Um leitor e uma escritora se apaixonam um pelo outro. Casam e constroem uma vida em comum. Uma vida feita de livros, de verões à beira-mar, de versos, filhos e taças de vinho. Uma vida forjada por pequenas tristezas, mútuas incompreensões e a vontade de virar as páginas e seguir em frente.
Assim aconteceu com os Berman em Navegue a lágrima. Parecia ficção, mas era só a vida real. Antes mesmo de sabê-lo, Laura escreveu cada um dos seus livros para Leon Berman, o seu leitor fundamental. Numa casa escondida entre altas árvores que o vento de inverno vergava, e que a brisa de verão fazia dançar, Laura e Leon Berman viveram por muitos anos. Até que, um dia, alguma coisa se quebrou.
Então surge Heloísa, uma editora paulista que, tentando reconstruir a sua vida após uma tragédia, compra a casa dos Berman e se muda para lá. Em meio às pegadas de um grande amor, Heloísa começa a conviver com os Berman de uma maneira curiosa: ela os enxerga, à todos eles, casal e filhos, pelos cômodos da casa, como se o tempo tivesse se misturado. Heloísa obstina-se em compreender este amor e, na sua solidão de viúva, chega a se alimentar dele — dos vestígios que ficaram para trás. Ela pode ver a escritora, pode ouvi-la narrando suas histórias, e corre para os livros que Laura Berman escreveu, tentando encontrar ali as sombras de um passado que teima em não morrer.
Algumas coisas não morrem jamais, adormecem, apenas — é isso que Heloísa descobre enquanto constrói o quebra-cabeças da vida dos Berman, apagando, pouco a pouco, a tristeza que habita o seu próprio coração. Para além das páginas, a vida segue seu rumo: enquanto Heloísa transforma Laura Berman em sua própria personagem, Leon refaz o longo caminho que o separa da ex-mulher.
Navegue a lágrima é uma história de múltiplos amores: o amor de Heloísa por Lucas, o amor de Leon por Laura, o amor de ambos pela literatura, e o amor de todos eles por uma casa perdida numa península uruguaia.
Preciso ler esse livro. Tô apaixonada!
Esse livro vai pra minha lista, com certeza! Preciso lê-lo!