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Um mergulho em O oceano fim do caminho – passagens

4 / julho / 2013

Definida por Neil Gaiman como uma fábula para adultos sobre a infância, que aborda medo, amor, morte e famílias, O oceano no fim do caminho conta a história de um homem de meia-idade que volta à casa onde foi criado para um funeral. A construção não é mais a mesma, e ele é atraído para a fazenda no fim da estrada, onde, aos sete anos, conheceu uma garota chamada Lettie Hempstock, que morava com a mãe e a avó, mulheres cujas lembranças remontam os tempos do Big Bang. Ao se sentar à beira do lago nos fundos da velha casa de fazenda, o passado esquecido volta de repente. E é um passado estranho demais, assustador demais, perigoso demais para ter acontecido de verdade, especialmente com um menino.

A seguir, destacamos algumas passagens do livro para você mergulhar no oceano de Neil Gaiman. Já leu e selecionou o seu trecho preferido? Fotografe e compartilhe com a gente, pelo Twitter ou pelo Facebook, usando a hashtag #MergulheEmNeilGaiman.

Adultos seguem caminhos. Crianças exploram. Os adultos ficam satisfeitos por seguir o mesmo trajeto, centenas de vezes, ou milhares; talvez nunca lhes ocorra pisar fora desses caminhos, rastejar por baixo dos rododendros, encontrar os vãos entre as cercas. Eu era criança, o que significa que conhecia dezenas de modos diferentes de sair do nosso terreno e ir para a rua, modos que não incluíam descer pela entrada de carros na frente da casa. (Página 70)

Existem monstros de todos os formatos e tamanhos. Alguns deles são coisas de que as pessoas têm medo. Alguns são coisas que se parecem com outras das quais as pessoas costumavam ter medo muito tempo atrás. Algumas vezes os monstros são coisas das quais as pessoas deveriam ter medo, mas não têm. (Página 129)

Gostei disso. Livros eram mais confiáveis que pessoas, de qualquer forma. (Página 18)

 

Ninguém realmente se parece por fora com o que é de fato por dentro. Nem você. Nem eu. As pessoas são muito mais complicadas que isso. É assim com todo mundo. (Página 129)

Vou dizer uma coisa importante para você. Os adultos também não se parecem com adultos por dentro. Por fora, são grandes e desatenciosos e sempre sabem o que estão fazendo. Por dentro, eles se parecem com o que sempre foram. Com o que eram quando tinham a sua idade. A verdade é que não existem adultos. Nenhum, no mundo inteirinho. (Página 130)

E me perguntei se aquilo era verdade: se todos eram mesmo crianças presas em corpos de adultos, como livros infantis escondidos no meio dos livros chatos e grossos dos adultos. (Página 130)

 

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