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Vida após a morte: a batalha de Damien Echols por justiça

17 / janeiro / 2013

Enviado para o corredor da morte em 1994, aos 20 anos, Damien Echols ainda luta para provar sua inocência. Echols foi condenado, ao lado dos amigos Jason Baldwin e Jessie Misskelley, por um crime que não cometeu — o brutal assassinato de três crianças de oito anos, que foi interpretado pelos moradores da pequena cidade de West Memphis, no estado do Arkansas, como resultado de um culto satânico. Em agosto de 2011, após 18 anos de reclusão e sem nunca terem sido ouvidos pelo Estado, os réus foram soltos graças à forte pressão da opinião pública, em uma campanha liderada por celebridades como Johnny Depp, Eddie Vedder e o cineasta Peter Jackson. No entanto, para a justiça do Arkansas, os três ainda são culpados.

Em Vida após a morte, livro que será publicado em maio, Damien Echols reúne as anotações de suas memórias no cárcere, registros que ele manteve por todos esses anos sem identificar as datas, pois considerava “doloroso demais ver os dias, meses e anos passando, a realidade fora do meu alcance”.

Echols só detém o título de único homem a deixar o corredor da morte no Arkansas por causa do interesse de Sheila Nevins, executiva da HBO, pelo caso que ficou conhecido como West Memphis Three. Após ler uma reportagem sobre o crime, Nevins procurou os cineastas Joe Berlinger e Bruce Sinofsky para fazer um filme que revelasse os detalhes do violento assassinato. Ao chegar em West Memphis, a equipe da HBO se deparou com os inúmeros erros crassos da investigação e fortes indícios de que os acusados eram, na realidade, inocentes. Assim surgiu a série de documentários Paradise Lost, dirigida pela dupla e dividida em três partes. A primeira, Paradise Lost: The Child Murders at Robin Hood Hills, lançada em 1996, apresentou ao mundo a verdadeira história dos garotos de West MemphisE a última, Paradise Lost 3: Purgatory, foi indicada ao Oscar e ao Emmy em 2012.

Também no cinema, o documentário West of Memphis, coproduzido por Echols, sua esposa Lorri Davis e Peter Jackson, foi lançado em dezembro nos Estados Unidos e exibido no último festival de Sundance (ainda sem previsão de estreia no Brasil). Já os direitos para a adaptação cinematográfica das memórias de Damien Echols em Vida após a morte  foram adquiridos por Johnny Depp.

Comentários

11 Respostas para “Vida após a morte: a batalha de Damien Echols por justiça

  1. Li e adorei. Damien é um cara extremamente inteligente e sóbrio. Nesse livro ele nos mostra o quanto a vida pode ser nossa inimiga. Se você tem um eixo, amigos, uma luz e uma verdade é possível vencer. Abraços!

  2. Acabei de ler e no decorrer da leitura várias vezes chorei, é uma lição de vida, é realmente a luz após a escuridão. Abraço…

  3. Livro muito bem escrito. Detalhes impressionantes que nos faz fechar o livro e suspirar. Estou lendo ainda mas em 50% já completado posso dizer que está sendo o melhor dos meus últimos 50 livros de 2 anos para para cá. LEIAM…

  4. Vi o documentário e assisti o filme, pesquisei. Pela minha experiência, apesar das lambanças da Polícia, tenho convicção que os três são culpados. Eles mataram os meninos por “curtição”.

  5. Aff ninguém cesta falando q foram eles o caso e o livro de Damien, otario

  6. Falar que tem experiência e afirmar que os três são culpados, são afirmações que não podem fazer parte da mesma frase.

  7. o Osni disse que tem convicção de que são culpados… isso os jurados tbm acharam, porém as lambanças da policia foram maiores do que o consideravel aceitável… terrivel… esconderam os fatos por preguiça..

  8. Tenho dúvidas sobre a inocência deles…mas entendo que deve prevalecerf a máxima: – “melhor absolver um culpado do que culpar um inocente”…

  9. “eu tenho experiência e foram eles”? Em quê? em séries policiais? Em adm de fazenda? Sim, em investigação? Ou em series policiais? ou, seria bom, em romances policiais franceses?
    Cada coisa. Ao ver o documentário chamou-me a atenção para o “Doutor” em “satanismo” que fez doutorado por correspondência.
    Como esse tipo de especialistas é comum entre os radicais religiosos. O Brasil tem gestado os seus; esses in-cultos que se lançam como “leitores” da bíblia; e logo já viram doutores, não PhD em Bíblica; é só acessar o site na internet, tem um monte de pircaretas vendendo tais títulos.

  10. Sinceramente não acredito na culpa deles, por diversos motivos, fora o que já li dos argumentos dos três é mais familiares, acho que os padrastos escondem algo, não sei a fundo, pois na li os relatórios e processos que se encontram ( ou se encontravam) na Delegacia de West Menphis, no último documentario uma vizinha conta que as 18:30 viu as três crianças com Terry Hobbs, padrasto de uma das crianças, ou seja, isso faz q Terry seja a última pessoa a estar com eles, essa vizinha nunca foi ouvida e sempre estranhou o fato de morar perto e não ter sido ouvida, fora a perseguição da comunidade com Damien, muita coisa, muita mentira e pouca verdade, a mãe de Jason, afirma que seu filho estava na escola e tem como presença escolar uma prova, mas invalidaram, eu não entendo esse caso é me intriga até hj.

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