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Eu sou o homem do ano, porra

21 / fevereiro / 2011


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Em dezembro de 2010, a revista Time elegeu Mark Zuckerberg o homem do ano, e os números que o cercam fazem com que seja difícil discordar. O Facebook, rede social criada por Zuckerberg, chegou à impressionante marca de 500 milhões de usuários e foi avaliada em 60 bilhões de dólares no ano passado. Mas grande parte da notoriedade de Mark deve-se ao sucesso do filme “A rede social”, de David Fincher, adaptado do livro Bilionários por acaso, de Ben Mezrich. No longa, ele é retratado como o “vilão” que traiu o melhor amigo e roubou a ideia do revolucionário site dos colegas de Harvard.

Na reportagem de capa dedicada ao mais jovem bilionário do mundo, a Time mostra o outro lado da personalidade de Zuckerberg, o que não foi mostrado no livro de Mezrich, nem no filme de Sorkin. Bilionários por acaso foi escrito com base em dezenas de entrevistas, mas Mark Zuckerberg não foi uma delas, o que só aumentou a sua fama de difícil. Em relato à revista, ele conta que na época de estreia de “A rede social”, alugou dezenas de salas de cinema e levou todos os funcionários para assistir ao filme e, mais tarde, foram tomar appletinis, o drinque de sua preferência no longa. Mark diz nunca ter tomado um antes. “Acho engraçado ver os detalhes que eles acertaram e os que erraram.”, diz ele. “Acho que tive todas as camisetas que “eu” uso no filme. Mas o maior erro conceitual foi achar que minha motivação para fazer algo seria namorar alguém ou entrar em um clube. Quando, na verdade, queria fazer algo extraordinário.”

Em forma de resposta indireta à sua biografia não-autorizada, David Kirkpatrick, jornalista especializado em tecnologia, escreveu O efeito Facebook, com o completo apoio de Mark Zuckerberg e a equipe do Facebook. Mas, assim como a reportagem da Time não se prende a desmentir os fatos apresentados no filme, o livro concentra-se na importância da rede social e o impacto que ela teve (e ainda tem) na forma como o mundo se comunica. De acordo com Zuckerberg, o Facebook quer proporcionar o que ele chama de “felicidade espontânea”. Transformar o mundo solitário e antissocial em um lugar amigável, onde todos viverão dentro de uma rede de pessoas, e nunca será preciso ficar sozinho novamente.

Parece um desejo utópico, mas Kirkpatrick aponta que a influência da rede social de Mark não mostra sinais de enfraquecimento, pelo contrário, está cada vez mais integrada aos meios de comunicação. E, que entre acertos e equívocos, a empresa  não para um minuto de elaborar planos para o futuro. O mundo certamente está interessado em saber de onde veio o Facebook, mas está ainda mais interessado em saber até onde pode chegar. E é por isso que Mark Zuckerberg é o homem do ano.

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