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A intensidade de Caio e Maria Augusta

26 / setembro / 2014

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“O fato é que eu poderia contar qualquer história de amor, mas se hoje minha memória anda às voltas com esta, de Caio e Maria Augusta, culpa quem abriu um certo baú florido onde estavam guardados cartões, bilhetes, retratos e cartas.” O amor costura os registros da paixão entre Caio e Maria Augusta, que se encantaram quando jovens em maio de 1947 Zona Sul do Rio de Janeiro. Após flertes inocentes, um início de namoro escondido, constantes sessões de cinema aos domingos, parte de um noivado que ocorreu à distância, o casamento e a chegada das três filhas são algumas das situações que aparecem registrados em cartas reproduzidas no livro Queria ver você feliz, da autora Adriana Falcão, filha do casal.

Adriana revela que Maria Augusta era inteligentíssima e muito interessante, com repertório adquirido por meio de livros, filmes, músicas estrangeiras, aulas de francês e tudo o que lhe despertasse a atenção. Ela não passava despercebida. No entanto, o leitor pode perceber as nuances da personalidade dela somente acompanhando sua correspondência. Sem e-mail, celular ou qualquer facilidade tecnológica, eram as cartas que aproximavam os dois amantes durante alguns períodos. Na época em que esteve internada em uma clínica psiquiátrica em Porto Alegre ─ devido a constantes oscilações de humor e obsessão pelo amado, é possível identificar também momentos de descontração e ironia da moça.

Caio, era melancólico e depressivo desde novo, quando preferia ficar horas no quarto e não tinha energia para frequentar com afinco as aulas. Mas, quando se tratava de Maria Augusta ele quase sempre era tomado por ciúmes sem motivos a ponto de tomar decisões drásticas a respeito do futuro do casal. Chegou a romper o noivado quando a viu sair de um carro desconhecido. No final das contas, a família precisou intervir para explicar que era uma inocente carona. E até contornar a situação, Maria Augusta se descabelava mais e mais.

O fato é que a história de amor foi levada de forma intensa até as últimas consequências. Ele se suicidou aos 46 anos, com depressão profunda. E ela, em um misto de desgosto e negação, anos depois, se excedeu na dose de remédios para dormir e não acordou mais.

Comentários

3 Respostas para “A intensidade de Caio e Maria Augusta

  1. Quero este livro! Como faço para adquiri-lo? Já saiu? Está para sair?
    Obrigada.

  2. Amanha estarei lá, na noite de autografos desse livro que, espero, vai desvendar parte da minha imaginação pela vida!

  3. Oi, Amanda. O lançamento é hoje, 2 de outubro! 🙂

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