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Pequeno manual para o fim do mundo (viking)

17 / novembro / 2017

Seja na nova aventura da Marvel, na coletânea de mitos de Neil Gaiman, na conclusão da série Magnus Chase e os deuses de Asgard ou simplesmente nas notícias do jornal, uma coisa parece certa: o fim está próximo. E nenhuma versão para o final de todas as coisas é tão complexa – e interessante – quanto a contada pela mitologia nórdica.

Para te ajudar nessa jornada apocalíptica, fizemos um pequeno guia prático para um Ragnarök mais tranquilo. Confira:

  • O que raios significa Ragnarök?

Essa é a primeira pergunta quando mencionamos o apocalipse viking, e é a que tem a resposta mais complicada. Por ser um termo derivado do nórdico antigo, a palavra Ragnarök pode significar tanto o fim dos deuses quanto seu reinício.  

Em Mitologia nórdica, Neil Gaiman fala que essa é a característica que diferencia as lendas vikings de todas as outras: e se o fim do mundo já aconteceu? O que vem depois do fim?

  • Tem show de quem?

Na série Magnus Chase e os deuses de Asgard, o protagonista Magnus morre e é levado para Valhala, morada de todos os mortos honrados até o dia da batalha final. Nesse meio-tempo, os einherjar treinam ao lado de Odin. Do outro lado, Loki liderará os gigantes na destruição dos nove mundos nórdicos.

As lendas vikings são tão organizadas que já está claro, antes mesmo do começo do confronto, como os deuses morrerão. Thor e a serpente Jörmungand vão matar um ao outro, assim como Heimdall e Loki. Todos já têm um par nesse baile mortal nórdico, e você?

  • A culpa sempre é do Loki, não é?

Nos filmes da Marvel, Loki sempre é retratado como um ardiloso vilão. Mas, nas lendas, a história não é exatamente assim. Para começo de conversa, ele é irmão jurado de sangue de Odin, e não de Thor, como nos filmes.

Apesar de lutar ao lado dos gigantes na batalha final, Loki tem um relacionamento surpreendentemente bom com os outros deuses de Asgard, já que, como Gaiman explica: “Loki é tolerado pelos deuses talvez porque seus estratagemas e planos os salvem com a mesma frequência que os metem em apuros. ”

Entre as boas ações do deus da trapaça está a criação da icônica arma de Thor, o martelo Mjölnir. Nada mau para alguém que você pensava que só fazia besteira, não é mesmo?

  • Mas tudo volta ao normal… ou quase.

E, depois de séculos de preparação, o Ragnarök finalmente acontece, o mundo é destruído e a Terra se torna nada mais do que um planeta em cinzas… só que não.

A mágica do Ragnarök é que, mesmo depois de tudo ser destruído, um novo mundo recomeça. Apesar da morte dos deuses e dos nove mundos, eles lentamente se reconstruirão. Os sobreviventes do confronto recriarão a humanidade, o Sol voltará a iluminar o planeta e, onde ficava a morada divina de Asgard, se erguerá uma nova: Idavoll.

No recomeço, as divindades Balder e Hod retornarão do submundo para uma amistosa partida de xadrez, na qual os deuses reencontrarão seus inimigos, e, assim, um novo jogo – e uma nova vida – terá início.

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