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A nova república

23 / janeiro / 2015

Por Lionel Shriver* Lionel Shriver (c) Suki Dhanda Escrito entre Dupla falta e Precisamos falar sobre o Kevin, A nova república foi concluído em 1998. Naquela época, meu histórico de vendas era um horror. E, o que talvez seja mais importante, meus compatriotas norte-americanos, em sua maioria, descartavam o terrorismo como um Problema Chato dos Estrangeiros. Não consegui despertar interesse pelo manuscrito em nenhuma editora dos Estados Unidos.

Em pouco tempo, essas duas fontes de desincentivo desapareceram. Minhas vendas melhoraram. Depois do 11 de Setembro, os norte-americanos ficaram muito interessados no terrorismo, para dizer o mínimo. Por isso, durante anos após a calamidade em Nova York, fui obrigada a manter o romance na gaveta, porque um livro que tratasse dessa questão com um toque de leveza seria considerado de mau gosto.

Mas o tabu parece haver chegado ao fim. As sensibilidades se robusteceram. Tenho esperança de que este romance — cujos temas só se tornaram mais contundentes desde que ele foi escrito — possa agora ser lançado sem causar melindres. Apesar de revisado com o olhar frio da distância, o livro está sendo publicado mais ou menos como o escrevi originalmente, com um pequenino e irresistível acréscimo no epílogo, que os leitores reconhecerão de imediato.

*Nota da autora em A nova república. Leia um trecho do romance que acaba de ser publicado no Brasil:

Comentários

5 Respostas para “A nova república

  1. Lionel Shriver é a melhor autora contemporânea. Há planos da editora publicar todos os livros da autora?

  2. Na verdade, se me permitem uma pequena correção, foram publicados 6 romances no Brasil, e não 7 como informado pela “Intrínseca”. No link postado há 2 edições de um mesmo livro, “Precisamos falar sobre o Kevin”. Espero que logo sejam 7 mesmo, rs.

  3. Oi, Leonardo! Agradecemos a observação! 😉
    Sim, contamos com a capa filme de “Precisamos falar sobre o Kevin”!

  4. De fato “Precisamos falar sobre o Kevin” é insuperável, mas a forma rigorosa de “A nova república” consegue nos deixar de boca aberta em vários momentos. Parabéns a editora por ter essa escritora maravilhosa no time.

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