Pedro Gabriel

O verso da criação – a colisão, o nó e as palavras

20 / setembro / 2016

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Todo livro, no fundo, é uma tentativa de responder a uma grande pergunta. Uma pergunta muitas vezes invisível, inconsciente, escondida em nós. As páginas é que vão desenhando aos poucos – e por conta própria – as nossas respostas até então desconhecidas.  

Para onde vão os nossos silêncios quando deixamos de dizer o que sentimos? Esse foi o meu ponto de partida na hora de estruturar as diferentes partes do meu novo livro, Ilustre Poesia. As respostas que foram surgindo internamente, me ajudaram a moldar os caminhos que acabaram impressos nas 224 páginas do livro. Ilustre Poesia está dividido em três partes. Cada uma com sua personalidade, sua força, sua fraqueza. Cada uma com suas cores, seus temas, seus sentimentos. Cada uma com sua aparente independência. Digo aparente porque nenhuma é capaz de sobreviver por muito tempo sem a existência da outra.

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A primeira, À espera de uma colisão, traduz o lado onírico do Antônio. É a busca pelo mundo da inspiração, da imaginação. É o despertar da poesia dentro do personagem. Ele descobre que o espaço, às vezes, se expande para dentro de nós. Somos maiores quando nos encolhemos em nosso próprio universo.

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A segunda, A força de um nó frágil, aborda assuntos mais confusos, imprecisos: o caos da criação. As ideias chegam feito ondas gigantes. Elas precisam de calmaria. Os traços surgem feito correntezas incontroláveis. Eles necessitam de tranquilidade. Essa parte representa a busca pelas referências no processo criativo. A própria imagem do mar reforça essa ideia de movimento constante, de bagunça infinita, de rumo impreciso, mas sempre em busca de algo preciso. A originalidade? Talvez…

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Já a terceira, O destino das palavras, é a parte mais consciente do livro e é marcada por um desfecho inesperado que abre infinitas possibilidades sobre o futuro do Antônio – o personagem – e do Poeta Desconhecido – o narrador desse final. 

Todo livro, no fundo, é uma tentativa de responder a uma grande pergunta. Ilustre Poesia não busca respostas, mas, sim, mais e mais e mais perguntas. Não me pergunte por quê. 

Comentários

Uma resposta para “O verso da criação – a colisão, o nó e as palavras

  1. Que nessas perguntas eu possa mergulhar em mim mesmo e realizar uma profunda autodescoberta!

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