Saio do boteco para entrar no sonho. Essa pode ser a frase que resume a fase de transição dos meus dois livros. Dois? Sim, dois. Há exato um ano, eu tive a oportunidade de publicar o meu primeiro livro de palavras desenhadas em guardanapos e agora estou tendo o privilégio de dar mais um passo no espaço das livrarias.
Ah, Antônio, então é isso! Mas que óbvio: o segundo livro se chama Segundo porque é o seu segundo livro. Aff…Cadê a criatividade, Antônio? Cadê?
Existem várias explicações possíveis para a escolha do título Segundo – Eu me chamo Antônio. Eu consegui pensar em três caminhos interpretativos:
a) Segundo é o que chega depois do primeiro. É a interpretação mais óbvia. Serve também para lembrar a quem me conheceu há pouco tempo que existe um outro livro.
b) Segundo – Eu me chamo Antônio também pode ser entendido como “De acordo com Eu me chamo Antônio”. Afinal, são os dizeres do Antônio. Nesse livro, abri o caderno de anotações e ideias do meu personagem.
c) Segundo é uma unidade curta de tempo: um segundo, dois segundos, três segundos… Tem tudo a ver com o conceito que procurei desenvolver nas 192 páginas do meu livro. Pensamentos breves. Poemas curtos. Rabiscos rápidos. Anotações espontâneas.
A grande novidade e talvez o maior diferencial em relação ao primeiro livro talvez sejam os fragmentos de textos que escapam dos guardanapos. Sim, algumas palavras simplesmente não cabiam no pequeno espaço do meu papel favorito. Os tradicionais guardanapos continuam presentes, claro. Mas dessa vez eles competem (sem briga!) com os demais elementos gráficos. Eu tive mais coragem para soltar a mão e deixar que ela transcreva o que se passa na minha mente.
Os trocadilhos mais descontraídos, que combinam com petiscos e chopes, deram lugar a arranjos de palavras mais vividos. As desilusões amorosas se iludiram e fizeram nascer a linguagem poética da esperança. O labirinto confuso de palavras encontrou uma saída nos desdobramentos mais nítidos dos sentimentos. Antônio tem mais controle do que sente.
Antônio agora sabe sentir.
Muito bom! O estilo do autor Pedro Gabriel é surpreendente… As palavras realmente “ganham vida” do papel para os olhos, dos olhos para a mente, da mente para o coração. ´
É uma experiência tão rápida, tão inteligente e tão exata. Realmente inspirador.
Pedro , Antônio , Gabriel estão amando da pra sentir nos traços