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Os extremos de Chris Cleave

21 / junho / 2013

O escritor britânico Chris Cleave considera-se incompreendido — e ri disso. Notório por sua predileção por histórias tristes, o autor de Pequena Abelha formado em psicologia em Oxford garante que não é nada disso. Na verdade, escreve movido pela crença de que a vida é boa, sim, os seres humanos costumam ser generosos uns com os outros e, salvo raras exceções, poderíamos construir um verdadeiro paraíso na Terra.

Seu grande objetivo é refletir sobre os extremos da vida, meta que acredita ter atingido em Ouro, seu novo romance que acaba de chegar ao Brasil. O escritor, que já usou como fio condutor as cartas de uma mãe que perdeu o filho em um atentado terrorista e as reflexões de uma refugiada de uma guerra civil africana sobre escolhas feitas em situações extremas, busca agora a tensão na amizade entre duas atletas.

Em Ouro, Kate e Zoe se conheceram aos 19 anos, nas eliminatórias de um programa para jovens talentos do ciclismo de elite. Após mais de uma década, aos 32 anos, as amigas — e também rivais — se preparam para enfrentar a última e mais grandiosa prova de suas vidas: os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

Para o romance, Chris Cleave, que também é colunista do jornal The Guardian, empreendeu uma extensa pesquisa sobre ciclismo, conviveu e entrevistou diversos atletas. Já para abordar a relação entre Kate e sua filha, diagnosticada com leucemia, ele também acompanhou a rotina de médicos que tratavam de crianças com a doença em um grande hospital de Londres — pesquisa que considerou como a mais fascinante que já conduziu. E, ao polarizar doença e saúde, o autor questiona o quanto somos capazes de sacrificar nossas ambições para cuidar daqueles que amamos.

Assista a introdução feita a Ouro pelo próprio Chris Cleave (em inglês):

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