Foto: Valery Wallace Studio / CYAN
Joël Dicker é um dos mais jovens autores suíços a conquistar o mundo. Depois do grande sucesso de A verdade sobre o caso Harry Quebert, O livro dos Baltimore e Os últimos dias de nossos pais, o escritor está de volta com o romance policial O desaparecimento de Stephanie Mailer.
No novo livro, acompanhamos a investigação de um quádruplo homicídio na pequena e pacata cidade de Orphea, nos Hamptons. O crime aconteceu em 1994, mas 20 anos depois surgem novas informações depois que a jornalista Stephanie Mailer decide apurar o caso. Tudo fica muito suspeito quando a moça desaparece misteriosamente e os policiais responsáveis precisam desenterrar segredos escondidos há décadas.
Intercalando duas linhas temporais, Dicker constrói um quebra-cabeça literário praticamente impossível de se largar até que o verdadeiro culpado seja capturado. Se você gosta de escrever ou apenas quer descobrir mais sobre o processo de escrita do autor, reunimos algumas dicas de Joël Dicker para se inspirar. Anota aí:
1) Nenhum autor consegue escrever um best-seller de propósito.
Dicker diz que são os leitores, críticos e livreiros os verdadeiros responsáveis por transformar os livros em grandes sucessos.
2) A beleza e a mágica dos livros não é algo científico, não há uma receita.
Para ele, existe uma química entre os leitores e a história que não pode ser facilmente replicada ou explicada.
3) Não dá para agradar todo mundo.
Uma boa ideia é sempre tomar nota do que dizem sobre o seu trabalho, seja um elogio ou uma crítica, para melhorar no próximo.
4) São os bloqueios que ajudam a parar para refletir e analisar o progresso.
O autor tem uma visão positiva sobre os bloqueios criativos: eles são uma chance de se questionar sobre a qualidade do texto e verificar se o enredo está se desenrolando bem.
5) Temos de mostrar às pessoas que ler pode ser divertido, prazeroso.
A literatura é séria, mas também deve trazer entretenimento para o público. Diversão combina com literatura!
6) Tente escrever em quase todos os dias úteis da semana e o máximo que conseguir.
É preciso escrever todos dias, mas o importante não é impor um número de linhas, e sim obter qualidade no que se produz.
7) Enquanto escrevemos um livro não há pressão. A pressão chega quando ele é publicado.
Dicker diz que a verdadeira pressão surge quando o livro está impresso e nas livrarias, pois não há mais nada a se fazer.
8) É preciso que o livro tenha profundidade.
O importante é deixar os leitores encontrarem sozinhos o que existe nas entrelinhas.
Fontes: Revista Estante 1, Revista Estante 2, El país e Veja.
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