Mon amour

Mon amour

Mon amour
Não se pode escrever uma carta de amor
Alguém que não é amada
Nem desejada por ninguém
Porque se aprende que não adianta
Esgotar suas energias
Como algo assim
Imutável
Irremediável
Até imperceptível
E se torna gélido e frio
E se torna anestesiado
De tanto cair e sofrer
De padecer sozinho sem um olhar
Sem um afago
Daí você se obriga a perceber
E a aprender
A deixar de ser importar
Ninguém se importa mesmo
Porque contrariar?

Ele ainda pulsa
Descrente
Mas ainda pulsa
Ainda é de gente
Pulsa

Valente

Isa

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