley Batista, que comprometeu centenas de políticos, entre eles o ex-presidente da República Michel Temer, ainda no poder à época dos fatos, e quase permitiu que eles saíssem impunes apesar de seus crimes.

O título do livro, Why Not, faz referência ao iate comprado por Joesley Batista no auge do sucesso da empresa. O termo em inglês, que significa Por que não?, parecia indicar os rumos que os irmãos estavam dispostos a percorrer. Por que não subornar políticos? Por que não crescer contando com atalhos e privilégios? Por que não fazer gravações clandestinas de políticos em situações comprometedoras? A trama retratada no livro mostra as consequências da combinação do talento para negócios dos irmãos e das inescrupulosas relações com o poder público.

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testeA era da destruição chega a Black Hammer

Em maio, a Intrínseca vai lançar Black Hammer: Era da destruição ­– Parte 1, terceiro volume da série de Jeff Lemire e Dean Ormston.

Eleita a Melhor Série Original de 2017 pelo Eisner Awards, principal prêmio internacional de quadrinhos, Black Hammer é uma das HQs mais bem-sucedidas dos últimos tempos. A história dos cinco heróis decadentes que se veem presos em uma cidade fora dos limites do tempo — e de suas tentativas de escapar desse purgatório — conquistou muitos fãs no Brasil e no mundo.

Na primeira parte de Era da destruição, grandes segredos começam a ser revelados quando os ex-heróis recebem uma visita inesperada que tanto pode lhes mostrar o caminho para casa, como ser um prenúncio do caos e da destruição que estão por vir.

E se você ficou ansioso para a segunda parte dessa história, pode ficar tranquilo: ela já está garantida aqui no Brasil! Ainda não temos previsão de publicação, mas garantimos que vai ser tão eletrizante quanto os outros volumes da série.

Black Hammer: Era da destruição ­– Parte 1 chega às livrarias no dia 2 de maio.