Na década de 1970, para aplacar as inseguranças habituais da adolescência, Jim Holt mergulhou no existencialismo. E foi nas primeiras páginas de Introdução à metafísica, de Martin Heidegger, que ele se deparou com o mistério existencial que o fascina há mais de 40 anos: por que existe algo e não apenas o nada? Anos depois, uma tragédia pessoal levou Holt direto para a estrada. A missão: descobrir as pistas com grandes pensadores contemporâneos, como o escritor John Updike, o filósofo Adolf Grünbaum, o teólogo Richard Swinburne, o matemático Roger Penrose e o físico Andrei Linde. O resultado dessa jornada intelectual, que passa pelo famoso Café de Flore, reduto dos existencialistas em Paris, frequentado por Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, é o lançamento Por que o mundo existe? — um mistério existencial.
Considerada por Heidegger a “mais profunda”, “abrangente” e “fundamental de todas as perguntas”, a questão divide opiniões ao longo da história. William James a identificava como a “mais sombria de toda a filosofia”. O astrofísico Sir Bernard Lovell observou que se deter nela pode “estraçalhar a mente de um indivíduo”. Já Arthur Schopenhauer ataca: “Quanto menos um homem é dotado do ponto de vista intelectual, menos intrigante e misteriosa lhe parece a própria existência.”
Leia um trecho de Por que o mundo existe? — um mistério existêncial
Em termos conceituais, a pergunta por que o mundo existe? rima com por que eu existo? São esses, na visão de John Updike, os dois grandes mistérios existenciais. A ambivalência de Updike a respeito do ser foi canalizada para seu alter ego fictício, o romancista judeu Henry Bech, priápico, propenso ao desespero e sempre sofrendo de bloqueio criativo.
Já para Adolf Grünbaum, destacado pensador no terreno das sutilezas do espaço e do tempo que pode ser considerado o maior filósofo da ciência ainda vivo, essa pergunta não leva a Deus ou a coisa alguma. Dotado de implacável hostilidade à crença religiosa, Grünbaum a vê apenas como um pseudoproblema.
O jornalista, filósofo e matemático Jim Holt é categórico: não será possível entender o mundo até compreender por que ele existe e por que há um universo do qual fazemos parte. Na entrevista concedida ao programa Milênio, Holt explica sua grande obsessão e conta como se divertiu ao escrever o livro. “Fiz como se fosse uma história de detetive e fui atrás dos melhores suspeitos cósmicos, conversei com os maiores pensadores do mundo, e os fiz pensar alto. É ótimo ouvir um grande físico, filósofo, teólogo ou romancista pensando alto. Eles dizem as coisas mais extraordinárias.” Assista aqui.
Oi adorei.. muito obrigado, depois de ter lido sua resenha…me interessei pelo livro….mas vc já leu o livro reverso … se trata de um livro arrebatador…ele coloca em cheque os maiores dogmas religiosos de todos os tempos…..e ainda inverte de forma brutal as teorias cientificas usando dilemas fantásticos; Além de revelar verdades sobre Jesus jamais mencionados na história…..acesse o link.
http://www.buqui.com.br/ebook/reverso-604408.html