Às vezes me sinto tão vulnerável. Como se um simples sopro de vento pudesse me levantar do chão e me quebrar ao meio. Não sei… Quando era mais nova, gostava de bater no peito e dizer que aqui dentro tudo era feito de gelo. Gostava de dizer para as pessoas que eu não me importava e que, para amolecer meu coração, era preciso muito. Mas muito mesmo. E eu não estava mentindo, realmente nada me impressionava. Sempre que digo isso, me lembro de uma música do Kid Abelha que diz: “Eu tenho pressa, tanta coisa me interessa… Mas nada tanto assim.”
Por um bom tempo esse foi o meu lema. Eu tinha pressa, queria viver plenamente cada pedacinho da vida. As pessoas passavam como imagens vistas pela janela do carro. Turvas, com pressa e sem muita distinção umas das outras. Poucas conseguiam chegar perto o bastante para que eu ficasse mais um pouquinho. Parasse de contar o tempo, de olhar o relógio. Poucas despertaram em mim o sentimento de pertencer a alguém. Ou a algum lugar.
Hoje posso dizer que me sinto à vontade em ficar. Em criar raízes. Em ter a minha casa, o meu lar. Hoje quero não ter tanta pressa assim. Quero me interessar e me manter interessada. Quero ter a liberdade de voltar sempre para o mesmo lugar. Quero voar alto para, no fim do dia, pousar.
Eu sinto. Me importo. Quero amar. Quero ser o melhor que posso ser para alguém. E, se isso é maturidade, seja bem-vinda, você demorou a chegar.
Linda! Amei o teu livro. Você fala da realidade a qual quase nenhuma garota quer ler ou escutar. E isso foi sempre o meu interesse. São as histórias que tem pé no chão que me encatam. Um dia eu quero escrever tão bem quanto você
Amei…. ♡
Texto muito bem escrito,está de parabéns Isabela Freitas 🙂
Incrível descrição da chegada da maturidade. Pena que muitas vezes ela chega com algumas decepções e medo de arriscar tanto. Tudo é aprendizado afinal.
Lindo, lindo! Aguardando o próximo livro com muito amor! ❤
Amei…. ♡