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A menina que roubava livros

De Markus Zusak

Editora Intrínseca

o livro

A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, porém surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los em troca de dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. Essa obra, que ela ainda não sabe ler, é seu único vínculo com a família.

Assombrada por pesadelos, ela compensa o medo e a solidão das noites com a conivência do pai adotivo, um pintor de parede bonachão que a ensina a ler. Em tempos de livros incendiados, o gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito.

A vida na rua Himmel é a pseudorrealidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. Teme a dona da loja da esquina, colaboradora do Terceiro Reich. Faz amizade com um garoto obrigado a integrar a Juventude Hitlerista. E ajuda o pai a esconder no porão um jovem judeu que escreve livros artesanais para contar a sua parte naquela história. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa desse duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto — e raro — de crítica e público.

Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler.

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Biblioteca

o autor

Markus Zusak nasceu em 1975 e é autor de cinco livros, incluindo A garota que eu quero e Eu sou o mensageiro, acolhidos com críticas radiosas nas revistas Publishers Weekly, School Library Journal, KLIATT, The Bulletin e Booklist, e recebeu o Prêmio Livro do Ano para Leitores Mais Velhos, concedido pelo Conselho Australiano de Livros Infantis.

Ao falar de suas razões para escrever A menina que roubava livros — que foi traduzido para mais de quarenta idiomas —, ele explica: “Eu queria escrever algo muito diferente do que tinha escrito antes. A ideia de um ladrão de livros estava em minha cabeça quando escrevi Eu sou o mensageiro, mas não estava pronta para ser escrita. A ideia original ambientava-se no presente, em Sydney, e isso não parecia muito certo. Depois, pensei em escrever sobre as coisas que meus pais tinham visto, ao crescerem na Alemanha nazista e na Áustria, e quando juntei as duas ideias, pareceu funcionar, especialmente quando pensei na importância das palavras naquela época, e naquilo que elas conseguiram levar as pessoas a acreditar, assim como levá-las a fazer.”

Markus Zusak mora em Sydney, na Austrália, com a esposa e os dois filhos.

Foto do autor Markus Zusak
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Algumas pessoas passam por sua vida, outros a acompanham até que não lhes seja mais possível, outros estão mais perto do que parecem.

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