A mesa Fabulação e Mistério da Flip 2014, mediada por José Luiz Passos, contou com a participação dos jovens e premiados escritores Joël Dicker, autor de A verdade sobre o caso Harry Quebert, e da neozelandesa Eleanor Catton, de Os Luminares.
No início da conversa, Dicker brincou:
― É a primeira vez que me apresento diante de um público tão grande e que as cadeiras não estão lotadas de parentes ou amigos meus.
Dicker falou a respeito da estrutura narrativa de seu romance, o que o levou a escrever a história, sobre seus livros anteriores que nunca foram publicados e o sucesso que sua última obra alcançou junto ao público e à crítica. Com tiradas inteligentes e bem-humoradas, o autor arrancou aplausos e risadas da plateia. Como por exemplo quando lhe perguntaram quais estratégias usou para manter o mistério até o final, prendendo a atenção dos leitores até a última página.
― Manter o mistério para o leitor foi muito fácil, pois eu só descobri as repostas no final do livro também ― afirmou Dicker. ― Na verdade, não esperava escrever uma obra de sucesso. Quando comecei A verdade sobre o caso Harry Quebert só queria criar uma história que me instigasse e levasse adiante. Queria mostrar não apenas uma verdade, mas a verdade de todos os personagens. Não fazia ideia de que estava escrevendo um livro de mistério. Isso eu só descobri depois ― concluiu.
Quando questionado sobre o futuro do mercado literário mundial, que tem como novas características as rápidas mudanças e o aumento da participação no mercado dos formatos eletrônicos, Dicker foi categórico:
― Podemos acreditar em nosso futuro. Contar histórias ainda é muito importante. Meu conselho para os novos escritores? Sonhe alto ou desista!
Siga-nos