Keri Smith, autora de Destrua este diário, é uma ousada ilustradora canadense. Considerada uma artista de guerrilha, ela sempre teve prazer em estimular a produção artística e fazer suas próprias intervenções urbanas. Esse sentimento a acompanha desde a faculdade, quando uma professora pediu que os alunos grafitassem um muro branco qualquer ─ Keri diz que sentiu um misto de medo e alegria com o episódio.

A arte de guerrilha visa estimular a reocupação de espaços públicos por meio de intervenções criativas, propondo uma nova experiência ao cotidiano das pessoas. Alguns nomes desse movimento artístico são tão conhecidos que extrapolam o meio físico, como o norte-americano Henry Matyjewicz, que costuma registrar suas ações no site de compartilhamento de imagens Flickr (http://goo.gl/WQA7AX). Morador do Brooklyn, ele começou a ser notado devido a suas colagens irreverentes nas estações de metrô de Nova York. Atualmente, seu trabalho é reconhecido, copiado e exposto em galerias de arte. No Brasil, os mais famosos são Otávio e Gustavo Pandolfo, que assinam como Os Gêmeos — grafiteiros de São Paulo que começaram a pintar em 1987 e se tornaram uma das influências mais importantes na cena de street art do país. Em 2008, Os Gêmeos pintaram a fachada do museu Tate Modern, em Londres, para a exposição Street Art, juntamente com o paulista Nunca, o grupo Faile, de Nova York, e os grafiteiros JR, de Paris, Blu, de Bolonha e Sixeart, de Barcelona. Outra artista de destaque é a polonesa Olek, que produz esculturas radicalmente transformadas pela intervenção da linha e da agulha. A ideia, segundo Olek, é transformar o velho em novo, dar vida a peças que estão esquecidas.

No entanto, o mais famoso artista de guerrilha é, sem dúvida, o britânico Banksy. De identidade desconhecida, mas renomado no mundo inteiro por seu trabalho com estêncil e spray, Banksy faz críticas sociais e políticas mordazes nas ruas com sua arte inconfundível, que vai desde macacos ameaçando dominar o mundo a frases irônicas. Suas obras mais famosas podem ser encontradas no livro Guerra e spray (publicado pela Intrínseca em 2012) e em sua página do Facebook https://www.facebook.com/BanksyBook.