– O amor é brega, é trash, retrô, é velho, antigo, é ultrapassado, capenga, é enfraquecedor, humilhante, é desgastante, irritante, é desconcertante.
Desestabilizador. Alisa, deixa estar e ali está a dor.
O amor é muito ridículo. Muito. Muito cafona. Muito. Tem cara de creolina e som de sanfona. Sanfona não. Radiola. É daquela mola. Mola de plástico multicor que estica, enrola.
De fita cassete. De lado A e lado B de LP. De colônia, lavanda de sulanca pra bebê. De pluma mofada a traças. Aquela mala sem alça lotada de salto alto, gravata.
Coisa barata.
De enceradeira de chão de madeira, sabe? Que fica aquela coisa lubrificada, encebada, gordurosa feito banha no cabelo. Nojento. Pronto. É assim. Grudento.
Ah, coisa mais vintage. Cursy, antiquado, retrógrado, amargurado. Aquela mistura bufenta de oncinha, verde limão e dourado. Saiu de um brechó? Tenha dó. Tenha dó.
– Hum. Vai levar? – disse entediada a mulher do caixa.
Eu sempre quis ser caixa de Bom Preço. Mas essa era de uma bookstore de esquina, que também vendia umas histórias de amor por um e cinquenta. As unhas douradas, verdes e de oncinha trash. Eu reparei.
– Vou. Três por favor.
maravilhoso, ainda existe poesia, história e autores (a) que valem a pena! <3
Arrasar é pouco pra ti com este jogo de
palavras. :*
Fiquei curioso pra ver o texto completo e Gostei muuuuuito!
Realmente uma resposta é “brega. muito cafona” só pra quem Ama! rsrsrsr
good
Só pra que não sabe ou tem medo de amar né?