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Conteúdo completo do chat sobre livros nacionais da Intrínseca

7 / agosto / 2013

Estreamos no ano passado a editoria de livros nacionais com Filho teu não foge à luta, não ficção do jornalista Fellipe Awi sobre o MMA. Em julho deste ano, chegou a vez de Sal, de Leticia Wierzchowski, nosso primeiro romance nacional. Além do livro da autora gaúcha, serão lançados os novos títulos de ficção de Edney Silvestre, Vidas provisórias, em 13 agosto, e do escritor Miguel Sanchez Neto, em 2014. O catálogo nacional contará ainda com obras de não ficção de nomes de peso como Elio Gaspari, Miriam Leitão, Joyce Pascowitch e Adriana Falcão. Blogueira, escritora e estudante de Direito, Isabela Freitas, de 22 anos, será a primeira autora brasileira a publicar um livro de ficção juvenil pela Intrínseca.

Para marcar esse momento, na última segunda-feira, 5 de agosto, nossos editores de livros nacionais conversaram com os leitores sobre como funciona o processo de publicação de uma obra nacional pela Intrínseca.

Confira abaixo o que foi discutido no chat:

Pergunta – Antônio Augusto: Olá. Gostaria de saber quando e por que a Intrínseca resolveu começar a investir em livros nacionais?

Resposta da Intrínseca: Oi Antônio, tudo bem? A Intrínseca começou pequeninha em 2003. Aprendemos muito nesse tempo e, a partir de 2010, chegamos à conclusão de que poderíamos dar o nível de atenção e cuidado que os autores nacionais merecem.

P – Francine Porfirio: A Editora Intrínseca aceitará envio de originais para análise?

R – Intrínseca: Olá, Francine, como vai você? Por enquanto, estamos dando prioridades a projetos que têm a nossa cara, que a gente mesmo vem idealizando. No futuro, provavelmente, a gente vai ganhar uma estrutura mais robusta e ter um departamento para leitura e avaliação de originais. Quando tivermos essa estrutura e pudermos ler os originais, a gente vai avisar vocês na mesma hora.

P – Elimar Andrade Moraes: Quais são os critérios da Intrínseca para escolher títulos nacionais? São os mesmos dos títulos internacionais?

R – Intrínseca: Estamos investindo em boas histórias, em especial nos projetos de não ficção, que precisam de muito tempo de desenvolvimento. E para cuidar desses projetos estamos convidando autores que a gente acha que têm a nossa cara. Alguns desses autores já publicaram antes, mas muitos deles vão fazer sua estreia em livro conosco. Foi o caso do Fellipe Awi, que escreveu Filho teu não foge à luta, que a gente publicou no ano passado. O Awi, que é jornalista, estreou como autor com a gente.

P – Marcos Antônio de Souza: Olá! Acho que, atualmente, a maioria dos livros que eu compro é da Intrínseca. Vocês têm ótimas obras estrangeiras! Agora, queria saber quais são os lançamentos nacionais da editora.

P – Carlos Yuri: Qual a principal aposta da editora para essa nova linha de nacionais?

R – Intrínseca: Olá Marcos, olá Carlos! Acabamos de lançar Sal, romance da Letícia Wierzchowski e no dia 13 de agosto, sai Vidas provisórias, do Edney Silvestre.

R – Intrínseca: No início do ano que vem vamos lançar a nova edição da série do Elio Gaspari sobre a ditadura, em quatro volumes.

P- tiagoodesouza: Esse processo mais tardio é importante tanto para a empresa quanto para o autor, correto? Porque é preciso fazer uma boa análise do mercado, se ele pede aquele livro naquele momento etc, e também para não frustrar o “sonho” do autor. Tem editora que investe uma vez e parece esquecer do autor depois.

R – Intrínseca: Ok, Tiago, concordamos com você.

P – Fernanda Rodrigues: Boa tarde, Intrínseca. Eu tenho uma dúvida. Se vocês ainda não possuem um departamento de avaliação de originais nacionais, como autores, como Isabela Freitas, tiveram a oportunidade de publicar um primeiro livro com vocês?

R – Intrínseca: Oi, Fernanda. Aqui na Intrínseca vivemos ligados no que está acontecendo. A gente procura aquelas pessoas que têm uma voz própria, uma identidade marcante, que se destacam como a Isabela.

P – Bebeletes: Ansiedade define! Quero logo o meu Não se apega, não

P – Yasmin Garcia: Quando será lançado o livro da Isabela Freitas?

R – Intrínseca: Calma, Bebeletes! Estamos trabalhando com muito carinho no livro da Isabela. Você não perde por esperar!Yasmin, o livro deverá ser publicado no ano que vem.

P – PolianaRTC: Como funciona a edição? Sempre fui curiosa sobre essa mediação. Tenho planos de terminar meus próprios projetos, como seria o papel do editor nesse processo? Há um acompanhamento durante toda a criação, ou é somente e após a conclusão da estória?

P – tiagoodesouza: O processo de produção do livro nacional é maior do que do livro estrangeiro?

R – Intrínseca: Poliana e Tiago, ótimas perguntas. O trabalho do editor varia em cada caso. Existem projetos que começam aqui na editora e que a gente acompanha cada minuto dele junto com o autor. É o caso, por exemplo, do livro que estamos preparando sobre a família Guinle, do Clóvis Bulcão. O mesmo aconteceu com o livro do Fellipe Awi, quando acompanhamos toda a pesquisa dele, demos apoio para que ele pudesse viajar e fazer entrevistas com os lutadores. Os projetos de não ficção nacional são trabalhosos, exigem muito tempo, pesquisa, boas ideias, objetividade.

P – Marcos Antônio de Souza: Vocês planejam algum encontro com autores na Bienal no Rio?

R – Intrínseca: Oi, Marcos! Com toda certeza nossos autores estarão no estande da Intrínseca na Bienal do Rio. Em breve divulgaremos toda a programação

P – Carlos Yuri: Então se eu escrever uma boa história, que comece a ganhar público on-line, tenho uma chance de ter um livro publicado por vocês?

R – Intrínseca: Quem sabe, Carlos? Boa sorte!

P – PolianaRTC: Quem sabe um dia não terei a sorte de ter um editor da Intrínseca? Sonhar é de graça, não é?

R – Intrínseca: O importante é persistir, Poliana, e não abrir mão de seus sonhos.

P – Iago Sátiro: Olá, sou adolescente e ainda estou escrevendo minha primeira obra. Queria saber se a Intrínseca analisa projetos de ficção? E se vocês dão oportunidades para novos escritores?

R – Intrínseca: Olá, Iago. Boa sorte com seu primeiro livro. No momento, estamos investindo em projetos que foram idealizados por nós e ainda não estamos fazendo análise de originais. Essa é uma perspectiva para o futuro.

P – tiagoodesouza: A tiragem de Sal foi de 20 mil exemplares, certo? Vidas provisórias seguirá pelo mesmo caminho? Essa será a tiragem média dos futuros nacionais?

R – Intrínseca: Oi, Tiago. Vidas provisórias terá uma tiragem inicial de 30 mil exemplares. A gente analisa caso a caso. Mas nossas tiragens costumam ser mais altas do que a média no mercado.

P – solarkiwi: Vocês falaram sobre projetos que tivessem a cara da editora, eu gostaria de saber quais são as preferências de vocês, qual é a proposta da Intrínseca.

R – Intrínseca: A gente tem como filosofia publicar poucos e bons livros. Isso também vale para os títulos nacionais. A gente publica aquilo que nos apaixona.

P – criscat: Algumas editoras estão apostando na publicação de contos avulsos em versão digital. A Intrínseca tem planos de enveredar por esse caminho também?

R – Intrínseca: Oi Cris, a gente está fazendo uma coisa um pouquinho diferente. Estamos lançando e-books com material inédito dos nossos autores. O exemplo é o que aconteceu com Sal. A gente lançou um e-book onde os personagens do livro faziam suas apresentações. E esperem grandes novidades em matéria de e-books para o ano que vem. Estamos com muitas ideias!

P – João Pedro F. Gomes: Quais são as diferenças de trabalhar com autores nacionais e internacionais? (Além de ter que desenvolver a tradução da obra.)

R – Intrínseca: Oi João Pedro. Você fez uma ótima pergunta. É o seguinte, no caso dos projetos nacionais, a gente acompanha tudo desde o início, o desenvolvimento, a pesquisa, a criação, o texto. Nos casos dos livros estrangeiros, eles já chegam praticamente prontos. Precisam de tradução, revisões técnicas, pesquisa. Ficamos sempre em contato com nossos autores. No caso dos estrangeiros, isso também é possível, mas é mais difícil.

P – Mayara Sena: Muito legal vocês investirem nos autores nacionais, afinal tem vários talentos no Brasil também. Mas tenho uma pergunta: vai ser traduzido em outros idiomas?

R – Intrínseca: Oi Mayara. A gente está na maior torcida para que isso aconteça!

P – Michael Josh: A Intrínseca publica livros que os apaixonam, mas como funciona a busca desses títulos? Existe algum tipo de feira onde há vendas de direitos autorais?

R – Intrínseca: Oi Michael. A gente vive ligado no que está acontecendo. Estamos sempre de olho.

P – Fernanda Rodrigues: Como são feitas as escolhas das obras internacionais? Como vocês escolhem os títulos que publicam? E, no caso das obras nacionais, elas também são lançadas no mercado internacional?

P – solarkiwi: Editoras brasileiras traduzem obras nacionais e vendem em outros países ou apenas detêm os direitos da obra e a vendem se alguma editora internacional se interessar?

R – Intrínseca: Oi Fernanda. Nos casos das obras internacionais, as feiras de livro ajudam bastante, assim como o contato com os agentes literários e nossos “olheiros”.  Solarkiwi, alguns dos nossos autores têm agentes literários que os representam no mercado internacional. Outros são representados por nós mesmos.

P – Nestor Vidal de Oliveira: Como vocês encontram novos escritores?

R – Intrínseca: Oi Nestor. Como a gente já disse anteriormente, a gente procura ficar ligado em tudo o que está acontecendo. Estamos sempre de olho.

P – Hingrett Katherine: O que a equipe Intrínseca espera de um livro? E o que a faz descartar imediatamente?

R – Intrínseca: Oi! O que a gente espera de um livro é que ele seja emocionante. Que seja capaz de enriquecer, de alguma forma a vida do leitor. E que nunca lhe cause indiferença

Intrínseca: Pessoal, foi ótimo papear com vocês. Espero que vocês fiquem muito felizes com as novidades que vêm por aí em livros nacionais!

Comentários

16 Respostas para “Conteúdo completo do chat sobre livros nacionais da Intrínseca

  1. Os livros “As cinzas de Ângela ” e “Ei,professor” do autor Frank McCourt, estão esgotados, há previsão de nova edição?

  2. Li todas as respostas de vocês e concluo que a INTRÍNSECA vai no vapor da mídia. Vocês só editam alguém que já é conhecido, não importa o conteúdo. Para milhares de autores editados, há centenas de talentos anônimos! Fazer o trabalho de garimpagem e selecionar textos e temas brilhantes isso vocês deixam que outras editoras, mais corajosas, façam esse trabalho, aí se houver sucesso vocês entram e aceitam editar próximos textos. Cômodo!
    Outrossim, editar autores estrangeiros em detrimento de talentos nacionais a mim me parece o eteno resquício de ¨colonialismo¨. É uma pena que uma editora tão novinha tenha medo de arriscar e revelar novos talentos! É preciso abrir o leque e ter o olho ligado sim, mas ser o pioneiro em dar vez a grandes autores que são anônimos, mas que tem algo de grande a dizer. Pensem nisso. Talento não é propriedade de já está na mídia, pode até ser garantia de retorno comercial, mas às vezes são textos chatos e medíocres.

  3. Vejo que meus comentários retornam com a observação ¨aguärdando moderação¨. Então vocês querem elogio? A INTRÍNSECA É maravilhosa! Está bom assim? Me poupem!

  4. Querem assim? Só leio livros da Intrínseca! Adoro vocês! Assim ficou bom?

  5. Não posso mentir. Digo que a Intrínseca é MARAVILHOSA!!!

  6. Otimo Chat ^^

    Edir, acho que nao se trata de comodidade por parte das editoras, ja que a maioria tem a mesma postura quanto a escolha de seus autores. Mas sim de um processo seletivo como muitos outros. Nao vamos nos esquecer que estamos falando de empresas, que sim, por muitas vezes publicam material de qualidade, mas que buscam manter-se, lucrar e se expandir.

    Investir em um autor desconhecido trata-se de um grande risco, uma grande jogada que pode dar muito certo, ou nao. E na maioria das vezes nao da certo mesmo.

    Assim, investir em autores que venham indicados por um agente, cr[iticos, ou ja conhecidos pelo meio artistico, pela midia, nao tem nada de comodo, mas inteligente. E isso nao desmerece em nada o trabalho dos escritores que vem sendo publicados, nacionais ou internacionais.

    Sejamos realistas, como em qualquer outra profissao o mercado e extremamente concorrido, as vezes ate mais. E como em qualquer outra profissao muita gente boa vai ficar de fora, muitos escritores fantasticos nunca nem mesmo terao seus livros impressos. Conheco alguns, que com o passar dos anos desistiram de suas carreiras.

    Mas a vida e assim, nem todo jogador de futebol vira o Messi, nem toda cantora torna-se a Shakira, e nem todo escritor por melhor que seja estoura como a J.K., isso apesar da internet que ai esta para ajudar. As vezes, n[os escritores precismos aceitar isso, correr atras, ou se ja cansado resta-nos desistir. Eu por exemplo, nao desisto de escrever, pois eh minha paixao, mas ja nao busco mais publicacao, deixo enfim para as geracoes futuras 🙂

    Concluindo, nao eh comodidade, mas simplesmente negocios.

    E continue assim Intrinseca, voces nunca poderao abracar todos os grandes autores que ai estao, mas continue priorizando por livros de qualidade. O que nos leva ao querido cliche `Quantidade nem sempre quer dizer qualidade`.

    Ps.. Teclado ruim, sem acentos, ignore ^^

  7. Parabéns, Edir, mandou a REAL poderosa! Talentos maravilhosos deste país ridículo estão sendo deixados para escanteio em detrimento de puxa-saquismo de gringos e seus livros lixo!

  8. Olá, Gabriel! No momento não estamos recebendo originais. Desejamos muita sorte! 🙂

  9. Olá, gostaria de saber que, já que não estão recebendo originais, como faço para tentar publicar meu livro?

  10. Olá Intrínseca! Gostaria de saber se vocês aceitam publicar livros de ficção,se sim,como eu poderia mandar?

  11. Amo de paixão essa editora,leio vários livros e coleciono vários livros publicados por vocês.Por isso gostaria de saber,como eu faço para tentar publicar o meu livro com vocês? Obrigada desde já.

  12. Oi, Victória! Tudo certo? Infelizmente não estamos avaliando originais. Agradecemos muito o seu interesse.

  13. Intrínseca, já estão aceitando envios de originais?

  14. Olá! No momento ainda não temos previsão de abrir para originais.

  15. Olá, Intrínseca! Bem… não quero que leiam o meu comentário como se eu fosse só mais um fã da editora. Na verdade, acho que todo mundo merece ser reconhecido como uma pessoa inteira, com sentimentos e emoções. Então, lá vou eu… Tenho 15 anos e estou concluindo uma obra cuja história não se passa no Brasil, mas em Pittsburgh, Indiana. Eu só quero saber duas coisas: (1) aceitariam um livro assim? – quando estiverem lendo originais, claro. (2) Se eu publicá-lo no Wattpad e ele alcansar um número considerável de leitores, ou se, por casaso, sei lá, eu me tornasse um YouTube “famoso”… publicariam meu livro?

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