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Trecho de Cidade dos etéreos

4 / fevereiro / 2016

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Com fotografias sombrias e uma narrativa emocionante, Cidade dos etéreos, sequência de O orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares, chega às livrarias neste mês. Neste segundo livro da série, o grupo de crianças com dons sobrenaturais precisa deter monstros terríveis e tirar o feitiço da srta. Peregrine, que está presa no corpo de uma ave.

Ansiosos para saber o que acontece na continuação? Leia aqui um trecho.

Hollow City - capa e lombada.inddRemamos pela baía, passando por barcos balançantes com a ferrugem vazando das emendas dos cascos, por bandos de aves marinhas silenciosas amontoadas nas ruínas de docas afundadas e cobertas de cracas, por pescadores que baixavam as redes para nos encarar, estupefatos, sem saber se éramos reais ou imaginários — uma procissão de fantasmas flutuando na água ou de pessoas que em breve virariam fantasmas. Éramos dez crianças e uma ave em três pequenos barcos instáveis, remando em silêncio, com vontade, para alto-mar, deixando para trás rapidamente a única baía segura em quilômetros, que se exibia rochosa e mágica à luz azul-dourada do amanhecer. Nosso objetivo, a costa irregular do País de Gales, estava em algum lugar à frente, visível apenas como um borrão difuso, uma mancha de tinta ao longo do horizonte.

Passamos pelo velho farol, uma construção tranquila de longe, que ainda na noite anterior fora cenário de muitos traumas. Foi lá que, com bombas explodindo por todo lado, quase nos afogamos e quase fomos despedaçados por balas. Foi lá que peguei uma arma, puxei o gatilho e matei um homem, um ato ainda incompreensível para mim. Foi lá que perdemos a srta. Peregrine, para depois a recuperarmos das garras de aço de um submarino — embora ela tenha sido devolvida com um problema cuja solução não sabíamos como obter.

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