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EDITOR DE GÊNIOS

21 / novembro / 2014

Maxwell_Perkins_NYWTS

Antes de se estabelecerem como grandes nomes da literatura mundial, F. Scott Fitzgerald, Ernest Hemingway e Thomas Wolfe foram talentos desconhecidos que um editor precisou defender ferrenhamente. Max Perkins trabalhou 36 anos para a Charles Scribner’s Sons e, nesse período, nenhum outro editor conseguiu rivalizar seu histórico de descobridor de autores talentosos, como o biógrafo vencedor do Pulitzer A. Scott Berg detalha em Max Perkins, um editor de gênios.

William Maxwell Evarts Perkins nasceu em 20 de setembro de 1884 em Manhattan e passou a maior parte da vida em Nova York, embora carregasse consigo os valores rígidos da Nova Inglaterra. Ele gostava de se ver como “um anãozinho no ombro de um grande general, aconselhando-o sobre o que fazer e o que não fazer, sem que ninguém percebesse”. Além de descobrir grandes talentos, Perkins sugeria tramas, auxiliava os escritores no desenvolvimento de suas obras e estava sempre disponível para ajudá-los no que quer que fosse.

Tanta influência poderia ser vista como intromissão, mas Perkins era adorado por seus autores, com os quais mantinha relacionamento muito próximo. Ele sempre concedeu empréstimos para Fitzgerald, inclusive do próprio bolso. Acompanhou Hemingway diversas vezes em viagens de pesca. E praticamente adotou Thomas Wolfe, que durante um bom tempo frequentou sua casa diariamente.

Por meio de cartas trocadas com escritores, amigos e familiares, além de dezenas de entrevistas com aqueles que conviveram com Perkins, Berg criou um retrato vívido do famoso editor que permitiu o surgimento de algumas das maiores obras da literatura moderna.

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