Fernando Scheller

Adeus, Buenos Aires

3 / janeiro / 2017

Depois de dez meses escrevendo neste espaço semanalmente, chegou, junto com a virada do ano, a hora da despedida. É o momento de me dedicar a uma nova história, a diferentes personagens e de ter a coragem de me arriscar novamente a começar um novo livro. Testei algumas possibilidades de trama para este novo projeto aqui no blog da Intrínseca. As reações foram tão boas que tenho segurança de estar com mais uma boa história em mãos.

Um autor fica um pouco órfão de seus personagens quando publica um livro. Este blog foi especial porque tive a oportunidade de revisitar e trocar impressões sobre Hugo, Eduardo, Carolina, Charlotte, Pedro, Daniel e Martín com os leitores. Cada e-mail que recebo, cada contato no Facebook, mostra que as pessoas entenderam a proposta de celebrar todas as formas de amor em um livro. Sinto que dei uma pitada de leveza ao pesado ano de 2016.

Acho que O amor segundo Buenos Aires será sempre um marco em minha vida. Nunca recebi tantas mensagens positivas relativas a algo que tenha feito. Tive a oportunidade de falar sobre os personagens em rede nacional, na última temporada do Programa do Jô. O livro foi analisado por um professor de literatura no jornal O Estado de S. Paulo. Blogueiros de literatura fizeram lindas declarações de amor ao livro. E, pela primeira vez, pude entrar numa livraria e ver algo escrito por mim na seção de mais vendidos.

Este post é, para mim, uma despedida emocionante e também uma oportunidade de agradecer todo o carinho que recebi. E, para fechar esse ciclo, retorno aqui ao começo. Deixo meu “até logo” com as palavras que abrem O amor segundo Buenos Aires. Creio nelas profundamente.

“Se você já amou demais

Brigou e perdoou

E conseguiu esquecer um grande amor

Mas ainda se lembra quando ouve aquela música

(E é uma lembrança doce)

Se de vez em quando se permite mais do que o necessário

Se não resiste a um chocolate

Se já encontrou Jesus

Ou o deus das pequenas coisas

Se já se revoltou e renegou o divino

Só para se arrepender no momento seguinte

Se acredita que todo amor vale a pena

Que todos têm o direito de amar

Que cada um é de alguma forma especial

E percebe detalhes bonitos

Mesmo em um mundo que pode ser muito feio

Se acredita que as pessoas são eminentemente boas

Se teve a coragem de se desculpar com um beijo

Ou de se abrir ao poder de um abraço

E já sentiu tanto amor que teve vontade de chorar

Se pensou sobre todas essas coisas

Em muitas delas, em algumas delas ou mesmo em uma só delas

Este livro é para você

Ele foi feito com amor e é sobre todas as formas de amor”

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