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O fim do achismo

4 / junho / 2013

Aos 24 anos, um economista entediado no trabalho criou um programa capaz de prever o desempenho de jogadores de beisebol. A partir desse sistema, o jovem aficionado por beisebol, pôquer e estatísticas revolucionou o estudo sobre o comportamento dos eleitores e desbancou analistas políticos de todo o mundo. Seu feito? Prever corretamente, e pela segunda vez consecutiva, o resultado da eleição presidencial norte-americana. Eleito uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time em 2009, Nate Silver se destacou ao criar o FiveThirtyEight, blog que já foi responsável por 20% do tráfego do site do New York Times, onde ele postava suas previsões políticas certeiras.

Ao apresentar seu sofisticado sistema estatístico diante de um universo acostumado a se nortear pela intuição, Nate Silver causou furor ao diagnosticar corretamente o vencedor da corrida em cada um dos 50 estados americanos em 2012, bem como o vencedor de todas as 35 eleições para o Senado dos EUA. Seus conceitos estão reunidos em O sinal e o ruído, não ficção que será publicada em 15 de junho no Brasil.

Em seu livro, Silver disseca uma série de casos de sucesso e de erros catastróficos de previsão, como os atentados de 11 de setembro e a crise financeira global, para lançar um manifesto em prol do progresso científico e da evolução de ideias. Em uma época em que se produz mais de 2,5 quintilhões de bytes de dados diariamente, segundo a IBM, ele defende a importância de diferenciarmos informações úteis das equivocadas e de nos prepararmos para entender o que os dados nos dizem de fato — e não o que gostaríamos de ouvir.

Seu sistema, que vai muito além da esfera política, obrigará os demais analistas a se preocupar mais com probabilidade e pode ser aplicado a tudo: pôquer, xadrez, em esportes e até no aquecimento global. Leia um trecho do lançamento O sinal e o ruído.

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